sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Presidenciais 2019


      José Mário Vaz deposita candidatura no Supremo Tribunal de Justiça

Bissau,20 Set 19(ANG) - Milhares de pessoas acompanharam quinta-feira o Presidente da República cessante, José Mário Vaz, na entrega da sua candidatura às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro, no Supremo Tribunal de Justiça, em Bissau.

Agradeço à moldura humana que me acompanhou. Fiquei sem palavras. Isto significa que o que fizemos ao longo de cinco anos está a ser reconhecido", afirmou o chefe de Estado guineense.

Em 2014, José Mário Vaz foi o candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas depois de uma rutura com a liderança do seu partido, o chefe de Estado concorre às presidenciais como candidato independente.

"Aproveito para dizer que não vamos mudar a direção. O nosso objetivo é manter a tranquilidade interna, a paz social e a liberdade de expressão, de manifestação e de imprensa", salientou.

Para José Mário Vaz, só assim há uma "verdadeira democracia".

"A democracia sente-se enquanto existir liberdade no país", sublinhou.

O Presidente guineense disse que o objetivo da sua candidatura é dar continuidade aos "ganhos que foram conseguidos" nos últimos cinco anos.

"Resta trabalhar com o Governo para o crescimento e desenvolvimento económico. Precisamos de resolver os problemas na saúde e educação", acrescentou José Mário Vaz, afirmando, contudo, que aquelas áreas são matéria da governação.ANG/Lusa


Tunísia/óbito


                     Morreu antigo presidente Ben Ali aos 83 anos
Bissau, 20 set 19 (ANG) - O antigo Presidente tunisino Zine Ben Ali morreu  quinta-feira na Arábia Saudita onde se encontrava exilado desde a queda do seu regime em 2011, segundo anunciou o advogado da sua família.
A hospitalização do antigo chefe de Estado de 83 anos tinha sido confirmada há uma semana.
Ben Ali dirigiu a Tunísia durante 23 anos com mão de ferro.
A revolução democrática de 2011, precursora das chamadas primaveras árabes, acabou por o obrigar a refugiar-se na Arábia Saudita.
Ele tinha chegado ao poder em Novembro de 1987 ao destituir Habib Ben Ali Bourguiba, o pai da nação.
Formado em electrónica e na área militar Ben Ali dirigiu, nomeadamente, na sua ascensão política, a segurança militar,onde se empenhou em denunciar o perigo dos islamitas.
Torna-se secretário de Estado em 84 e, depois, ministro da administração interna, em 87 afasta o emblemático mas envelhecido Bourguiba.
Ao chegar à presidência toma como alvo os islamitas, mas também os vários quadrantes políticos, reprime a imprensa e aceita apenas uma oposição de fachada.
A sua família controla as riquezas do país enquanto o desemprego dos jovens alastra.
A 17 de Dezembro de 2010 um estudante desempregado de Sidi Bouzid, no centro, imola-se após a polícia lhe ter confiscado a fruta e a hortaliça que queria vender, por não dispor de alvará para o efeito.
É o rastilho de pólvora que originaria o levantamento popular que obriga Ben Ali a deixar Tunes a 14 de Janeiro de 2011. ANG/RFI



Política


               APU-PDGB apresenta novas exigências ao governo

Bissau, 20 Set 19 (ANG) – A Comissão permanente da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) exige ao governo, à que também faz parte, a  constituição de uma plataforma conjunta para o seguimento de todas as etapas do processo eleitoral que  inclui todos os candidatos e observadores internacionais.

Líder de APU-PDGB
Segundo o comunicado produzido no final da reunião dessa instância,o partido de Nuno Nabian que firmou acordo de coligação governamental e parlamentar com o PAIGC ainda exige a manutenção da base de dados usados nas últimas eleições legislativas de 10 de Março e  a suspensão  imediata dos trabalhos de correcções dos dados que o governo leva a cabo.

A mesma formação política  exige a abertura de concursos públicos para a mudança das direcções das Comissões Regionais das Eleições (CRE) e pede um debate de urgência na Assembleia Nacional Popular na presença do Primeiro-ministro Aristides Gomes, para clarificação total de questões relacionadas a  apreensão da droga e seguido de posicionamento político de todas as bancadas parlamentares.

Por ultimo, APU-PDGB, marcou para a próxima segunda-feira, dia 23 de Setembro, a formalização da candidatura do seu Líder Nuno na Bian às presidenciais de novembro junto do Supremo Tribunal de Justiça.

Segundo as resoluções dessa reunião da Comissão Permanente da APU-PDGB, realizada entre os dias 18 e 19 do corrente, o partido   vai tomar posições políticas  que defendam os seus interesses caso as suas exigências não forem atendidas pelo PAIGC. ANG/CP//SG

UE


                    Polémica a volta da presidente do Banco Central
Bissau, 20 set 19 (ANG) - A escolha de Christine Lagarde, ex-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, para o comando do  Banco Central Europeu (BCE) continua gerando polêmica, apesar de sua nomeação ter sido aprovada esta semana pelo Parlamento Europeu.
Há quem diga que uma certa dose de misoginia e inveja sustentam essa falta de consenso.
Para alguns especialistas em política monetária, a designação de Lagarde representa uma vitória; outros hesitam diante de sua indicação por causa de sua gestão nas crises grega e argentina.
Os mais críticos afirmam que Christine Lagarde é advogada e não economista, nunca ocupou a chefia do Banco da França, o que é considerado um antecedente natural para quem, a partir de novembro, vai controlar a terceira maior área econômica do mundo, a zona do euro.
Segundo eles, o receio é que no caso de uma profunda crise na zona do euro ela não tenha a competência necessária para estancar o processo.
 Christine Lagarde, a primeira mulher a presidir o Banco Central Europeu, vai assumir o comando em uma época de grande incerteza econômica. A escalada de tensão na guerra comercial – mas também tecnológica e cambial - entre EUA e China aumenta o medo de uma desaceleração global.
A disputa sino-americana ameaça contagiar a economia mundial, que já está em pleno desaquecimento. Além disso, o risco de um Brexit – saída do Reino Unido da UE - sem acordo é um cenário caótico tanto para o Reino Unido, quanto para a União Europeia.
A previsão de crescimento na zona do euro é de apenas 1,2% em 2019, e 1,4% no ano que vem. Bruxelas reduziu em um décimo as projeções de crescimento para as maiores economias do bloco em 2020. Outro aspecto que inquieta o BCE é a inflação.
Desde 2013, a taxa de inflação na zona do euro está sistematicamente abaixo da meta do BCE, que deve ser bem próxima aos 2%. Este mês, a inflação na zona do euro atingiu o menor nível dos últimos dez anos, o que indica falta de confiança na política monetária do BCE.
Uma das missões de Christine Lagarde será a de justamente recuperar a credibilidade da instituição.
 Lagarde foi a primeira mulher a assumir a liderança da outra instituição financeira de peso, o Fundo onetário Internacional(FMI). Em 2011, ela substituiu Dominique Strauss-Kahn, que deixou o cargo após ter se envolvido em um escândalo sexual.
Christine Lagarde deixa o FMI após um mandato de oito anos, com elogios mas também críticas por um grande fracasso: a atual crise argentina.
Na gestão de Lagarde, o FMI concedeu US$ 57 bilhões, o maior empréstimo de sua história, à Argentina para que o presidente Maurício Macri pudesse fazer reformas estruturais para reerguer a economia de seu país. Houve pressão do presidente americano, Donald Trump, no FMI em favor do “parceiro estratégico” dos EUA no Cone Sul.
Com inflação acumulada de 54,5% nos últimos doze meses, a Argentina hoje está à beira do abismo e declarou moratória da dívida. Para o jornal britânico Financial Times, um dos mais influentes porta-vozes do establishment financeiro mundial, "o FMI colocou sua reputação em risco na Argentina".
Christine Largarde foi uma das líderes decisivas na crise da Grécia. O país, profundamente afetado pela crise financeira mundial de 2008, aceitou um duro plano de austeridade.
Na época, Lagarde era ministra das Finanças na França e cooperou com a política rígida imposta pela troika - Comissão Europeia, FMI e BCE – aos gregos. No total, a Grécia recebeu € 273 bilhões (US$ 318 bilhões) em três programas de ajuda financeira.
No mês passado, Lagarde, ainda chefe do FMI, anunciou o fim da tutela imposta ao país. Enfim, a Grécia pode voltar a respirar aliviada, apesar da nação continuar no vermelho em várias áreas.
Uma década após a crise financeira de 2008, que abalou a economia mundial, Lagarde chega ao comando do Banco Central Europeu com enormes desafios intelectuais e políticos pela frente. Na sabatina diante do Parlamento Europeu, ela prometeu seguir os mesmos princípios do atual presidente da instituição, Mario Draghi, e enfatizou ter margem para fazer mais.
Lagarde lembrou que “a inflação na zona do euro está persistentemente baixa e que é recomendável a manutenção de uma política monetária altamente acomodatícia na região”. A futura presidente do BCE acredita que os países ricos devem gastar mais ajudando os Bancos Centrais a protegerem suas economias.
Christine Lagarde espera que o Brexit tenha um impacto limitado no acesso aos serviços do setor financeiro da zona do euro.
 O papel do BCE é garantir a estabilidade dos preços, ou seja, proteger o valor do euro.
A nomeação de Lagarde para um mandato de oito anos no Banco Central Europeu deve ser oficializada na próxima reunião dos líderes europeus, nos dias 17 e 18 de outubro. ANG/RFI


ANP


Presidente do sindicato de base dos funcionários reafirma continuidade da greve

Bissau, 20 Set 19 (ANG) - O Presidente do sindicato de base da Assembleia Nacional Popular (ANP) reafirmou quinta-feira a continuidade da greve naquele órgão da soberania, noticiou a rádio Pindjiquiti.

André Francisco Có, que falava a saída de um encontro com a administração do parlamento, informou que não houve progressos no encontro negocial com o patronato.

Disse  que a Comissão Negocial criada se limitou  a pedir ao sindicato para criar condições de serviço mínimo, que inclui entre outros, fazer funcionar a central eléctrica da ANP para dar iluminação e som na plenária, permitindo a discussão do Programa do Governo e Orçamento geral do Estado.

Acrescentou que os técnicos do grupo de gerador da ANP, estão em greve e o que sindicato não sabe dos seus paradeiros, garantindo contudo que estão dispostos a continuar as negociações com o patronato.

Disse que enviaram uma carta à todas as bancadas parlamentares da ANP, solicitando o encontro para discussão dos assuntos laborais naquela instituição mas que  não receberam nenhuma resposta.

André Có convida aos líderes das diferentes bancadas parlamentares a desmentirem, caso não receberam cartas do sindicato.

Os deputados da nação deviam iniciar quinta-feira a discussão do Programa do Governo e o Orçamento Geral de Estado mas a greve de 9 dias decretada pelo sindicato de Base da Assembleia Nacional Popular inviabilizou a realização da reunião parlamentar para esse efeito.

Entretanto, a direcção da ANP recorreu à um dos hotéis da capital para proceder, apenas, a abertura da sessão, devendo os trabalhos serem  prosseguidos na segunda-feira,  na sede da ANP.

Os funcionários da ANP estão a reivindicar entre outros, o pagamento de dois meses de salários em atraso e a promulgação dos estatutos dos funcionários da ANP. ANG/JD/ÂC//SG


Clima


Falta de ação contra aquecimento global pode custar  20 bilhões de dólares por ano em ajuda humanitária
Bissau, 20 set 19 (ANG) - A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC na sigla em inglês) lançou um alerta diante da falta de ação sobre a questão do aquecimento do planeta.
Em um relatório divulgado  quinta-feira (19), a organização avisa que, se nada for feito, a crise climática vai gerar, até 2030, uma necessidade de ajuda humanitária estimada em US$ 20 bilhões anuais.
Intitulado “The Cost of Doing Nothing” (O custo de não fazer nada), o relatório tenta calcular o impacto real da falta de ação diante do aquecimento global. Segundo o texto, se nada for feito, 200 milhões de pessoas vão precisar de ajuda humanitária anualmente por causa das catástrofes climáticas e das consequências socioeconômicas que as acompanham.
O número representa o dobro do registrado atualmente. O estudo se baseia em dados das Nações Unidas, do Banco de Dados Internacional de Desastres EM-DAT e das estatísticas sobre desastres do IFRC.
"Essas descobertas confirmam o impacto que a mudança climática está tendo e continuará tendo em algumas das populações mais vulneráveis do mundo. O relatório mostra o custo claro e assustador de não fazer nada”, explica o presidente da IFRC, Francesco Rocca. “Agora é a hora de tomar medidas urgentes”, insiste.
Em entrevista à RFI, Matthew Cochrane, porta-voz da Federação, aponta que a única maneira de impedir esse cenário é a prevenção, com a melhoria dos sistemas de alerta e os dispositivos de urgência.
“Muito trabalho foi feito nos últimos anos para melhorar as previsões de eventos climáticos importantes.
No entanto, os mesmos esforços não foram feitos para que essas informações cheguem rapidamente até as populações mais vulneráveis, para que elas possam agir”, afirma.
O relatório do IFRC aponta que é preciso investir em medidas de adaptação às mudanças climáticas, como a construção de prédios mais sólidos e a criação de diques, entre outras ações.
No entanto, ressalta Cochrane, “quando falamos de mudanças, não se trata apenas de construir infraestruturas ou cidades mais resistentes. É preciso identificar quem são as pessoas que estão em maior risco e garantir que elas tenham tudo o que for necessário para enfrentar as urgências e para se recuperarem rapidamente dos efeitos das catástrofes”.
O relatório, publicado às vésperas da Cúpula do Clima da ONU, prevista para 23 de setembro em Nova Yorque, mostra que havendo de uma ação efetiva seria possível diminuir o número de pessoas que podem precisar de ajuda humanitária em razão de catástrofes climáticos.
A hipótese mais otimista, nesse caso, aponta para uma queda drástica dos necessitados, que passariam, até 2050, dos 108 milhões atuais por ano, para 10 milhões anuais.ANG/RFI


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

VIH/Sida


Governo se congratula com trabalhos do  projecto FEVE no reforço do sistema de saúde

Bissau,19 Set 19(ANG) – A directora-geral das Doenças Transmíssíveis e Não Transmissíveis, do Ministério da Saúde Pública afirmou que o Governo se congratula com os esforços do projecto Fronteiras e Vulnerabilidades Face ao VIH/Sida na África Ocidental(FEVE), no reforço do sistema de saúde através de formação dos profissionais e da reabilitação das estruturas sanitárias do país.
Logotipo da Enda Santé

Lisandra Cabral Pires que falava hoje na abertura da 3ª Reunião do Comité Regional de Pilotagem da Enda Santé que decorre entre hoje e sexta-feira , em Bissau, disse que 90 por cento de todas as pessoas infectadas com VIH/sida despistadas deverão receber um tratamento anteretroviral durável.

“Igualmente 90 por cento de pessoas que receberam o tratamento antiretroviral deverão ter uma carga viral duravelmente supirmida”, informou aquela responsável.

Disse que o Governo fixou como objectivo, a valorização do capital humano e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, acrescentando que, neste sentido, a Enda Santé, para eles, desempenha um papel  nobre luta contra o VIH/Sida, que lamentavelmente continua a ceifar vidas, muitas das vezes de forma inocente.

O director nacional da Enda Guiné-Bissau, Mamadú Aliu Djaló salientou que o país poderá ganhar com a realização da 3ª Reunião do Comité de Pilotagem da organização, adquirindo boas experiências e práticas dos  países da sub região, e fortalecer a cooperação.

Adiantou  que, ao nível da rede FEVE, pretende-se a descentralização do rastreio do VIH/Sida, frisando que até aqui a maioria dos países tem feito esse trabalho só com as estruturas clínicas.

Disse  que as novas orientações permitem que agentes comunitários realizem  igualmente essa tarefa.

Participam no encontro de Bissau  técnicos da Guiné-Bissau, Senegal, Cabo-Verde, Guiné-Conocri, Gâmbia, Burkina-Faso, Mali, Niger e Costa de Marfim, representantes do Escritório Regional de ONU-Sida, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Luxemburgo. ANG/ÂC//SG

Presidências 2019


      PAIGC indigita Manuel Sirifo Nhamadjo Director Nacional da Campanha

Bissau, 19 Set 19 (ANG) – O Ex-Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo e a 1ª  Secretária da Mesa da ANP, “Dam Iala”, foram indigitados respetivamente para as funções do Director Nacional de Campanha e directora nacional adjunta, do candidato do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, às eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro.

A decisão aprovada por unanimidade foi tomada na terceira reunião extraordinária do Comité Central de PAIGC, realizada em Catio Região de Tombali, sul do país, no último fim-de semana.

De acordo com um comunicado à imprensa do PAIGC, à que  Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, a referida nomeação decorreu na presença do presidente do Partido, Domingos Simões Pereira e de 274 dos  351 membros do Comité Central do partido.

A mesma nota revela  que o Presidente do PAIGC considerou a realização da referida reunião do Partido, “passo importante para a consolidação das conquistas que o partido tem vindo a obter progressivamente”.

No mesmo acto, foi igualmente homenageado com observação de um minuto de silêncio todos os combatentes da Liberdade da Pátria que tombaram ao serviço da libertação e nos esforços de desenvolvimento nacional.

O referido documento refere ainda que o Comité Central do PAIGC recomendou ao governo para, urgentemente, proceder ao pagamento dos salário aos funcionários públicos.  ANG/LLA/ÂC//SG

Angola


                 Bienal de Luanda quer reforçar paz em África
Bissau, 19 set 19 (ANG) – A bienal de Luanda - Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, que vai decorrer até domingo começou quarta-feira com o desejo de  Luanda  ser o epicentro dos debates sobre a resolução de conflitos em África.
Jovens  participantes no Bienal de Luanda
Sob o lema "Construir e preservar a paz: um movimento de vários actores", o evento visa enaltecer os valores da paz e da cidadania e materializar a aliança de povos em torno da cultura da paz. O objectivo é criar plataformas de reflexão sobre o futuro de África, tendo como focos temáticos a juventude, paz e segurança, a criatividade, empreendedorismo e inovação. No Festival de Culturas, há cinema, música, artes plásticas e visuais, teatro, dança, moda, design, banda desenhada, videojogos, poesia, literatura, tradição oral e artesanato.
Paulo Baloteli, representante das Nações Unidas, considerou a Bienal um grande contributo de Angola para a pacificação de África e lembrou o seu papel de pacificação na Região dos dos Grandes Lagos.
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, falou na Bienal como uma oportunidade para prevenir os conflitos no Mundo.
Nany Marie Faith, embaixadora dos Estados Unidos da América em Angola, afirmou que a cultura de paz junta as pessoas no mundo, o que ilustra a importância da bienal.
Eugénio Laborinho, ministro do Interior de Angola, sublinhou que "Angola vive em paz há mais de doze anos" e vai-se "fazer com que isso fortaleça a situação da paz, da serenidade, embora haja um bocado de violência" que justificou com "o fenómeno social" que se está a viver. Oiça aqui.
Presente está também Denis Mukwege, Prémio Nobel da paz 2018. O cirurgião da República democrática do Congo que se notabilizou na reconstrução do aparelho genital de milhares de mulheres e raparigas, vítimas de violação nos conflitos do antigo Zaire.
Mukwege defendeu a preservação da identidade africana para uma efectiva promoção da cultura da paz no continente negro, admitindo que África continua sem responder às necessidades das suas populações.
Na agenda constam um Festival de Culturas, a decorrer no Museu Nacional de História Militar, e fóruns da mulher, da juventude, de ideias e de parceiros que vão concentrar os participantes no Memorial António Agostinho Neto.
São esperados 800 delegados de todo o mundo que vão juntar-se a outros mil participantes nacionais, directamente envolvidos na bienal. Na lista de convidados estão o presidente da União Africana, Abdel Fattah al-Sisi, os presidentes da Namíbia e do Mali, Hage Geingob e Ibrahim Boubacar Keïta, e o ex-jogador de futebol costa-marfinense Didier Drogba. ANG/RFI


Presidenciais 2019


 Líder do PUN promete  priorizar reforma judicial se for  Presidente da República

Bissau, 19 Set. 19 (ANG) - O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN),Idriça Djalo afirmou hoje que a reforma na justiça será uma das suas prioridades imediatas caso for eleito Presidente da República no dia 24 de novembro.

Djalo que falava à imprensa  depois de formalizar a sua candidatura junto do  Supremo Tribunal de Justiça, disse que se chegar ao palácio da República irá reformar as instituições do Estado, sustentando   que durante décadas a má política e má governação acabaram  por esvaziar completamente as instituições públicas e  todas as suas forças vitais.

“A nossa administração está hoje completamente politizada, com falta de profissionalismo, com recrutamento na base de amiguismos feitos por  partidos que governaram o país. As pessoas devem entrar na Função Pública através de concurso público e as entradas devem ser de acordo como os recursos financeiros do Estado disponíveis ”, disse.

O líder do PUN prometeu reformar  o sistema judicial do país e, segundo ele, as Forças Armadas serão revista bem como outros órgãos de Estado, prevé um  debate nacional com partidos políticos, populações até se chegar a um consenso ou entendimento sobre  como se vai organizar a administração pública.

Segundo ele, o único critério para se ingressar na Função Publica é ser um bom profissional e não apenas um militante de um determinado partido político.

O líder do PUN frisou que antes de tudo isso será promovido um debate nacional, “para que não haja mais tarde ajuste de contas”.

“Se for eleito Presidente da República, o primeiro ano do meu mandato vou percorrer todo o país para perceber o que é que os guineenses querem para a  Guiné-Bissau”, prometeu.

Djalo criticou  que as  instituições não funcionam e o que Parlamento  cria problemas ou seja faz leis que ninguém entende, e é incapaz de controlar a corrupção no país.

Ainda questionou se o hemiciclo guineense precisa, de facto, de 102 deputados.

 Idrtiça Djaló questionou ainda  como é que uma pessoa que faz as leis ou fiscaliza as contas de Estado pode ser analfabeto, frisando que estamos a enganar a nós mesmos não o contrario.

Idriça Djalo prometeu rever os termos de referência de quem deve ser deputado e reduzir em 50 por cento o actual numero de deputados.

Afirmou que hoje, o rácio entre a população e o número de deputados é dos mais elevados do mundo, acrescentando, a título de exemplo, que, se o colocarmos ao nível dos Estados Unidos de América iremos ter milhares de deputados no país. ANG/MSC/ÂC//SG

Rússia


               Igreja Ortodoxa manifesta apoio inédito a opositores
Bissau, 19 set 19 (ANG) - Um movimento de solidariedade a favor de manifestantes presos recentemente ganhou força na Rússia na quarta-feira (18), com o apoio de atores, professores e até membros da Igreja Ortodoxa.
Desde o início de setembro, os tribunais russos condenaram seis opositores a penas de prisão de dois a quatro anos por "violência" contra a polícia durante manifestações por eleições livres em Moscou ou por sua participação "repetida" em ações não-autorizadas.
O julgamento mais recente, em que Pavel Ustinov, um ator de 23 anos, foi condenado a três anos e meio de prisão, provocou a mobilização de dezenas de personalidades do mundo da cultura, um universo que, geralmente, não se manifesta politicamente na Rússia.
Ustinov alega sua inocência e garante que nem participou do protesto proibido durante o qual foi preso em agosto. Ele afirma que estava simplesmente esperando por um amigo em frente a uma estação de metrô.
Na quarta-feira, mais de mil pessoas, incluindo vários atores famosos do país, realizaram individualmente protestos, a única forma de manifestação na Rússia que não exige autorização prévia. "Isso diz respeito a todo mundo", afirmou a atriz Alexandra Bortitch, enquanto o diretor Dmitry Sobolev pediu que "Pavel e os outros condenados indevidamente fossem libertados".
Vários outros manifestantes carregavam cartazes com o slogan "Eu sou/somos o país inteiro", em referência ao movimento de apoio que libertou o jornalista Ivan Golunov em junho, acusado injustamente de tráfico de drogas.
Questionado sobre o caso, o Kremlin se limitou a sugerir a espera pelo resultado do recurso interposto pelo advogado de Pavel Ustinov.
Mas esse não foi o apoio mais inusitado do dia ao jovem ator. Numa rara iniciativa, uma carta aberta pedindo a libertação de Pavel Ustinov e outros manifestantes condenados, publicada na terça-feira (17) à noite em um jornal religioso on-line, foi assinada por mais de 90 padres da Igreja Ortodoxa, tradicionalmente próximos ao poder.
"É nosso dever expressar a convicção de que as sentenças de prisão impostas a várias pessoas neste caso devem ser revisadas", diz o documento, que denuncia "crueldade sem precedentes". Outra carta aberta assinada por quase 800 professores denunciou a "flagrante injustiça" das condenações e apelou à acusação dos responsáveis.
O diretor de cinema russo Andrei Zviagintsev ("Leviathan"), por sua vez, publicou um vídeo onde exigia que o presidente Vladimir Putin liberte Ustinov. Mais de 70 personalidades estrangeiras, incluindo políticos, escritores e criadores da série Game of Thrones, condenaram em carta aberta a "repressão política" na Rússia.
Uma petição no site Change.org pedindo a libertação de Pavel Ustinov coletou mais de 116.000 assinaturas em pouco mais de 24 horas. Andrei Turchak, um alto funcionário do partido no poder, o Rússia Unida, também descreveu a condenação do jovem ator como uma "flagrante injustiça".
Os apoiadores de Pavel Ustinov estão particularmente indignados com o fato de o tribunal se recusar a examinar um vídeo que comprova a inocência do jovem ator. ANG/RFI


Sociedade


Presidente do Movimento da Sociedade Civil apela despartidarização da organização

Bissau, 19 Set 19 (ANG) – O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento (MNSCPDD) apelou aos associados  a despartidarização da organização, “porque o objectivo do Movimento  é fazer  política social para o desenvolvimento humano, económico, sociocultural e ambiental”.

Fodé Carambá Sanhá fez o apelo numa conferência de imprensa alusiva a celebração do Dia Mundial da Paz, que se assinala no próximo dia 21 de Setembro, sob o lema “ Acção no domínio do clima para a paz “.

Disse que o acto será marcado com a realização de um seminário, manifestações e atividades culturais que culminarão com as festividades do  Dia da independência do país, 24 de Setembro.

Revelou que o Movimento da Sociedade Civil  vai lançar no próximo di  20  um  relatório sobre a  sua contribuição nas eleições legislativas do março último tendo convidado todas as formações políticas com e sem acento parlamentar para assistir ao ato.

“ Precisamos de acompanhamento da comunidade internacional em todos os trabalhos ligados ao desenvolvimento do país, “frisou.

Por sua vez, a representante da Rede de Mulheres Promotoras de Paz no Espaço CEDEAO, (REMCESPCAO), Elisa Tavares Pinto lembrou  que depois das eleições legislativas, o país teve dificuldades, tanto na formação do elenco governamental como da mesa da Assembleia Nacional Popular e que actualmente a tensão política aumenta com o aproximar das presidenciais pelo que as mensagens de paz são fundamentais para se criar um clima de tranquilidade no país.

Pinto afirmou que os políticos guineenses estão muito alterados neste momento em que aproxima as eleições presidenciais de 24 de Novembro e a população está inquieto e com incerteza de que a agitação social pode voltar  a convivência dos guineenses.

Elisa Pinto pediu maior contenção aos candidatos a Presidência da República, para se assegurar “a tão almejada paz e estabilidade”.ANG/JD/ÂC//SG

Migração


   
 Pedidos de asilo caem no mundo, mas aumentam na França e na Espanha
Bissau, 19 set 19 (ANG) - Os pedidos de asilo feitos por migrantes continuam caindo nos países da OCDE, até  os Estados Unidos, principal destino dos requerentes, registrou uma baixa.
Os únicos lugares em que as solicitações aumentaram foram França e Espanha.
Os dados fazem parte de um relatório divulgado  quarta-feira (18) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O documento relata que 1,07 milhão de pedidos de asilo foram registrados em 2018. O número representa uma queda de 10% nas solicitações nos países europeus e 17% nos demais países membros da entidade.
Essa tendência vem sendo constatada há três anos, já que em 2015 e 2016 cerca de 1,65 milhão de pessoas pediram asilo, contra 1,26 milhão em 2017.
No âmbito mundial (além dos membros da OCDE), o número de pedidos também registrou uma queda de 28%.
Os Estados Unidos, país que tradicionalmente recebe o maior número de deamndas, é um dos que apresentaram a principal queda.
No ano passado, 254 mil pessoas solicitaram asilo no território norte-americano, 77 mil a menos que em 2017.
O endurecimento da política migratória de Washington, que implementou um sistema de “tolerância zero” para os clandestinos, é apontado como uma das razões dessa baixa.
Além dos Estados Unidos, Itália e Alemanha registram as quedas mais importantes. No ano passado, Roma recebeu 73 mil pedidos a menos, enquanto Berlim teve 36 mil solicitações a menos.
Em contrapartida, Espanha e França são apontados como os únicos países da OCDE a terem registrado uma alta nos requerimentos de asilo. Em comparação com 2017, Madri recebeu no ano passado 22.300 pedidos a mais (73%), e Paris 19 mil a mais (20%).
Os venezuelanos são os que mais solicitam asilo na Espanha, seguidos dos afegãos, os sírios e os iraquianos. Já na França, os principais requerentes são albaneses e georgianos, o que contradiz o mito do pedido de asilo feito por migrantes que fogem de guerras no continente africano ou conflitos no Oriente Médio.
Ainda de acordo com o relatório da OCDE, a migração por razões profissionais – que não depende do regime de asilos – teve uma alta de 6% em 2018.ANG/RFI



Unicef


   Directora-executivo aponta desafios emergentes para crianças no  mundo

Bissau, 19 Set 19 (ANG) – A Diretora Executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrieta Fore apontou quarta-feira, através duma carta aberta,  oito razões de preocupações e esperança para as crianças do mundo inteiro.

 Em nota à imprensa enviada à ANG , no quadro da comemoração dos 30 anos de adopção da Convenção sobre Direitos da Criança, Fore realçou oito desafios emergentes para todas as crianças do mundo nomeadamente,  os conflitos prolongados,a  poluição , a crise climática e o aumento de doenças mentais.

Para além das ameaças aos jovens já conhecidas, como o acesso à educação, a pobreza, desigualdade e a descriminação, a carta alerta para novas ameaças aos direitos das crianças e aponta um caminho para aumentar esforços que respondem  a estas ameaças.

“As crianças de hoje estão a enfrentar novos desafios e mudanças globais que eram inimagináveis para os seus pais”, diz Henrietta Fore. Que acrescentar estar o clima a mudar de forma irreconhecível.

Sobre o conflito, a carta refere que o número de países em conflito e o mais alto de sempre desde a adopção da Convenção sobre Direitos das Crianças em 1989, com uma em quatro crianças a viverem em países afectados por violência ou desastres.

No que se refere às alterações climáticas , a carta alerta para o facto das crianças já estarem a passar pela destruição do planeta e pela crise climática global, que poderá colocar em causa os progressos feitos no âmbito da sobrevivência e do desenvolvimento infantil nos últimos 30 anos.

“O aumento das situações de clima extremo e ar tóxico, a seca prolongada e as rápidas inundações fazem parte desta crise e afectam de forma desproporcional as crianças mais pobres e vulneráveis”, lê-se na carta.

A Directora-executiva reiterou na carta que o UNICEF tem  vindo a trabalhar para ajudar a mitigar o impacto da crise climática em países de todo o mundo.

“A infância mudou, e nós precisamos de nos adaptar a essa mudança", diz a Diretora.

Nesta perspectiva esta responsável apela aos governos e empresas para trabalharem em conjunto para reduzir o consumo de combustíveis fóseis, desenvolver sistemas agrícolas, industriais e de transporte mais limpos e investir na expansão de fontes de energia renováveis. ANG/CP/ÂC//SG


OCDE


 Reduzidas as previsões de crescimento das economias mundiais em 2019 e 2020
Bissau, 19 set 19 (ANG) - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu de maneira considerável as previsões de crescimento da economia mundial para 2019 e 2020, no menor nível desde a crise financeira de 2008/2009.
As projeções foram divulgadas nesta quinta-feira (19), em Paris.
O crescimento mundial ficará abaixo de 3% este ano, a 2,9%, o que representa 0,3% a menos que nas previsões de maio.
Em 2020 deve alcançar 3% (0,4% a menos que nas previsões de maio), anunciou a organização, que cita como principais motivos para a desaceleração do crescimento a incerteza provocada pelo Brexit, a guerra comercial e o endividamento privado.
A OCDE, que revê seus números quatro vezes por anos, espera agora um crescimento mundial “mais fraco desde a crise financeira, com riscos que continuam a aumentar”.
Aos olhos da OCDE, as ameaças continuam pairando sobre o conjunto das principais economias mundiais, como a zona do euro e sobretudo os grandes países emergentes que sofrem com a desaceleração na China por causa da queda da exportação de matérias-primas.
No velho continente, a Alemanha, primeira economia do bloco, teve as revisões mais fortes, com crescimento esperado de 0,5% este ano (-0,2%) e pouco melhor para o ano que vem, com 0,6%, menos metade do que as últimas previsões de maio.
A França continua com crescimento de 1,3% em 2019 (sem mudanças) e 1,2% em 2020 (menos 0,1%).
A economia britânica, em plena incerteza sobre o Brexit, só deve crescer 1% (-0,2 ponto em relação à última previsão). Para 2020, a previsão é de 0,9% (menos 0,1%).
Os Estados Unidos, que conhecem um dos ciclos de crescimento mais longos de sua história, devem desacelerar para 2,4% este ano (menos 0,4%) para encolher a 2% em 2020 (-,3%).
A economia da China deve crescer 6,1% em 2019 (menos 0,1%). Para 2020, o recuo deve chegar a 5,7%.
A situação mais crítica é da Argentina, em pleno tumulto econômico e financeiro, que deve conhecer uma recessão de 2,7% de seu PIB, além de um recuo de 1,8% para 2020. ANG/RFI