terça-feira, 26 de maio de 2020


               Covid-19/ Angola decreta situação de calamidade pública
Bissau, 26 mai 20 (ANG) - O Governo angolano aprovou  segunda-feira  a declaração de situação de calamidade pública, com novas regras de funcionamento dos serviços públicos e privados para prevenção da Covid-19, mantendo-se a cerca sanitária em Luanda até 9 de junho.
As medidas vão começar a vigorar logo após o fim do estado de emergência às 23:59 desta segunda-feira (25/05) depois de ter sido declarado pela primeira vez em 27 de março.
Estas medidas visam permitir o processo gradual de regresso à normalidade da vida social do país, apesar de o Executivo reconhecer a existência de um ainda "elevado risco de contágio" do novo coronavirus, mas ainda segundo o comunicado, o Executivo "não pode descurar das graves consequências económicas, que resultaram da paralisação da vida social e da afectação dos direitos fundamentais".
Por esse facto, procura-se, com a nova medida, "um equilíbrio proporcional entre a defesa da saúde pública com o normal exercício das actividades económicas e sociais", refere o documento.
O Executivo recomenda aos cidadãos a "absterem-se de circular nas vias públicas e em espaços e vias privadas equiparadas às vias públicas, bem como a permanecerem nos respectivos domicílios, excepto para deslocações necessárias e inadiáveis".
No quadro da situação de calamidade pública, foram também estabelecidas regras específicas para os estabelecimentos de ensino, relativas aos centros de formação profissional, às competições e treinos desportivos, ao comércio de bens e serviços em geral, aos restaurantes e similares.
O Executivo definiu também regras de procedimento para a actividade industrial, agropecuária e pesqueira, à construção civil e obras públicas, à realização de actividades e reuniões, às actividades religiosas, às unidades sanitárias, às visitas aos estabelecimentos hospitalares e prisionais, ao funcionamento do transporte colectivo de pessoas e bens, aos estabelecimentos hoteleiros e similares, além do funcionamento dos serviços públicos, em geral.  
Com registo oficial de apenas 69 casos positivos e 4 óbitos do novo coronavirus, três meses depois de detectadas as primeiras infecções, Angola foi um dos 8 países seleccionados pela OMS, para transmitir a sua experiência em matérias de prevenção e combate à pandemia de Covid-19.
O representante interino da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Javier Aaramburu, referiu que o país integra, desde a semana passada, um grupo de oito Estados que, pela competência no tratamento dos casos devem ser exemplo a seguir mundialmente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.178 casos e 7 mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (719 casos e 7 mortos), Cabo Verde (390 casos e 3 mortes), São Tomé e Príncipe (299 casos e 12 mortos), e Moçambique (209 casos e 1 óbito).
Em África, há 3.348 mortos confirmados e mais de 111 mil pessoas infectadas em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
A nível global, segundo o útimo balanço da agência de notícias francesa AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infectou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios. ANG/RFI

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Covid-19/Câmara Municipal de Oeiras e AGA KHAN apoiam Guiné-Bissau com equipamentos

Bissau, 22 mai 20 (ANG) - A Câmara Municipal de Oeiras e a Rede Aga Khan vão apoiar a Guiné-Bissau com equipamento médico e de proteção individual no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Em comunicado, quinta-feira divulgado à imprensa, a Câmara de Oeiras refere que no âmbito do apoio serão doados à Guiné-Bissau dois ventiladores, 50 mil máscaras cirúrgicas, 50 mil pares de luvas, duas mil máscaras sociais e 12 termómetros de infravermelhos.

"Esta ação de cooperação com a Guiné-Bissau é a primeira de várias ações que serão desenvolvidas com os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e pretende dar resposta à crise sanitária provocada pela covid-19, colmatando as necessidades sentidas no acesso a equipamento de tratamento médico e proteção individual", refere o comunicado.

A iniciativa solidária com os PALOP representa um apoio conjunto de 700 mil euros.

O apoio fornecido chega a Bissau na sexta-feira.

O número de infeções por covid-19 na Guiné-Bissau aumentou quinta-feira para 1.109, registando-se seis vítimas mortais e 42 recuperados, disse o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.

No âmbito do combate à pandemia, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência, até 26 de maio, e o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 no país.

Além daquelas medidas, as pessoas só podem circular entre as 07:00 e as 14:00 locais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 328 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa



Política/ Primeiro-ministro pede abertura do parlamento para provar nova maioria

Bissau, 22 mai 20 (ANG) - O líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau, Nuno Nabian, disse quinta-feira que há uma nova maioria no país e pediu a reabertura do parlamento para o demonstrar, com a aprovação do programa de Governo.
 
Nuno Nabian, que é também primeiro-ministro da Guiné-Bissau, nomeado pelo Presidente, Umaro Sissoco Embaló, falava aos jornalistas na sequência de um encontro com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), realizado no parlamento, em Bissau.

“Há uma nova maioria. A nossa posição foi clara. Disse que a APU não tem nada a ver com o PAIGC. O acordo foi rompido e a APU está em outro acordo”, disse aos jornalistas Nuno Nabian, no final do encontro.

Segundo Nuno Nabian, agora é preciso a Assembleia Nacional Popular, parlamento do país, “abrir para que o Governo mostre que tem de facto a maioria necessária para aprovar o seu programa”.

Questionado sobre os deputados eleitos pela APU-PDGB que continuam fiéis ao acordo com o PAIGC, Nuno Nabian disse que os acordos não são assinados por deputados.

“A direção da APU conscientemente rompeu o acordo com o PAIGC e assinou com outras duas formações políticas e cabe ao Presidente da República tomar as decisões”, disse.

O encontro promovido pelo PAIGC visava alcance de consensos para formação de um Governo de Base Alargada, o que acabou por não se concretizar, por desentedimentos entre os cinco partidos que constituem o parlamento guineense.

De um lado o PAIGC e seus aliados, União para a Mudança, Partido Nova Democracia e ala da APU-PDGB que integra quatro deputados do partido e de outro lado, o MADEM G-15, PRS e APU-PDGB liderado por Nuno Nabian, que dizem ter agora uma nova maioria.

O MADEM G-!5  reclama o direito de liderar o governo por liderar a coligação dos três,  que diz ter uma nova maioria parlamentar e   o PAIGC reafirma que o acordo que lhe garante uma maioria de 53 dos 102 da ANP se encontra de pé, pelo que cabe ao partido liderar o novo Governo de Base Alargada pretendido.

O Prazo dado pela CEDEAO para que o Presidente da República,Umaro Sissoco Embaló  nomeie novo primeiro-ministro e novo governo termina esta sexta-feira. ANG/Conosaba




Campanha de Caju/Presidente da ANAG minimiza eficácia da campanha deste ano devido a pandemia do Covid-19

Bissau, 22 mai 20 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG), Jaime Boles Gomes minimizou a eficácia da campanha de caju 2020 devido a pandemia do novo coronavírus, que fez com que cada responsável dos países mundiais   se preocupar mais com sua população.

Jaime Boles que falava esta sexta-feira na cerimónia de abertura Oficial da Campanha de Comercialização do Caju, disse que é uma “Mini Campanha” e que neste momento  não há caju porque todo o stock  junto dos produtores já se esgotou.

“Neste momento não temos caju, estamos numa mini campanha de caju porque todo o stock junto dos produtores já esgotou e actualmente resta nas mãos dos grandes produtores e intermediários”, referiu.

Aquele responsável informou que nas visitas feitas nas sete regiões do país com Quadro Nacional Camponesa Produtor Agrícola/Guiné-Bissau (ROPPA) chegaram a conclusão de que haverá muita fome este ano porque os produtores não estão a vender as suas castanhas de caju como deviam ser devido o Estado de Emergência decretado pelo governo.

Segundo Boles, depois destas visitas reuniram com o ministro do Comércio mostrando-lhe que há toda a necessidade de abrir uma janela que pode funcionar em paralelo ao combate do Covid-19 para permitir que os produtores vendessem os seus produtos no preço oficialmente anunciado.

“O governo conseguiu ouvir-nos e pronunciou o preço de 375 fcfa. Mas o problema é que os nossos comerciantes até hoje estão a comprar o caju abaixo do   preço estipulado porque quando aparece uma situação dessa, como a da pandemia, os empresários da fileira aproveitam-se para explorar os agricultores Viram que o momento é oportuno porque os produtores necessitam”, disse.

Considerou de grande os prejuízos sofridos pelos produtores durante o Estado da Emergência, justificando que a partir de dia 27 de março último até a data presente , os produtores perderam grande quantidade de castanha de cajú em detrimento dos compradores e não têm como  recuperar.

Disse esperar que o preço indicativo anunciado  proporcione a troca de um quilograma de cajú por um de arroz, o que poderia ajudar muito os agricultores, acrescentando que é lamentável porque tal não está a ser verificado .

Em representação da Câmara de Comércio Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Alanso Fati sublinhou que não deve haver   “tolerância zero” para os comerciantes que transportam o caju para fronteiras, mas também para os comerciantes que estão a comprar a castanha de caju com produtos fora de prazo.

Fati disse que a situação dos produtores de caju é lamentável porque os ricos vão continuar a ser ricos e os pobres vão continuar mais pobres.

“Dizem muitas vezes que caiu o preço de castanha de caju, mas nunca disseram em que mercado ou seja em que país caiu o preço”, frisou.

Pediu ao governo para colocar  fiscais no terreno para fazerem os seus trabalhos, e sugere  a possibilidade de se dar dinheiro a CCIAS para comprar o caju e entregar ao governo, caso os comerciantes não estiverem a  cumprir as leis.

“Queremos pedir ao governo para colocar  fiscais  no terreno, para   os comerciantes cumprirem  as leis. Quer dizer, comprar o caju no preço anunciado pelo governo para que os produtores possam ter algum benefício, porque, se não, se caírem as chuvas o caju vai ser comprado até 100 francos cfa por quilograma”, disse.

O governo liderado pelo Nuno Gomes Nabian anunciou o preço básico para comercialização de caju deste ano em 375 fcfa o quilo. ANG/DMG/ÂC//SG



Campanha de Cajú/Primeiro-ministro garante que no próximo ano os produtores serão os principais beneficiários da venda deste produto

Bissau 22 Maio 20 (ANG) – O Primeiro-ministro  afirmou hoje que a castanha de caju, sendo o “ouro” do país, deve beneficiar primeiramente aos produtores que estão na linha de frente neste sector.

Nuno Nabiam
Nuno Gomes Nabian que falava na abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de caju, afirmou que este é o último ano em que o acto vai decorrer da maneira como costuma ser .

“Ou seja não se deve continuar a permitir que venham pessoas que, em dois ou três meses, ganham milhões de dólares em detrimento dos produtores nacionais que são donos das plantações de cajueiros”, prometeu, frisando que, com esta desorganização na fileira de caju, o país não irá conseguir tirar grandes proveitos com as receitas provenientes deste produto considerado estratégico.

“Os lucros provenientes da comercialização da castanha de caju não está a ser investidos na Guiné-Bissau, mas posso-vos dizer que acabou, porque, se de facto tudo correr bem, vamos iniciar uma nova abordagem para a campanha do próximo ano, em que os produtores devem sentir o valor do seu trabalho”, disse.

O Primeiro-ministro afirmou que são os produtores  que mais sofrem porque as vezes são picados pelas cobras nas hortas, cuidam dos seus pomares com meios desponteis e próprios, mas  que ao fim ao cabo não têm hospitais ,escolas, por isso é preciso inverter a situação.

Nabian disse que a riqueza do país deve ser partilhado, salientando que a situação de pandemia de Covid-19 complicou mais a vida das pessoas por isso não se vai mudar nada em termos de lei da campanha este ano.

Contudo, prometeu que, no próximo ano,  o Governo e os parceiros do sector vão organizar melhor o sector.
“O Governo deve assumir a liderança deste processo, porque o caju é um produto estratégico para a economia guineense e se for bem gerido pode levar escolas , estradas e a electricidade às populações”, disse.

Referindo a pandemia de Covid-19, Nuno Nabiam sublinhou que, uma vez que já se conhece  as formas de se prevenir contra o virus de coronavirus, terão que decidir abrir a economia do país e arrancar com a campanha assim que terminar  o Estado de Emergência, no próximo dia 26 do corrente mês.

Por seu turno, o ministro do Comércio e Indústria pediu os actores da fileira de cajú a terem a coragem e convicção de que a presente campanha, apesar do atraso, não se encontra adiada .

António Artur Sanhá afirmou que é preciso encarar a realidade e que todos devem saber sofrer e ser solidários na prevenção e no combate à essa doença.

Artur Sanha
Sustentou  que é preciso tomar decisões para que a vida económica de um país como a Guiné-Bissau possa continuar em dinâmica, permitindo a sobrevivência da população, e salientou que a Comissão criada pelo Governo presidido por ele cumpriu as suas responsabilidades, tendo tomado em consideração, o protocolo higiénico-sanitário, proposto pelas associações  do sector privado.

“Queremos agradecer os esforços do Governo face as orientações do Chefe de Estado, que conseguiu uma saída económica e financeira, para viabilizar e salvar a presente campanha de comercialização de cajú, tendo conseguido mobilizar para o efeito 15 mil  milhões de francos CFA, que hoje se encontra alojados junto dos bancos comerciais do país”, explicou.

Sanhá garantiu que o seu pelouro vai disponibilizar os meios para prevenção do Covid-19 à todos os operadores do sector mediante o levantamento de alvará no Ministério do Comércio.ANG/MSC/ÂC//SG


Ambiente/”A Biodiversidade  continua ameaçada na Guiné-Bissau”, diz Director do IBAP 

Bissau, 22 Mai 20 (ANG) – O director de Instituto da  Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Justino Biai disse hoje que a situação  da biodiversidade na Guiné-Bissau continua ameaçada embora haja parques de conservação que ainda não conseguem impedir a expansão de caju.

Em entrevista exclusiva à ANG alusivo ao Dia Internacional de Biodiversidade, que se assinala hoje em todo mundo, Biai disse que muitas das vezes nas áreas consideradas protegidas se depara com a tendência de expansão de caju porque as prioridades das comunidades são as satisfações das necessidades económicas.

"E como caju tornou-se no maior vector económico do país, não temos como travar essa tendência de criar pomar de caju no interior das áreas protegidas, embora tentamos  controlar a situação. Ainda temos outras situações:  caça, tentativa de exploração de madeira e pesca ilícita  no interior das áreas protegidas”, ressalta Biai.

Revelou que ainda há algumas ameaças que pairam no interior das  áreas protegidas mas  que  têm instrumentos adequados que vão ao encontro destas ameaças, sobretudo, o regulamento interno dos parques, os decretos de criação das áreas protegidas e estruturas criadas em cada zona para patrulhar, conservar e negociar com atores, a fim de evitar práticas que não ajudam ao bom funcionamento das áreas protegidas.

"A criação das áreas protegidas não resolve todo o problema, mesmo  com a sua criação continua a ter certos ameaças porque são zonas onde existem recursos e se há recursos os homens têm que utilizar estes recursos, o que põe o problema de encontrar o equilíbrio  entre a conservação da biodiversidade, uso sustentável da biodiversidade e a necessidade  imperiosa do desenvolvimento”, frisou Justino  Biai.

Em comparação com outros países sobretudo os da sub-região, disse que ainda pode se constatar que a presença de espécies ameaçadas, ao nível do território da Guiné-Bissau, pelo que é preciso continuar na dinâmica de sensibilização para que as pessoas compreendam o papel  das áreas protegidas  para o interesse económico da Guiné-Bissau.

Questionado sobre a importância da biodiversidade na economia do país, afirmou que as vezes não se tem uma consciência clara sobre isto porque não há interligação entre a biodiversidade e os sectores económicos.

Disse que todo o sector económico e turístico da Guiné-Bissau está assente na natureza e esses elementos constituem a essência da biodiversidade no sector económico seja a nível micro ou macroeconómico.

Justino Biai afirmou que a preservação da biodiversidade na Guiné-Bissau não é um luxo, mas sim uma necessidade imperiosa que as pessoas têm que compreender e sobretudo neste momento da pandemia de covid-19 no país e no mundo em geral.

Disse  que o  comportamento do homem  tem consequências a nível de saúde, economia e da sociedade pelo que   apela as pessoas no sentido de reflectirem e terem em mente que cada um deve contribuir para a conservação da biodiversidade. ANG/MI/ÂC//SG      
      
    



Bissau,22 Mai 20(ANG) - "O avião que transportava para Bissau o corpo do ex-Presidente, Serifo Nhamajo, que morreu em março em Portugal, regressou hoje a Lisboa devido a um problema mecânico, disse à Lusa fonte da companhia aérea.

O avião trazia mais sete urnas funerárias e alguns passageiros, foi fretado à Euroatlantic por uma agência de viagens.

O avião já chegou a Lisboa. O piloto decidiu regressar devido a um problema mecânico”, disse a mesma fonte.

Fonte da agência guineense que organizou a viagem disse que o avião faz ainda hoje a viagem para Bissau.

“Vai sair de Lisboa às 18:30 e chega às 22:50 a Bissau” e depois sai de “Bissau às 00:30 e chega a Lisboa às 05:30 de sábado”, disse à Lusa.

As cerimónias fúnebres do antigo Presidente de transição da Guiné-Bissau Serifo Nhamadjo estavam previstas para hoje em Bissau.

Nascido em 25 de março de 1958, Serifo Nhamadjo, dirigente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), foi Presidente de transição da Guiné-Bissau entre maio de 2012 e junho de 2014.

Assumiu a liderança do período transitório na Guiné-Bissau, na sequência de um golpe de Estado, protagonizado por militares. Antes, desempenhou as funções de primeiro vice-presidente do parlamento guineense.

Político que se assumia como amante da paz, justiça e estabilidade, Serifo Nhamadjo era formado em contabilidade e análises em Portugal e era também um assumido amante do futebol, particularmente do Benfica, tendo chegado a ser presidente da casa daquele clube de Bissau.

Foi ainda fundador e primeiro presidente do Clube Desportivo de Mansaba, no interior norte da Guiné-Bissau.ANG/Lusa



            África promove jornada inter-religiosa pelo fim da pandemia
Bissau, 22 mai 20 (ANG) - O Fórum para o Diálogo Inter-religioso da União Africana (IFDF, na sigla em inglês) apelou às populações para que se juntem, esta sexta-feira, numa jornada de oração pelo fim da pandemia de Covid-19.
"Apelamos a todas as pessoas de fé e boa vontade que se juntem numa oração pelo fim da pandemia", apelou o IFDF numa mensagem dirigida a todas as religiões e crentes do continente.
A organização instituiu sexta-feira como o 'Africa Prayer Day' e pede para que seja observado em "todos os países do continente".
Os responsáveis do organismo, que integra 11 líderes religiosos de todas as regiões africanas, assinalam que a pandemia afectou as comunidades religiosas de várias formas, levando ao cancelamento de missas, peregrinações e festividades religiosas e obrigando ao fecho de mesquitas, igrejas, sinagogas e templos.
Apelando para a unidade e solidariedade, o fórum enalteceu a resposta de "centenas de líderes religiosos, suas instituições e voluntários" na mitigação das situações de fome, violência, traumas e stress causados pelo confinamento prolongado e pelas medidas de luta contra o novo coronavírus.
Além do fim da pandemia, apela-se às populações que rezem pela recuperação dos infectados com o novo coronavírus, pelas vítimas mortais, pelos profissionais de saúde e todos os trabalhadores dos serviços essenciais e pelas mulheres vítimas de violência doméstica.
"Rezaremos juntos, na luta contra a propagação da Covid-19, pelo rápido fim da pandemia e pela descoberta de curas e tratamentos. Encorajamos os esforços e as inovações dos investigadores, engenheiros e médicos africanos na sua tentativa de desenvolver curas e tratamentos que reflictam as nossas tradições e valores", refere a mensagem.
O IFDF é uma plataforma da União Africana (UA) que promove a cooperação e o diálogo entre diferentes religiões, explorando o poder das comunidades religiosas para progredir nas áreas da justiça, paz e segurança em África.
Criado em 2016, é gerido por uma comissão eleita pelos conselhos inter-religiosos dos Estados-membros da UA.
A actual comissão do IFDF é composta por 11 membros, dois por cada região africana e um em representação dos jovens.
O islamismo e o cristianismo são as maiores religiões em África, convivendo no continente com várias crenças tradicionais.ANG/Angop




  Covid-19/ Lar de abrigo de crianças cegas  com dificuldades de alimentação

Bissau,22 Mai 20(ANG) - As crianças acolhidas pela Agrice, único lar de abrigo de pessoas cegas, mudas e surdas na Guiné-Bissau, enfrentam "muitas dificuldades" na alimentação e medicamentos, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, disse quinta-feira à Lusa um responsável da instituição.

Adjé Mané, professor da escola Bengala Branca, que acolhe crianças de toda a Guiné-Bissau, com problemas visuais e de audição, explicou que com o início da pandemia da covid-19, "a situação dos dois lares piorou".

A Agrice, associação guineense de reabilitação e integração dos cegos, conta com um lar de crianças cegas no bairro de Cuntum Madina, onde acolhe 66 crianças, e outro em Bissaguel, onde dá abrigo a 23 crianças, todas em regime de internato.

Nos dois lares estão crianças dos seis meses aos 14 anos, de ambos os sexos e maioritariamente oriundas das comunidades do interior da Guiné-Bissau, onde são ostracizadas por serem portadoras de deficiências visuais e de audição.

O professor Mané referiu que as crianças precisam de alimentação, medicamentos e vestuário, porque com a pandemia provocada pelo novo coronavírus as entidades que apoiavam a Agrice deixaram de o fazer.

"Recebíamos apoios da cooperação portuguesa, mas há já algum tempo que não recebemos nada, também compreendemos que esta situação do coronavírus afetou a toda a gente", afirmou Adjé Mané.

Algumas crianças até já pediram para serem devolvidas aos familiares, gesto que o professor considerou ser improcedente porque as dificuldades dos pais, nas comunidades, "são ainda maiores ou até piores".

"Os familiares das crianças não aparecem aqui. Mas também tirar uma criança invisual da sua comunidade para Bissau, isso é um alívio, nunca mais a família quererá saber dessa criança que é um fardo", frisou Adjé Mané.

Para superar as dificuldades nos dois lares, os monitores das crianças recorrem aos pedidos de favores "aqui e ali", às vezes arranja-se algo para o pequeno-almoço, às vezes já não se consegue nada para o almoço ou jantar, contou o professor.

Os medicamentos para as crianças eram levantados, fiado, numa farmácia, mas há já algum tempo que o proprietário cancelou o procedimento, alegando dificuldades no negócio, e para piorar a situação Manuel Rodrigues, presidente e benemérito da associação, adoeceu.

"Ele é que é o pilar da nossa instituição e até tirava do próprio bolso, às vezes recorria às pessoas conhecidas", disse Adjé Mané, que lançou um "grito de socorro às pessoas de boa vontade".

Além dos dois lares, a Agrice tem a escola Bengala Branca que é frequentada por 566 alunos, que está atualmente parada por ordens do Governo, no âmbito do estado de emergência em vigor no país desde finais de março.

A Guiné-Bissau regista mais de 1.000 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo seis vítimas mortais e 42 recuperados.

No âmbito do combate à pandemia, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência, até 26 de maio, e o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 no país.

Além daquelas medidas, as pessoas só podem circular entre as 07:00 e as 14:00 locais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 328 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.
ANG/Lusa



Covid-19/Bolsonaro diz que “pavor” em torno da pandemia mata mais do que a doença

Bissau, 22 mai 20 (ANG) -  O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse na noite de quinta-feira que o "pavor" em torno da pandemia da Covid-19 mata mais pessoas do que o próprio coronavírus.
"Morre muito mais gente de pavor, muitas vezes, do que do ato em si [referindo-se à Covid-19]. O pavor também mata, leva ao stress, leva ao cansaço, a pessoa não dorme direito, fica sempre preocupada", disse Bolsonaro numa transmissão em directo no seu Facebook, desvalorizando mais uma vez a pandemia, no dia em que o país atingiu um novo recorde de mortos (1.188 óbitos).
Bolsonaro lamentou as mortes devido à Covid-19 no país, que totalizou 20.047 óbitos na quinta-feira, mas frisou que "toda a gente morre um dia".
"A vida está aí. Nós vamos embora um dia. A gente lamenta mais uma vez a morte de todo o mundo. A única certeza é que vamos embora um dia. (...) Mas temos que ter coragem de enfrentar. É como eu digo há 60 dias, [o coronavírus] é como uma chuva, você está aí fora, você vai-se molhar. Ninguém contesta que cerca de 70% da população vai adquirir o vírus", disse mais uma vez o chefe de Estado.
Na sua transmissão no Facebook, que ocorre todas as quintas-feiras, Bolsonaro voltou a afirmar que pode ter contraído o coronavírus sem ter percebido, apesar de ter entregado à Justiça três testes que realizou, usando pseudónimos, e que deram resultado negativo.
"Eu não sei se eu adquiri [o vírus]. O avião que eu vim dos Estados Unidos, tinha 32 vagas e 23 pessoas apanharam. Eu não peguei. Ou então, se eu peguei, eu não senti sintoma nenhum", reforçou o mandatário.
Jair Bolsonaro realizou os exames ao novo coronavírus após regressar de uma viagem aos Estados Unidos da América, em que pelo menos 23 pessoas da sua comitiva testaram positivo, entre eles os ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ambos com mais de 60 anos, além do secretário de Comunicação do Governo, Fábio Wajngarten.
O chefe de Estado abordou ainda o protocolo divulgado na quarta-feira pelo seu Ministério da Saúde, que autorizou a administração de cloroquina até para o tratamento de casos ligeiros de Covid-19 no sistema público de saúde.
Bolsonaro afirmou que sabe "que a cloroquina não tem comprovação científica", mas defendeu que há muitos relatos de médicos sobre pacientes que tomaram o medicamento e se curaram.
"Alguns [pacientes infectados] morrem, claro, não é todo o mundo que vai tomar o remédio e ficar vivo, mas a grande maioria fica", declarou, acrescentando que a questão em torno do fármaco se tornou numa "luta ideológica".
"Eu tomo Coca-Cola, quem quiser tomar cloroquina, toma", comparou o Presidente do Brasil.
Até agora, o protocolo apenas previa o uso de cloroquina - um medicamento usado para tratar doenças como artrite, lúpus e malária e cujos efeitos em pacientes vítimas da covid-19 estão ainda a ser estudados em diversos países, incluindo no Brasil - em casos graves de infecção pelo novo coronavírus.
Apesar de o ministério da Saúde indicar que teve em conta "diversos estudos e a larga experiência do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de outras doenças infecciosas e de doenças crónicas no âmbito do Sistema Único de Saúde", não há evidências científicas sobre a eficácia deste medicamento no tratamento da Covid-19.
O Brasil registou 1.188 mortos e 18.508 infectados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 20.047 óbitos e 310.087 casos diagnosticados desde a chegada da pandemia ao país, informou na noite de quinta-feira o executivo. ANG/Angop



     UNICEF denuncia expulsão pelos EUA de crianças não acompanhadas
Bissau, 22 mai 20 (ANG) - A agência da Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês) denunciou a expulsão pelos EUA, desde princípios de Março, pelo menos um milhar de crianças migrantes não acompanhadas ao México e América Central. Para a UNICEF, que divulgou quinta-feira a denúncia em comunicado, esta medida ignora os graves riscos que ali correm, agravados pela pandemia do novo coronavírus.
No mesmo período, pelo menos outros 447 menores foram expulsos pelo México para Guatemala e Honduras.
A UNICEF advertiu para a violência e a discriminação que estas crianças vão enfrentar aquando do seu regresso, sobretudo se houver a percepção de que foram infectados pelo novo coronavírus, que afectou muito mais os EUA que os seus vizinhos.
"Para as crianças que se movem através da região, a Covid-19 está a tornar uma situação má em pior. A discriminação e os ataques acrescentam-se às ameaças existentes, como a violência dos grupos existentes, que os forçou a fugir em primeiro lugar", assinalou a directora executiva da UNICEF, Henrietta Fore.
A UNICEF alertou ainda para o "estigma" que muitos migrantes regressados estão a sofrer, devido à percepção que há em alguns países da região de que as pessoas que regressam dos EUA ou do México podem ser portadoras de covid-19.
Já há relatos de comunidades na Guatemala e Honduras que proibiram a entrada destas pessoas e outros em que os migrantes regressados foram ameaçados e alvo de actos de violência.
A UNICEF pretende que os governos envolvidos acabem com as deportações de menores não acompanhados ou separados, bem como de crianças com as suas famílias, se não lhes for garantida uma protecção adequada e controlos sanitários. ANG/Angop