quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Presidenciais 2019


Carlos Gomes Júnior promete uma magistratura de influência e relação supra partidária

Bissau,15 Ago 19(ANG) – O ex-Primeiro-ministro e candidato independente às eleições presidenciais de 24 de Novembro, afirmou que, se for eleito chefe de Estado usará uma magistratura de influência e pautar-se-a por uma relação suprapartidária.

Carlos Gomes Júnior discursava hoje nas instalações da ponta Gardete, sector de Prábis, no acto de lançamento oficial da sua candidatura independente às eleições presidenciais de 24 de Novembro sob o lema” Pela Unidade, para Estabilidade.

“A minha magistratura deve constituir-se em factor de União Nacional e congregador dos anseios do Povo, servindo a todos os concidadãos de forma igual, justa e, sobretudo, dentro do quadro legal prescrito”, prometeu Carlos Gomes Júnior perante milhares de apoiantes.

Afirmou que o Presidente da República deve ser o promotor da exaltação dos valores nacionais, do Estado de Direito, da democracia  e da Unidade Nacional, tendo sempre como foco orientador das suas acções, o reconhecimento das diferenças, promoção de igualdade, valorização do homem e da mulher, sentido patriótico, o trabalho, a competência e honestidade.

“Na exaltação dos valores, o Presidente da República deve promover a cultura do trabalho e do mérito, de responsabilidade e da prestação de contas, devendo reconhecer e distinguir, os que pelo resultado do seu trabalho, dedicação e perseverança, contribuem para o desenvolvimento económico, social e cultural do país e para afirmação do nome da Guiné-Bissau no mundo”, destacou.

Carlos Gomes Júnior disse que o estado em que  as crises deixaram o país, tocou-lhe profundamente como cidadão e patriota.

“É por isso que aqui estou e estarei sempre disponível para as causas que tenham a Guiné-Bissau e o seu Povo no centro das atenções”, referiu.

Disse acreditar que, com enormes potencialidades que o país dispõem e na enorme nobreza de carácter do guineense, “podemos  todos juntos construir uma Nação forte e próspera”.

“Com efeito, as crises políticas que a Guiné-Bissau conheceu nos últimos anos fizeram-nos recordar que, para lá dos programas políticos, o desenvolvimento deve ter como pressuposto essencial a Estabilidade Política e  a Convivência pacífica”, salientou Carlos Gomes Júnior.

Para além de Carlos Gomes são outros candidatos presidenciais, Umaro Sissoco Embalo, do partido Madem G-15, Vladimir Deuna, candidato Independente.

O lider do PAIGC, Domingos Simões Pereira declarou terça-feira que está disponível para concorrer se o seu partido assim quiser.

O Presidente da República cessante, José Mário Vaz deve também  participar na corrida, apesar de, até então, não ter feito nenhum anunciou público nesse sentido.ANG/ÂC//SG

Presidenciais 2019


 Líder do PAIGC diz estar disponível para o cargo caso partido assim queira

Bissau 15 Ago 19 (ANG) – O Presidente do Partido Africano da Independência da Guine e Cabo-Verde (PAIGC),garantiu esta semana estar disponível para avançar para as eleições Presidenciais de 24 de Novembro, caso o seu partido assim o decidir.

Domingos Simões Pereira citado pela emissora alemã Doche Wella disse que desde logo criou esta expectativa aos guineenses, frisando que por isso não pode virar a cara à luta.

 Pereira afirma que  as sensibilidades existentes no PAIGC saberão interpretar a sua disponibilidade, tendo assegurado que a decisão sobre  quem será o candidato do partido às eleições presidenciais será conhecida dentro de poucos dias.

“Estamos à 10 dias de tomar esta decisão e posso garantir que dentro deste partido e de acordo com ele vamos ter uma reunião do presídio para estabelecer a agenda da Comissão Permanente”, disse.

De acordo com o político, uma proposta será apresentada ao Bureu Político do PAIGC e caberá o Comité Central deliberar sobre o candidato a escolher, salientando que ainda é cedo para avançar com as propostas concretas, tendo avançado que não será necessário mudar a Constituição para alterar o regime semipresidencialista, frisando que este sistema é mais democrático do que os outros sistemas.

Para Simões Pereira, o Presidente da República deve ser uma figura que promove o diálogo permanente com todos em busca de consensos que favoreçam a construção da Nação guineense.

Simões Pereira  admite que o principal adversário poderá ser o Presidente da República cessante José Mário Vaz.

O líder do PAIGC disse que, em termos pessoais, não sentiu atingido pela não nomeação para o cargo de Primeiro-ministro mas que enquanto cidadão sentiu-se atingido, tendo afirmado que é um claro atentado às regras democráticas.

Considera que  um Chefe de Estado que não aceita aquilo que é o resultado de uma eleição legislativa, não tem  condições para contribuir para a consolidação democrática.

“O exercício das funções públicas obriga a uma preparação de cada um dos titulares, para  compreender que está a desempenhar uma missão e não a escolher aquilo que é o mais conveniente para ele porque nenhum de nós foi escolhido para gostar ou não do outro”, frisa DSP como também é conhecido o líder do PAIGC.

Disse não  estar preocupado com a candidatura independente do ex-Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior(Cadogo filho),que mantém a condição de militante do partido.

 “Se é essa a condição que o Cadogo apresenta como candidato as presidenciais deve ter o seu respeito e consideração. Espera-se que também no uso das suas liberdades o povo guineense saiba decidir se ele tem condições para o efeito ou não”, sublinhou.

Domingos Simões Pereira, que regressou na terça-feira ao país, estabeleceu contactos com varias entidades da diáspora guineense em Portugal, com os quais reflectiu sobre a situação, política, social e económica da Guiné-Bissau. ANG/MSC//SG

Ensino superior


     ULG assina protocolo de cooperação com Universidade de Dortmund

Bissau, 15 Ago 19 (ANG) – A Universidade Lusófona da Guiné (ULG) assinou  terça-feira um protocolo de cooperação com a Universidade de Dortmund que vai permitir aos alunos daquela instituição estudar Jornalismo na Alemanha.

Segundo a rádio Pindjiquiti, o anúncio foi feito pelo coordenador do curso da Comunicação Organizacional e Jornalismo, da ULG,  na abertura de uma palestra  sob o lema, “As Notícias e histórias de Migrantes e Refugiados na Guiné-Bissau”.

António Nhaga disse que a universidade de Dortmund está mais preparado do que a ULG na área de investigação para fazer pesquisa sobre a migração.

Acrescentou que os guineenses deveriam fazê-la, mas que, infelizmente, não existem meios financeiros para tal, por isso a Universidade de Dortmund enviou uma equipa, desde o ano passado, para fazer a referida pesquisa.

Por sua vez, a Jornalista Investigadora sénior da Universidade de Dortmund, Mónica Lengauer disse que é muito interessante interagir com os jornalistas e estudantes guineenses, para juntos apreenderem como reportar a situação da emigração na Guiné-Bissau e no mundo.  ANG/JD/ÂC//SG 


Saúde


“Previsões do OGE não satisfazem as necessidades do sector”, diz a ministra

Bissau, 15 ago 19 (ANG) - A ministra da Saúde Pública, Magda Robalo Silva disse que o Estado ainda não está em condições de fazer previsões orçamentais que satisfaçam as necessidades do sector de saúde, garantindo que o governo vai trabalhar de maneira progressiva a favor da saúde.

Em entrevista exclusiva à ANG, Magda Robalo disse que estão a trabalhar para que haja redimensionamento das prioridades e uma maior eficiência na utilização dos recursos disponibilizados pelo governo e parceiros do desenvolvimento, para que possam ter  maior impacto.

“A contribuição financeira para saúde tem que ser diversificada e maioritariamente do Orçamento Geral do Estado (OGE) mas, infelizmente, não acontece. Nós temos recursos com vários parceiros do desenvolvimento que financiam as actividades de saúde”, informou.

A governante explicou que Já identificaram alguns domínios onde se pode reduzir a duplicação das actividades e esforços, acrescentando que vão trabalhar com parceiros nesse sentido para tentar fazer boas coisas com os recursos financeiros disponíveis.

A ministra de Saúde prometeu modernizar o sector não só com equipamentos nos hospitais ou clínicas, mas com a projecção do sistema de identificação e seguimento do itinerário dos utentes de forma que o paciente possa ser seguido em toda a extensão do território nacional.

“Com esse sistema de identificação do paciente vai haver um chip que se vai utilizar e identificar o paciente e se vai poder ler a sua história clínica”, disse Magda Robalo.

Afirmou  que o Estado não  consegue absorver todas as pessoas formadas em todas as escolas de saúde, justificando que é preciso uma gestão cuidadosa dos planos das instituições de formação para que não haja o excesso e nem carência de profissionais da saúde.

 Defendeu a definição de uma “boa política” de formação para o sector que permita aos frmados encontrar emprego tanto no sectr público como no privado, para que a economia do país possa ganhar vitalidade. ANG/DMG/ÀC//SG

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Aniversário de “O Democrata”


          Diretor   anuncia redução do preço do jornal para  100 fcfa

Bissau, 09 Ago 19 (ANG) – O Diretor-geral e Editor do Jornal “O  Democrata” prometeu esta sexta-feira maior diversificação   das informações e anunciou a redução do preço do jornal de 500 para 100 fcfa.

 António Nhaga que falava aos jornalistas no acto que assinalou o  sétimo aniversario do Jornal  disse que, com o novo preço, todos terão acesso as “informações credíveis e oficializadas”, evitando assim as notícias falsas, apesar de ter um grande custo para o seu órgão.

Sublinhou que, se o leitor começar a consumir a informação de qualidade no seu dia a dia  , isso lhe ajuda a compreender melhor os problemas da saúde, educação e de outras áreas.
Nhaga disse que a maioria das noticias publicadas nas redes sociais não se interessem por outras  regras do jornalismo: o chamado “ como e o  porquê” dessa notícia.

Considerou de positivo os  resultados dos sete anos de exercício  daquele órgão de informação privado enaltecendo que ultrapassou as expectativas inicias da direcçao.
Disse que o projeto lhes colocou perante  desafios desde a sua fundação , e que enfrentaram  muita dificuldade,   passando noites de insónia para trazer algo de novo ao público leitor.

António Nhaga mencionou que o  Jornal Democrata apresentou  algumas  rúbricas   inovadoras, para fazer o leitor conhecer a opinião das pessoas, como espécie de uma visão, dando como exemplo a “ Figura da Semana “.

Destacou  que desde o seu lançamento  até presentemente,  o jornal nunca parou, graças a dinâmica dos seus jornalistas e técnicos.

Questionado sobre as perspectivas do semanário  responder que vão enfrentar os  desafios mundialmente colocado ao jornalismo, que está a mudar-se constantemente,  envolvendo  os seus leitores, tanto guineense como estrangeiro, para  consumirem o que “O Democrata “ produz.
 AG/JD//SG

Saúde Pública


“As pessoas procuram tratamento médico no estrangeiro por insatisfação dos cuidados prestados no país”, diz ministra de Saúde

Bissau, 09 ago 19 (ANG) – A ministra da Saúde Pública, Magda Robalo Silva disse que as pessoas procuram tratamento médico no estrangeiro porque não se sentem satisfeitos com os cuidados prestados no país, devido a incapacidades das instituições sanitárias.

Em entrevista exclusiva esta quinta-feira à ANG, Magda Robalo disse que o governo privilegia a melhoria dos serviços de saúde para que as pessoas possam ser tratadas no país.

"Quando eu digo para que as pessoas possam tratar aqui, estou a referir as pessoas que vão à Ziguinchor e outras partes. Mas há pessoas que saiam nas zonas mais remotas da Guiné-Bissau para vir à Bissau. Isso também é uma migração à procura dos cuidados de saúde. Grande parte dessas pessoas vêm para Bissau a procura de melhor qualidade de serviço", sublinhou.  

Informou que o governo vai trabalhar para que as pessoas não tenham que se deslocar as grandes distâncias a procura de tratamento, acrescentando que a não ser que tenham uma patologia que só pode ser tratada em Bissau.

"Nós vamos tentar fazer que as pessoas consigam resolver os seus problemas básicos de saúde lá onde vivem, sem deslocar muitas distâncias", referiu a ministra.

Questionada sobre para quando o país poderá ter um centro de hemodiálise, Magda Robalo Silva disse que o centro de tratamento desta patologia é uma preocupação do governo, acrescentando que o Primeiro-ministro assinou recentemente um protocolo de acordo com uma instituição em Itália para a instalação de um centro de hemodiálise no país.

A governante disse ainda que brevemente vai ser inaugurado um centro do tratamento de hemodiálise no país, porque há muito sofrimento devido a falta disse centro.

"No Sábado passado visitei a Clínica Madrugada e as instalações do Hospital Nacional Simão Mendes onde já foi construído uma unidade que virá a ser o centro de hemodiálise", disse.

Aquela responsável disse que o seu Ministério está a trabalhar para a capacitação dos técnicos que vão operar nas máquinas, nas instalações dos equipamentos e na aquisição dos consumíveis necessários nesse centro.

Admitiu que existe uma falta de coordenação entre a produção dos técnicos de saúde e as necessidades do sector, salientando que o se Ministério precisa de trabalhar com escolas de formação de médicos, enfermeiros, parteiras e técnicos de laboratório, tanto do sector público assim como no privado, para uma planificação a médio e longo prazo, de forma a não formar pessoas numa determinada área quando as necessidades são outras. 

Adiantou que esse plano é sobretudo para melhorar a qualidade de formação dos técnicos, prometendo trabalhar para normalizar o problema dos profissionais de saúde que as vezes preferem ficar em Bissau mesmo que fossem transferidos para o interior. ANG/DMG/ÂC//SG  

Eleições Presidenciais


           Umaro Sissoco confirmado como candidato do Madem G-15

Bissau, 09 Ago 19 (ANG) – O Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15),escolheu nas eleições primárias realizadas na quinta-feira, Umaro Sissoco como candidato do partido as eleições presidenciais de 24 de Novembro próximo.

Num horizonte de 428 delegados vindos de diferentes localidades do país, o igualmente vice-coordenador do Movimento, Umaro Sissoco obteve 297 votos a favor,107 contra e 24 abstenção.

Dois outros pretendentes ao apoio do Madem G-15, José Mário Vaz, actual Presidente da República Cessante e  e o advogado Carlos Vamain não se apresentaram para concorrer com Umarro Sissoco nas primárias do partido.

Depois dos trabalhos, iniciados quinta-feira e que se prolongaram até as primeiras horas desta sexta-feira , o Coordenador do Madem G-15, Braima Camará deu parabéns ao Umaro Sissoco tendo- lhe desejado saúde e sucessos.

Camará agradeceu  ao Carlos Vamain, Nuno Gomes na Biam, líder do APU PDGB,  e ao Carlos Gomes Júnior, ex-Primeiro-ministro por terem solicitado o apoio do seu partido para eleições presidenciais, salientando que estão a prestar um serviço inédito e ímpar na história da democracia guineense.

“O  Movimento que era considerado  de dirigentes falhados e que ia acabar depois das eleições legislativas, afinal de contas os potenciais candidatos às eleições presidenciais sabem que quem não tiver apoio de Madem não vai ganhar o escrutínio “,disse.

Camará dirigiu-se  ao Umaro Sissoco para lhe dizer que tem uma grande responsabilidade, tendo garantido o seu apoio total e incondicional para que o partido possa ajudar o escolhido a ganhar eleições presidenciais.

 “No Madem não existe diferença entre raça, etnia, pessoas de praça e de ponta. Há um conjunto de cidadãos congregados à volta de ideias para combater a injustiça, corrupção, pobreza, analfabetismo e o subdesenvolvimento na Guiné-Bissau”, disse.

O coordenador do Madem G-15 disse que Umaro Sissoco era o único candidato dirigente do partido embora receberam o pedido de apoio de mais quatro candidatos as presidenciais que acreditam no projecto deste grupo.

Por seu turno, o agora candidato do Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15), as eleições Presidenciais de 24 de Novembro agradeceu o apoio e esforço do coordenador do Movimento pelo apoio e por ter cumprido a sua palavra para com ele.

Umaro Sissoco disse reconhecer os candidatos que pediram o apoio ao partido e considerou que  agora todos devem unir a volta do vencedor das primárias, salientando que o Madem veio para ficar no processo da democracia guineense.

“Se eu for eleito, serei um bom Presidente, uma vez que vou saber interpretar  a nossa Constituição, que é a Bíblia ou Alcorão de qualquer cidadão que pretende ser o Chefe de Estado. Vou respeitar e fazer respeitar a lei magna do país, assim serei um presidente aconselhador “,prometeu.

Sissoco ainda prometeu manter boa relação com qualquer partido que estiver a  governar, salientando que ele será um candidato não só do seu partido, mas do povo e dos mais desfavorecidos, frisando que o seu reconhecimento será eterno ao Madem por lhe ter dado  esta oportunidade.

O Madem G-15 é a segunda maior força política do pais, que nas eleições de 10 de março passado conquisto 27 mandatos parlamentares. ANG/MSC/ÂC//SG

Sociedade


ONG Humanidade e Inclusão pede respeito aos direitos de pessoas com deficiência

Bissau, 09 Ago 19 (ANG) - A Responsável de Seguimento e Avaliação do Projecto VIH e Deficiência da ONG Humanidade e Inclusão pediu  quinta-feira o respeito ao direito das pessoas com deficiência, de modo à facilitar as suas integrações na sociedade.

Rosa Maria Mendes Tavares fez esse pedido à margem do seminário sobre VIH e Deficiência, realizado nos dias 07 e 08 do mês corrente pela Humanidade de Inclusão aos profissionais da média com o objectivo de os capacitar sobre  a forma como podem ajudar no combate à   descriminações sofridas pelos deficientes nas sociedades em que se encontram inseridas.

“As pessoas com deficiência tal como outras pessoas têm os seus direitos e deveres. Por isso, merecem respeito por parte do Estado, assim como da própria sociedade, uma vez que são capazes de contribuir para o progresso e bem-estar do país tal como as outras”, referiu Mendes Tavares.

A responsável de Seguimento e Avaliação do Projecto VIH e Deficiência revelou que 15 % da população mundial vive com deficiência e que 80% das quais se encontram nos países em desenvolvimento.

Maria Rosa Mendes Tavares acrescentou que segundo os dados do estudo biocomportamental feito pelo Centro de Saúde de Bandim, na Guiné-Bissau existem 6.2 % das pessoas com deficiências e que a taxa de prevalência de VIH nessas pessoas é de 7.2%.

sublinhou que  as pessoas com deficiências merecem a atenção, tendo justificado que são pessoas mais sensíveis devido as suas incapacidades no que toca com a realização de certas tarefas.

Por sua vez, em representação da Confederação das Pessoas com Deficiências, Ana Muscuta Turé defendeu a necessidade de se evitar  situações de descriminações contra as pessoas com deficiências.

“As situações de descriminação não se verificam só nas palavras, mas também nos gestos e nas acções. Com esta formação achamos que os jornalistas vão dar as suas contribuições no que tange com a mudança de mentalidade nas sociedades”, desejou Muscuta Turé.

Ana sublinhou que as pessoas com deficiências não devem ser caracterizadas pelos seus defeitos e nem devem ser excluídas por não  serem iguais às pessoas que não têm deficiências visíveis.

Por outro lado, Muscuta Turé referiu que o artigo primeiro de Convenção de Nações Unidas sobre Direitos das Pessoas com Deficiência permite a protecção e garantia do gozo de direitos humanos e liberdades fundamentais para todas as pessoas com deficiências, e que resta simplesmente o respeito à referida convenção.

Salientou  que o artigo oitavo da convenção acima mencionada, mostra que a mudança de mentalidade deve começar na família devido a sua importância no processo de evolução de uma pessoa com deficiência.

“O artigo 31 da mesma convenção vem nos dizer que o Estado é o responsável pela recolha dos dados das pessoas com deficiências de um dado país, de modo à ter informações necessárias para respeitar as suas garantias, respeitar as normas dos direitos humanos, entre outras”, informou.

 O seminário sobre VIH e Deficiência [A1] [A2] enquadra-se nas actividades do projecto VIH e Deficiência, financiado pelo Fundo Mundial e tem como objectivo contribuir para redução de novas infecções no grupo de pessoas com deficiência, apoiar a promoção de direitos humanos e eliminar  os obstáculos, de modo a melhorar o acesso à prevenção.ANG/AALS/ÂC//SG

Seminário sobre VIH e Deficiência


Participantes recomendam criação de condições para melhor difusão de informações relacionadas ao flagelo

Bissau, 09 Ago 19 (ANG) – Os participantes do seminário sobre VIH/Sida e deficiência recomendam a criação de condições para melhor difusão de informações ligadas ao referido flagelo e a deficiência.

O referido seminário organizado pela ONG Humanidade de Inclusão destinado aos profissionais da Média e que decorreu nos dias 7 e 8 do corrente mês, teve como objectivo específico ensinar a forma como reduzir os efeitos de descriminação junto de pessoas portadoras de deficiência nas suas comunidades.

Os formandos recomendaram igualmente a criação da Rede dos Jornalistas defensores dos assuntos ligados à deficiência, a promoção  da formação do género em todo o território nacional, a criação de  condições favoráveis às pessoas com deficiência por parte do governo, entre outras.

Durante  dois dias do seminário  foram abordados os temas a Inclusão, os objectivos pedagógicos das pessoas com deficiências, os valores que uma pessoa deve ter para lidar com as questões de deficiência, entre outros.

A referida formação se enquadra nas actividades do projecto VIH e deficiência, financiado pelo Fundo Mundial e tem como objectivo geral contribuir para a redução de novas infecções no grupo de pessoas com deficiência.
ANG/AALS/ÂC//SG

Presidenciais 2019


        ONU pede à Guiné-Bissau preparação atempada do escrutínio

Bissau, 09 ago 19 (ANG) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu quinta-feira à Guiné-Bissau o reforço dos trabalhos para uma preparação atempada das eleições presidenciais de Novembro e a redução gradual da missão UNIOGBIS no país.
Numa declaração conjunta sobre a consolidação da paz na África Ocidental, aprovada quarta- feira, o Conselho de Segurança da ONU destacou em particular a realização pacífica de eleições legislativas na Guiné-Bissau e fez várias recomendações aos países que se preparam para eleições neste e no próximo ano.
“O Conselho de Segurança realça a necessidade de os poderes nacionais da Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Guiné e Togo trabalharem juntos para facilitar a preparação atempada e realização de eleições genuinamente justas, credíveis e pacíficas, e para tomarem todas as medidas apropriadas para prevenir a violência”, lê-se no documento.
O mesmo pedido exorta aqueles países “a assegurar a igualdade de condições para todos os candidatos e trabalhar com vista à plena, igual e significante participação das mulheres, inclusive com vista a aumentar o número de mulheres nomeadas para altos cargos do governo, de acordo com as respectivas constituições e compromissos regionais, nacionais e globais”.
O Conselho de Segurança saudou ainda o "recente compromisso dos líderes políticos da Guiné-Bissau que levou à nomeação de um novo primeiro-ministro e definindo a data das eleições presidenciais para 24 de Novembro de 2019".
Fazendo alusão à resolução 2458 deste ano, o Conselho de Segurança da ONU “reitera o pedido para a gabinete integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) decrescer gradualmente e transferir funções para o Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e Sahel (UNOWAS)”.
Outro ponto destacado do documento foi o trabalho feito pelo UNOWAS, missão cujo mandato deverá ser prolongado em 31 de Dezembro em países como a Guiné-Bissau e outros em pós-transição de poderes.
“O Conselho de Segurança observa o aumento das exigências para o UNOWAS, inclusive na Guiné-Bissau, países na pós-transição (…), e continua a sublinhar a necessidade de mais apoios e recursos adequados para o UNOWAS”, refere o documento.
O órgão da ONU saudou ainda a decisão do secretário-geral de rever os objectivos do mandato do UNOWAS e pediu recomendações de António Guterres até 15 de Novembro.
Na mesma declaração, o Conselho de Segurança sublinhou os desafios à paz na África Ocidental, nomeadamente as ameaças impostas pelo terrorismo, pirataria marítima, conflitos entre pastores e agricultores, crimes transnacionais organizados, tráfico de pessoas, de armas ou drogas e a exploração ilegal de recursos naturais em várias áreas.ANG/Angop


Saúde


           Parlamento Pan-Africano quer erradicar tuberculose até 2035
Bissau, 09 ago 19 (ANG) - A sessão Descentralizada do Parlamento Pan-Africano (PAP) prossegue na capital cabo-verdiana até esta sexta-feira, 9 de Agosto, com a adopção da Declaração de Praia apontando para a erradicação da Tuberculose no mundo em 2035.
O fórum  versa ainda sobre desafios das migrações e o desemprego.
De acordo com a deputada cabo verdiana Lúcia Passos, presidente da Comissão de Género, Família, Juventude e Pessoas com Deficiência do PAP, a tuberculose é uma doença infecciosa, mas que tem tratamento, pelo que o desafio é começar a fazer uma diplomacia parlamentar para aumento dos orçamentos dos países e inserir o combate à doença no Plano Nacional de Saúde.
Quem também defendeu o combate à tuberculose foi o deputado Aurélien Zingas, da República Centro-Africana, que pediu uma "intervenção colectiva" dos Estados e uma colaboração técnica dos parceiros para combater a doença.
O deputado Aurélien Zingas sublinhou que existem no mundo mais de 20 vacinas eficazes. Um dos desafios é fazer com que essas vacinas sejam acessíveis a vários grupos, como migrantes, pessoas que vivem em zonas de conflitos, afectadas pelas catástrofes e que vivem em zonas remotas.
Os desafios da migração e desemprego; empoderamento da mulher e paridade de género, também, dominam a sessão descentralizada do parlamento Pan-africano, que decorre na Cidade da Praia até sexta-feira.
Parlamentares africanos pediram, em Cabo Verde, compromissos colectivos e aumento dos orçamentos dos Estados na área da saúde para combater as causas e eliminar a tuberculose do continente até 2035.
As comissões permanentes de saúde, trabalho e assuntos sociais e de género, família, juventude e pessoas com deficiência do parlamento Pan-africano debateram quinta-feira a partilha de experiências sobre como alcançar a igualdade e a vantagem da inclusão da deficiência.ANG/RFI


quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Saúde Pública


"A prioridade do governo é melhorar o acesso e qualidade dos serviços ", diz a ministra Magda

Bissau, 08 ago 19 (ANG) – A ministra da Saúde Pública disse que a prioridade do governo para o sector é melhorar o acesso e qualidade de saúde, uma vez que existem pessoas que vivem bastante longe das estruturas de saúde.

Em entrevista exclusiva esta quinta-feira à ANG, Magda Robaldo disse que as estruturas de saúde existentes no interior não conseguem dar toda a assistência necessária às populações locais, acrescentando que para além das pessoas se submeterem a um tempo de espera muito longo quando vão ao serviço de saúde, também essas estruturas não dispõem de meios de diagnóstico, de médicos e enfermeiros suficientes.

"A prioridade deste governo nesta legislatura é também trabalhar no sentido de assegurar uma melhor distribuição dos profissionais de saúde no país, assegurar que as instalações de saúde sejam melhoradas, renovadas e construídas em todas as zonas. Aquisição de equipamentos de diagnósticos, e reparação dos que precisam ser reparados", revelou.

Magda Robalo disse que o executivo pretende capacitar os técnicos para que possam, cada vez mais, prestar serviço de qualidade, para que haja uma melhor interação com utentes, a fim de reduzir o tempo de espera e assegurar melhor satisfação nos estabelecimentos sanitários.

O governo, segundo a ministra, tem a intenção de trabalhar no sentido de não só pagar os salários à tempo, como também pagar subsídios que deve aos funcionários de saúde para que possam trabalhar com motivação.

"De facto, os técnicos de saúde que trabalham nas zonas mais remotas devem beneficiar de subsídios de isolamento", disse Magda Robalo.

Questionada sobre a forma como é atribuída a Junta Médica aos pacientes que precisam de tratamento no exterior, aquela responsável reconheceu que a Comissão da Junta Médica, está, neste momento, um pouco descredibilizada, mas que o ministério está a trabalhar para que a burocracia e o tempo de espera dos utentes que precisam de tratamento fora sejam reduzidos.

Disse que a Comissão da Junta não tem capacidade para evacuar para o estrangeiro todos os doentes que necessitam de um diagnóstico especializado, porque “os lugares disponibilizados no quadro da Junta são limitados”.

"A Guiné-Bissau é o único país de expressão portuguesa que tem mais de cinco vezes, o número de evacuados que deveria ter. Nós tivemos recentemente em Portugal para discutir a revisão do acordo que foi estabelecido desde os anos 80, portanto é um acordo que precisa de ser revisto, de ser atualizado e ajustado, devido as necessidades de momento. Mas, infelizmente, não será possível evacuar todos aqueles que requerem um tratamento especializado", frisou a ministra. ANG/DMG//SG


Venezuela


    Maduro suspende negociações com oposição após sanções dos EUA
Bissau, 08 ago 19 (ANG) - O presidente Nicolás Maduro anunciou na quarta-feira (7) que a delegação chavista não vai participar das reuniões com a oposição venezuelana mediadas pela Noruega.
A rodada dos diálogos estava prevista para acontecer nesta quinta (8) e sexta-feira (9) na ilha caribenha de Barbados.
O chefe de Estado venezuelano tomou esta drástica decisão em represália às recentes sanções ordenadas por Washington para congelar todos os ativos da Venezuela nos Estados Unidos.
As reuniões entre ambos os grupos deste polarizado país começaram há cerca de dois meses e são mantidas em sigilo. A próxima rodada estava prevista para acontecer entre hoje e amanhã.
Através de um comunicado oficial, o governo de Maduro informou que “a Venezuela se dispõe a revisar os mecanismos desse processo para que sua continuação seja realmente efetiva e harmônica com os interesses do nosso povo”. 
Nicolás Maduro participou na noite de quarta-feira do programa de TV de Diosdado Cabello, o segundo homem forte do chavismo, e afirmou que será ativada uma contraofensiva aos Estados Unidos através da Assembleia Constituinte, também chamada de Assembleia Chavista. Segundo o presidente, “justiça será feita”.
“Querem brigar? Vamos brigar! Já chega!”, disse Maduro. O chefe de Estado convocou para sábado (10) um protesto mundial contra a decisão de Washington. Desde 2014 pelo menos 105 pessoas e cerca de 60 entidades ligadas ao chavismo foram sancionadas pelos Estados Unidos.
 Stalin González, o segundo vice-presidente da Assembleia Nacional, enviou um comunicado por parte da oposição criticando a decisão do Maduro de interromper as mediações. González, que participa das negociações, fez uma publicação direto de Barbados em uma rede social dizendo que eles continuarão “trabalhando em todos os patamares” e que o governo de Maduro “teme a possibilidade de uma verdadeira mudança política no país”.
A decisão de Maduro de suspender o diálogo com a oposição pegou muitos de surpresa. Sobretudo porque na terça-feira (6) o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, havia garantido que o chavismo não se levantaria da mesa de diálogos. Já o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, John Bolton garantiu que o tempo das negociações já passou, ressaltando que os diálogos são apenas uma “velha prática para ganhar tempo e continuar no poder”.             
Na quarta-feira, a Suíça anunciou sanções diretas a pelo menos 18 autoridades do chavismo, como a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, o procurador geral Tarek Wilian Saab, entre outros. Além disso, Brasília, através do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em breve divulgará uma lista com nomes do alto escalão do chavismo que serão proibidos de entrar no Brasil.
O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, enfatizou, ao participar da Conferência Internacional pela Democracia na Venezuela, realizada na terça-feira na capital peruana, que “quem defende a liberdade e a dignidade humanas só tem uma opção: fora Maduro”. No entanto, apesar das fortes críticas ao governo venezuelano, a União Europeia declarou estar contra a “aplicação extraterritorial de medidas restritivas” como as impostas pelos Estados Unidos por causa da crise vivida na Venezuela.
O presidente Nicolás Maduro garante que a punição terá consequências diretas no  abastecimento de alimentos e de remédios, os pontos fracos da sociedade venezuelana, que por anos sofre com a escassez. No entanto, a maioria dos produtos importados vem de variados países – e não dos Estados Unidos.
O autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, cujo governo é apoiado por Washington, afirma que as sanções não terão consequências diretas na importação de alimentos e de remédios. John Bolton garantiu que o bloqueio é “contra o regime madurista e não contra os venezuelanos”.
Já a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, divulgou nas redes sociais, na tarde de terça-feira, que estava retido no Canal do Panamá um barco com cerca de 25 mil toneladas de soja para a produção de comida.
 Segundo ela, a proibição à passagem da embarcação teria sido causada pelo bloqueio imposto pelos Estados Unidos. ANG/RFI

Peregrinação


Secretário de Estado das Comunidades acusa Botche Candé de falta de transparência

Bissau, 08 Ago 19 (ANG) – O Secretário de Estado das Comunidades acusou  quarta-feira o demissionário Alto-comissário Nacional para a Peregrinação de falta de transparência no critério de seleção dos peregrinos para a cidade Santa de Meca, noticiou a rádio Pindjiquiti.
Secretário de Estado das Comunidades

Segundo esta estação emissora, Malam Bacai Sanhá Júnior que falava numa conferência de imprensa  sobre  o pedido de demissão do Alto-comissário, Botché Candé, disse que este penalizou os bolseiros do governo, acrescentando que num total de 1230 bolsas doados à Guiné-Bissau deu ao executivo somente 257 lugares.

O Secretário de Estado das Comunidades prometeu maior organização a nível do Alto Comissariado nos próximos tempos para que o país possa doravante enviar maior número de peregrinos à cidade santa de Meca.

Salientou que os 750 bolsas são muito pouco para o país, tendo em conta a evolução populacional, tendo anunciado que para próximo ano vão começar os trabalhos de preparativos da peregrinação, pelo menos dois meses antes da data de partida dos fiéis muçulmanos, para ter tudo em ordem principalmente a lista dos candidatos.

Bacai Júnior pediu aos peregrinos para rezarem para que haja  paz, estabilidade e entendimento entre os guineenses, para juntos arrancaram o país rumo ao desenvolvimento que todos almejam.

O terceiro e último grupo de 500 peregrinos que beneficiaram de bolsas doados  pelo soberano da Arábia Saudita, viajou  quarta-feira para a Meca.ANG/JD/ÀC//SG

Peregrinação à Meca


                           Alto-comissário da Peregrinação se demite

Bissau,08 Ago 19 (ANG) – O Alto-Comissário da Peregrinação para a Cidade Santa de Meca, colocou  terça-feira o seu cargo a disposição, por não concordar com a criação de uma outra Comissão paralela para os assuntos da peregrinação.

Num comunicado emitido à imprensa à que a ANG teve acesso, Botche Candé disse que enquanto Alto-comissário para os Assuntos da Peregrinação a Cidade Santa de Meca, o governo não tinha a competência de revelar o montante de 300 milhões de francos CFA  que entregou ao Comissário, uma vez que a responsabilidade da gestão desse montante é  sua.

De acordo com o documento, Candé acrescentou que durante o mandato do Presidente José Mário Vaz, no primeiro ano, conseguiu enviar 500 peregrinos e no segundo e terceiro, conseguiram embarcar 1251 peregrinos.

Referiu que já tinha conseguido êxitos nas peregrinações à Meca, durante o mandato dos três falecidos Presidentes, nomeadamente João Bernardo Vieira (Nino), Kumba Yala e Malam Bacai Sanha.  

“Apesar de decidir unilateralmente pôr o meu cargo a deposição, continuarei, integralmente, a colaborar com o actual Alto-comissariado para que eu possa cumprir todos os compromissos assumidos até ao fim da peregrinação do presente ano”, disse.ANG/LLA/ÀC//SG