terça-feira, 13 de julho de 2021


Justiça/
Ministério da Justiça e Direitos Humanos  valida  Código de Proteção Integral das crianças

Bissau, 13 Jul 21 (ANG) – O Ministério da Justiça e Direitos Humanos(MJDH) promoveu esta terça-feira um ateliê de  validação técnica do ante-projeto do código de proteção integral da criança, com duração de dois dias.

Na cerimónia de abertura do acto, o ministro da Justiça disse que é o dever do Estado, assegurar por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de  facultar  a criança o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Iaia Djaló referiu que que a proteção da infância e da adolescência prevista nas diferentes Convenções Internacionais  e acolhidas pelo direito interno guineense, descreve os principais elementos da Doutrina da Proteção Intergral, tendo os direitos fundamentais especiais garantias da sua efetivação.

“ É urgente o desafio no domínio de proteção dos direitos das crianças, quando ainda se registam no país, a privação de acesso à escola as jovens raparigas, acentuados índices de violência doméstica, mutilação genital feminina, casamento precoce  e forçado, exploração sexual e económica, tráfico, trabalho forçado, entre outros,” mencionou.

Aquele governante afrimou que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem , com absoluta prioridade do direito à vida, saúde,  alimentação, educação, lazer, profissinalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Segundo  a ministra da Mulher, Família e Solidariede Social, Conceição Évora  o enquadramento jurídico nacional  não se encontra atualizado e nem é harmonioso no que respeita a matéria da proteção da criança.

Conceição Évora disse que é urgente aprovar um normativo nacional coerente que afetivamente dê uma resposta sistemática, coerente e atualizada às necessidades de prevenção da violação dos direitos  da criança, bem como sua promoção e proteção, com vista ao seu desenvolvimento integral.

A referida formação é promovida  pelo MJDH,  com apoio técnico e financeiro de Fundo das Nações Unidas para Infância(UNICEF). ANG/JD/ÂC//SG

    Cuba/Autoridades  acusam Estados Unidos de coordenarem protestos

Bissau, 13 Jul 21 (ANG) - O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, acusa a administração norte-americana  do Presidente Joe Biden de  estar por detrás das manifestações que ocorreram no decurso  do fim de semana passado.

Severamente afectada pelo bloqueio imposto pelos Estados Unidos há
mais de sessenta anos, Cuba enfrenta sérios problemas económicos agravados pela pandemia de covid.

 Miguel Díaz-Canel considera que as manifestações ocorridas em Cuba,  são coordenadas pelos Estados Unidos, de  forma  a provocar convulsões sociais no   seu país.

O executivo de  Havana denunciou a política de asfixia económica de Cuba, levada a cabo por Washington, que  segundo  ele está na origem das manifestações anti-governamentais no  país das Caraíbas, confrontado com a pior crise económica dos  últimos 30 anos .

Cuba, que  sofre o  impacto do bloqueio económico por parte dos Estados Unidos desde 1962, está confrontada com a penúria de alimentos e medicamentos, assim como enfrenta problemas de fornecimento de  electricidade. A situação de penúria económica, foi agravada pela pandemia de Covid.

De acordo com Joe Biden que apoiou os protestos em Cuba, as manifestações  que tiveram lugar em várias cidades do  país caraíba são o resultado de décadas de repressão e sofrimento económico  sob um governo autoritário.

As relações entre Cuba e os Estados Unidos degradaram-se particularmente durante o mandato do antigo presidente Donald Trump que, contrariamente ao seu antecessor Barack Obama, decidiu reforçar as sanções contra Havana, na esperança de precipitar a queda do partido comunista cubano.

A União Europeia e as Nações Unidas lançaram ,no dia 12 de Julho de 2021, um apelo ao executivo cubano para que este respeite  a liberdade de expressão e o direito a manifestar, pacificamente, da população cubana.

 O  chefe de Estado  de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou que  se os Estados Unidos estivessem muito preocupados com o bem-estar dos cubanos, o primeiro passo que deveriam dar, era pôr fim ao embargo económico norte-americano em vigor contra a ilha das caraíbas desde 1962. ANG/RFI

 

 

Covid-19/”Uso das máscaras deve continuar a ser o nosso pão de cada dia”, diz o Secretário Adjunto do Alto Comissariado para Covid-19

Bissau, 13 Jul 21 (ANG) – O Secretário Adjunto para covid-19 defende que o uso das máscaras deve ser o pão de cada  dia dos guineenses para evitar a propagação do vírus como no passado recente.

Plácido Cardoso falava segunda-feira em conferência de imprensa no âmbito da divulgação de boletim semanal da situação da pandemia de Covid-19 no país.

ʺPelo comportamento dos dados epidemiológicos podemos já pensar na terceira vaga da pandemia como já tínhamos anunciado, e estamos a trabalhar por forma a contornar a situação, mas isso passa naturalmente pelo comprimento das medidas que há muito temos vindo a recomendar, disse.ʺ

Cardoso acrescenta que é notório um certo relaxo no seguimento dos comprimentos das medidas de prevenção, e pede que as pessoas colaborassem, no sentido de obedecer as recomendações e as instruções das autoridades sanitárias competentes.

Questionado sobre a suposta circulação de variante delta no país, disse que ainda não se pode confirmar isso, e frisou  que a sequência  é feita a partir das amostras que são tomadas e tratadas.

“As amostras que estamos  a tratar foram colhidas um pouco antes de mundo conhecer a circulação de variante delta”, afirmou Plácido Cardoso.

O Secretário-adjunto para a Covid-19 disse que, com o aumento do número de recolhas de amostras que estão a testar positivo, para serem tratadas dentro de um  quadro do processo da sequenciação, espera  ter identificação das variantes que estão a circular neste momento na Guiné-Bissau.

Disse que, com o aumento dos casos de infecção no país, vão fazer uma análise sobre a situação para que, no devido momento, façam recomendações conforme  a evolução da situação epidemiológica

ʺTemos que continuar a observar medidas, como o uso de máscaras, que tem grande valor na  diminuição da transmissão da doença.O nosso conselho é de que  devem retomar o uso das máscaras nos locais públicos e sobretudo manter a regra de distanciamento social, no mínimo um metro, e as práticas de lavagem da mãos todos as dias. Realmente, muita gente continua a pensar que o coronavírus não existe e outros grupos pensam que a covid-19 já acabou”, salientou.

Plácido Cardoso reafirmou  que ainda existe a Covid-19 e que os vírus contínuam a circular.

Acrescentou  que houve um período  em que se diminuiu a capacidade de atestação mas que agora  estão a aumentar a capacidade de testagem, e  a ter mais casos de infecção.

Aquele responsável disse que, a população deve  ter a consciência de que existe o vírus, que continua a circular na Guiné-Bissau e a atingir  bastante a faixa etária jovem, sendo  que o último óbito se trata de uma pessoa muito jovem.

De acordo com o Alto Comissariado, a Guiné-Bissau, contabiliza atualmente um total acumulado de 3,947 infecções, num total de 75,548 testes realizados, 3,632 recuperados, estando em 239 e 250 pessoas hospitalizados.
ANG/MI/ÃC//SG

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ONU/FAO alerta que Covid-19 pode ter efeitos a longo prazo sobre segurança alimentar

Bissau, 13 Jul 21 (ANG) - Segundo um relatório divulgado  segunda-feira pela FAO, a agência da ONU para a alimentação e agricultura, a covid-19 poderia ter efeitos a longo prazo sobre a segurança alimentar no mundo inteiro.

Este documento refere que no espaço de apenas um
ano, a fome progrediu 18% no mundo. Para a FAO, este foi o agravamento da fome mais importante em pelo menos 15 anos.

“Muito antes da pandemia covid-19, já não estávamos em vias de erradicar a fome e todas as formas de desnutrição no mundo até 2030. Hoje, a pandemia tornou a tarefa ainda mais difícil”. Esta é uma das conclusões do relatório publicado pela FAO juntamente com outras agências da ONU em que se refere que no ano passado "720 a 811 milhões de pessoas no mundo passaram fome, cerca de 118 milhões a mais do que em 2019”.

De acordo com este documento, mais de metade das pessoas subnutridas vive na Ásia (418 milhões), mais de um terço em África (282 milhões) e 8% (60 milhões) na América Latina, este relatório referindo ainda que mais de 2 biliões de pessoas não tiveram acesso a uma alimentação adequada ao longo do ano passado, ou seja mais 320 milhões do que em 2019. Um aumento “igual àquele observado durante o total dos cinco anos anteriores”, nota o relatório.

A insegurança alimentar, fenómeno já presente antes da pandemia, foi agravada por ela, constata a FAO ao referir que em alguns países, nomeadamente os mais pobres, as restrições aplicadas no âmbito do combate à covid-19, impediram os pequenos agricultores de comercializarem os seus produtos e provocaram problemas de abastecimento nas cidades, designadamente na zona do Sahel.

Segundo a FAO, cerca de "660 milhões de pessoas poderiam passar fome em 2030, em parte devido aos efeitos a longo prazo da pandemia de covid-19 sobre a segurança alimentar global - ou seja 30 milhões a mais do que num cenário em que não teria havido pandemia”.

Já na passada sexta-feira outra organização, a Oxfam teceu um alerta no mesmo sentido.

 

 De acordo com esta ONG, a insegurança alimentar no mundo aumentou seis vezes no último ano, sendo que onze pessoas morrem de fome a cada minuto.

 

Actualmente, várias áreas do globo suscitam preocupação. Em finais do mês passado, o PAM teceu um alerta sobre a situação de Madagáscar onde as alterações climáticas provocaram a seca e a fome. Também segundo as Nações Unidas, no Iémen, em guerra desde 2014, cerca de 50 mil pessoas estão a passar fome e cerca de 5 milhões estão em situação de insegurança alimentar.

No Tigray, região conflituosa do norte da Etiópia, o PAM estima que mais de 400 mil pessoas estão a passar fome e quase 2 milhões estão em risco.

Esta agência da ONU alertou igualmente no passado mês de Maio que cerca de 950 mil pessoas se encontram actualmente em insegurança alimentar no norte de Moçambique, palco de um conflito armado desde Outubro de 2017. A braços com a seca, Angola também tem lutado contra a fome em certas zonas do seu território, nomeadamente no sul. ANG/RFI

CPLP/ Sociólogo guineense Miguel de Barros considera de "má opção” a estratégia economicista adotada pela organização

 Bissau, 13 jul 21 (ANG) -- O sociólogo guineense Miguel de Barros considerou segunda-feira que a estratégia economicista adotada pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi uma "má opção" e que o modelo de mobilidade, que poderá ser adotado, em Luanda, é algo "classista".

Numa análise à agência Lusa sobre os 25 anos de criação da CPLP, Miguel de Barros salientou que a criação da comunidade permitiu gerar uma "outra dinâmica" de produção económica, cultural e científica e dar protagonismo internacional à diplomacia dos estados-membros, "mas isso não foi acompanhado por um desenvolvimento institucional que pudesse salvaguardar a efetiva presença da CPLP, quer nos estados-membros, quer a nível global".

Para o sociólogo, a "CPLP optou por uma estratégia mais economicista, do que propriamente uma estratégia de cidadania que pudesse permitir o empoderamento da comunidade".

“Essa estratégia economicista foi baseada no alargamento da comunidade a outros países, mas em função de recursos que pudessem dar um peso económico e a partir desse peso económico a nível internacional ter peso político. Acho que foi uma má opção", sublinhou.

O sociólogo guineense referia-se à geopolítica do petróleo, salientando que essa expansão "não correspondeu aos desafios do ponto de vista da cidadania, a melhoria da democracia nos estados-membros".

"Temos o hoje Brasil numa situação muito crítica, sem capacidade de influência da CPLP, temos a Guiné-Bissau numa situação muito crítica, sem capacidade de influência da CPLP, temos Angola numa situação também muito crítica do ponto de vista económico, sem capacidade de influência da CPLP, São Tomé idem, Cabo Verde é um dos países mais endividados de África", disse.

Não se vê, depois, como é que essa estratégia económica também permite injetar capitais de modo a que o setor público e privado tivessem capacidade de influenciar as transformações económicas desejáveis, criação de bem-estar", afirmou Miguel de Barros.

Para o sociólogo, o "mais crítico da ação da CPLP é sobretudo aceitar que além de ser uma comunidade afetiva é uma comunidade linguística".

Lembrando que a CPLP ainda tem países onde os falantes de português ainda não são a maioria da população, Miguel de Barros disse que ainda não se vê a língua como património capaz de "permitir maior fluidez e capacidade de produção de conhecimento, de promoção de investimento e de promoção criativa".

"Quando se vê o orçamento do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, quando se vê a estrutura e a sua amplitude e impacto ao nível do estados-membros vemos que há um trabalho enorme a fazer porque este projeto ainda não foi assumido como um desafio prioritário", afirmou.

Não se vê, depois, como é que essa estratégia económica também permite injetar capitais de modo a que o setor público e privado tivessem capacidade de influenciar as transformações económicas desejáveis, criação de bem-estar", afirmou Miguel de Barros.

Para o sociólogo, o "mais crítico da ação da CPLP é sobretudo aceitar que além de ser uma comunidade afetiva é uma comunidade linguística".

Lembrando que a CPLP ainda tem países onde os falantes de português ainda não são a maioria da população, Miguel de Barros disse que ainda não se vê a língua como património capaz de "permitir maior fluidez e capacidade de produção de conhecimento, de promoção de investimento e de promoção criativa".

"Quando se vê o orçamento do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, quando se vê a estrutura e a sua amplitude e impacto ao nível do estados-membros vemos que há um trabalho enorme a fazer porque este projeto ainda não foi assumido como um desafio prioritário", afirmou.

E as pessoas que não estão nesta categoria e que são produtoras de economia. Hoje, a maioria mobilidade entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde não é feito no quadro diplomático, nem cientifico, nem artístico, é feito por atores e atrizes da economia real, da economia não formal e que dinamizam a vida económica dos dois países e de toda a comunidade", salientou.

"Essas pessoas não têm direito ao estatuto de cidadão da CPLP ? Essas pessoas não têm direito a sair de Moçambique para a Guiné-Bissau sem visto? O que difere na condição dessas categorias? É o seu estatuto perante o acesso a determinado nível de burocracia? Então se é isso a comunidade não é para todos", questionou e afirmou o sociólogo.

"Não acredito que o modelo permita salvaguardar direitos e garantias e igualdade de todos, mas também que possa gerar o impacto mais desejado em termos de capacidade de transformação nas nossas sociedades", concluiu.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.ANG/Lusa

Covid-19/OMS alerta para ritmo arrasador da variante delta que em breve será dominante

Bissau, 13 Jul 21(ANG) – O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou segunda-feira para o ritmo arrasador da variante delta da covid-19 no mundo, que deverá ser em breve a estirpe dominante.

“A [variante] delta está agora em mais de 104 países e esperamos que em breve seja a estirpe dominante da covid-19 que circula em todo o mundo”, disse o director-geral numa conferência de imprensa ‘online’ a partir de Genebra, para fazer um ponto da situação do coronavírus que provoca a covid-19.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, a semana passada foi a quarta consecutiva com aumento de casos de covid-19 no mundo, as mortes estão a aumentar de novo, os hospitais estão a atingir a capacidade e o mundo está no meio de uma pandemia crescente de duas faces, com cada vez maiores diferenças entre países.

E se a variante delta se espalha rapidamente em países com elevada cobertura vacinal, em países onde as vacinas não chegam a situação é “particularmente má”, alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, que falou em “ondas catastróficas de casos” de covid-19, em “surtos devastadores” e em “trabalhadores da saúde exaustos” e com falta de equipamentos, em países pobres.

“O mundo está a observar em tempo real como o vírus covid-19 continua a mudar e a tornar-se mais transmissível. A minha mensagem de hoje é que estamos a passar por uma emergência de saúde pública cada vez mais grave que ameaça ainda mais vidas, meios de subsistência e uma sólida recuperação económica global”, disse na conferência de imprensa.

O responsável máximo da OMS afirmou também que a situação é mais grave nos países com poucas vacinas, mas alertou que a pandemia não acabou em nenhum lugar e que o mundo deveria lutar em conjunto, sublinhando ainda que o fosso global no fornecimento de vacinas é “extremamente desigual e injusto”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse também que as vacinas da Moderna e da Pfizer, em vez de darem prioridade a países com cobertura alta de vacinação deviam fornecer vacinas ao mecanismo COVAX (iniciativa de distribuição equitativa e global de vacinas) a África e aos países pobres, com poucas vacinas ainda.

E frisou que são precisos novos centros de fabrico de vacinas e que as empresas farmacêuticas devem partilhar as suas licenças e tecnologia, salientando o exemplo da AstraZeneca, que tem liderado o licenciamento das suas vacinas em todo o mundo para aumentar a produção.

Além da Europa, Índia e Coreia do Sul, vai haver mais dois locais de fabrico da vacina da AstraZeneca, Japão e Austrália, disse. E acrescentou: “Precisamos que outros fabricantes sigam este exemplo. Milhares de pessoas continuam a morrer todos os dias e isso merece uma ação urgente”.

Apesar do aumento da prevalência da variante delta da covid-19, mais transmissível, responsáveis da OMS disseram hoje na conferência de imprensa que as vacinas são eficazes e que evitam a hospitalização e mortes. Mas também disseram que há uma “lacuna” entre a retórica e a distribuição de vacinas no mundo e que não se vê solidariedade.

A pandemia de covid-19 provocou mais de quatro milhões de mortes em todo o mundo, entre mais de 186 milhões de casos de infecção. Em Portugal morreram 17.164 pessoas e foram registados mais de 909 mil casos de infecção. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

 

Covid-19/ Banco Mundial anuncia apoio de 5 milhões de dólares à Guiné-Bissau

Bissau, 13 jul 21 (ANG) – O Banco Mundial vai apoiar a Guiné-Bissau com cinco milhões de dólares para a aquisição de vacinas, anunciou segudnda-feira a nova representante da organização em Bissau, Anne-Lucie Lefebvre, após um encontro com o Presidente, Umaro Sissoco Embaló.

“Aproveitei o encontro para informar o Presidente da aprovação de um novo projeto de apoio à luta contra a covid-19, que é um projeto no valor de cinco milhões de dólares, que vai ajudar a Guiné-Bissau a comprar vacinas no âmbito da iniciativa Covax, mas também vai ajudar toda a parte logística da campanha de vacinação”, disse Anne-Lucie Lefebvre no final do encontro.

A nova representante do Banco Mundial disse também que informou o chefe de Estado guineense que a Guiné-Bissau “recebeu 2,6 milhões de dólares” no âmbito da iniciativa global para apoio à educação.

“O fundo vai ser aplicado no fortalecimento institucional, na melhoria da gestão de recursos humanos e na participação das famílias na gestão das escolas”, afirmou.

Anne-Lucie Lefebvre felicitou também a Guiné-Bissau pela “boa performance em termos de desembolsos no âmbito dos projetos do Banco Mundial no último ano fiscal”.

“Este ano a performance da Guiné-Bissau em termos de desembolsos foi de 21,6%, que é acima do objetivo do Banco Mundial para a região África, que é de 20%”, disse.

No passado, salientou, a “Guiné-Bissau tinha uma média de desembolso de cerca de 15 a 17%, portanto, é um dos melhores anos para o portefólio do Banco Mundial aqui na Guiné-Bissau”.ANG/Lusa

 

                 África do Sul/Pelo menos 36 mortos e mais de 700 detenções

Bissau, 13 Jul 21(ANG) – Pelo menos 36 pessoas morreram e 757 fora
m detidas nos distúrbios violentos que continuam pelo sexto dia consecutivo na África do Sul, depois da prisão do antigo chefe de Estado e ex-líder do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), Jacob Zuma.

O governador da província do KwaZulu-Natal, Sihle Zikala, disse hoje que as autoridades locais contabilizaram até ao momento 26 mortos em resultado da violência e pilhagens naquela região do litoral do país, vizinha de Moçambique.

Zikalala, que é político do ANC, adiantou que 187 pessoas foram detidas na província.

Na cidade portuária de Durban, onde grupos de residentes se armaram com armas de fogo para proteger comunidades, casas e negócios, a situação é descrita como sendo “caótica” havendo relatos de saques a grandes armazéns de distribuição em Rivehorse Valley nas últimas vinte e quatro horas apesar da presença da tropa sul-africana, destacada na segunda-feira.

O Governo destacou 2.500 soldados para apoiar a polícia a conter os distúrbios no KwaZulu-Natal e em Gauteng, motor da economia do país.

Em Gauteng, o número de vítimas mortais aumentou para pelo menos 10 nas últimas 24 horas, segundo a Polícia sul-africana.

Pelo menos 757 foram detidas pela Polícia, sendo que 304 pessoas no KwaZulu-Natal e 453 pessoas em Gauteng, segundo as autoridades sul-africanas.

Desde sábado que a província de Gauteng está a ser também fustigada por bloqueios de estradas, saques a vários centros comerciais, vandalismo e incêndio de viaturas privadas e camiões de transporte de mercadorias, que continuam na manhã de hoje, relatou a imprensa local.

“Esta manhã, a situação parece calma aqui na minha área de Edenvale também devido à falta de transportes, mas houve tiroteio toda a noite em Alexandra que se ouvia em Linksfield”, relatou à Lusa um residente português que solicitou o anonimato.

Pelo menos seis grandes superfícies e uma loja de venda de álcool de empresários portugueses foram saqueadas por completo em várias áreas de Joanesburgo, disse um comerciante português à Lusa.

O Presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do ANC, o partido no poder na África do Sul desde 1994, disse numa comunicação ao país, na noite de segunda-feira, que “acções serão tomadas contra aqueles que saqueiam e continuam com violência e intimidação.

“Embora possam ser actos oportunistas de pilhagem causados por privações e pobreza, os pobres e marginalizados suportam o impacto final da destruição”, considerou o chefe de Estado sul-africano.

Na Cidade do Cabo, onde os centros comerciais foram encerrados devido aos distúrbios no KwaZulu-Natal e Gauteng, três pessoas foram assassinadas na manhã de hoje e outras seis ficaram feridas em confrontos armados entre motoristas de táxi, divulgou a Polícia em comunicado citado pela imprensa.ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

 
Covid-19/ Guiné-Bissau regista 66 novos casos e 34 pessoas dadas como recuperadas

Bissau, 12 Jul 21 (ANG) – o Sceretário adjunto do Alto Comissariado para a Covid-19, revelou esta segunda-feira que a Guiné-Bissau registou 66 novos casos de infecção, contra os 35 casos do período 28/06 à 04 de julho,que significa mais  31  infectados, e 34 pessoas foram dados como recuperadas.

Segundo, Plácido Cardoso, que falava na habitual conferência de imprensa de actualização de dados sobre a pandemia, com estes novos casos de infecção, o país conta agora com  um total de 3.947 casos confirmados e 70 óbitos registados, sendo que um óbito  foi regsitado na região de Biombo, num universo 23 amostras analisados e em que dois delas acusaram positivo.

Nessa semana, de acordo com Plácido Cardoso, 34 individuos foram declarados com recuperados, elevando assim o total acumulado para 3.632 recuperados, estando em activo 239 casos.

Cardoso disse  que a taxa de  letalidade situa na ordem 1,8 por cento, e que dos 66 novos casos de infecção, 37 são do sexo masculino  contra  29 de sexo feminino.

Desde o surgimento dos primeiros caos da pandemia no país, a doença já infectou um total de 2.375 homens e 1.572 mulheres.

O Secretário-adjunto do Alto Comissariado para a Covid-19 confirmou que foram analisados 1.693 amostras entre as quais 66 deram positivos, sendo que 42  são dosector autónimo de Bissau, nove da região de Cacheu, cinco de Oio e as restantes regiões com 2 casos  cada.

Durante esta semana, segundo Palcido Cardoso, as regiões de Bolama, Bijagós e Gabú não registaram casos positivos, apesar dos testes ali realizados.

Plácido Cardoso apela ao cumprimento das recomendações de distanciamento social, o uso obrigatório de  máscaras e pratica de higienização frequente das mãos com água e sabão,  para se evitar a propagação do novo coronavírus, porque o país já enfrenta a terceira vaga da doença .

O país conta agora com total acumulado de 3.947 de infecções, num universo de 75.548 amostras analisadas, 3.632 individuos foram declarados como recuperados, estando em activio 239 casos e 250 pessoas estão internados.

Segundo Pacido Cardoso a Guiné-Bissau recebe amanhã cerca de 24 mil doses de vacinão,uma doação do governo português.

 ANG/MI/LPG//SG    

 

 Cooperação/“Brevemente a Guiné-Bissau e Cabo-Verde terão uma cooperação mais frutífera”, diz Presidente da República

Bissau, 12 Jul 21 (ANG)- O Presidente da República garantiu domingo que os laços de Cooperação entre a Guiné-Bissau e Cabo-Verde vão ser fortificados num futuro próximo, com o objectivo de promover o desenvolvimento e bem-estar nos  dois países.

Imagem da RTB
Umaro Sissoco Embaló deu essa garantia quando  falava à imprensa no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira,em Bissau no  regresso da visita oficial de quatro dias que efectuou à República de Cabo Verde, à convite do seu homólogo caboverdiano, Jorge Fonseca.

Embaló revelou que o Primeiro-ministro de Cabo Verde prometeu efectuar ,brevemente, uma visita à Guiné-Bissau , para se inteirar melhor da realidade guineense, de modo a priorizar áreas de reforço da cooperação.  

“Ao longo do meu percurso como Presidente da República, já  visitei diversos países. Mas esta visita à Cabo-Verde me marcou bastante, porque fui condecorado com a mais alta distinção cabo-verdiano que é a medalha   Amílcar Cabral”, referiu  Embaló.

Acrescentou que é a primeira vez que um Presidente de República guineense foi condecorado com a referida  medalha em Cabo Verde e que isso é um sinal forte no que concerne aos laços de amizade e de cooperação entre os dois povos que têm uma história  comum.

Por outro lado, o Chefe de Estado pediu a promoção de boa imagem a nível interno com o objectivo de promover o desenvolvimento no país.

Questionado sobre a situação dos emigrantes guineenses em Cabo Verde, o Presidente respondeu que tudo será soluccionado e que as autoridades cabo-verdianas deram garantias de passar a dar tratamento especial e adequado aos guineenses que vivem em Cabo Verde  à semelhança da forma como os cabo-verdianos são bem tratados na  Guiné-Bissau.

“O respeito pela sua pessoa é fundamental,s porque para que os outros possam lhe respeitar, deve mostrar que realmente mereces o mesmo ou melhor. O respeito se conquista. Assim sendo, nós guineenses devemos levar isso em consideração em qualquer que seja parte do mundo em que estamos a viver”, aconselhou o Chefe de Estado.

Segundo o Presidente da República uma empresa Caboverdiana de transporte maritima manifestou o interesse de vir instalar-se na Guiné-Bissau. ANG/AALS/LPG//SG

 Economia/Ministro das Pescas nega desvio  de 400 toneladas de peixes

Bissau,12 Jul 21(ANG) – O Ministro das Pescas negou hoje  ter desviado 400 toneladas de peixes, e afirma  ter recebido 507 toneladas dos quais 173 pertencentes ao Estado e as restantes 333 aos  agenciadores.

Mário Fanbé falava aos jornalistas em jeito de reação às acusações proferidas numa conferência de imprensa  pelos partidos do espaço de Concertação e Democratico(PAIGC, APU-PDGB e UM) no dia 07 deste mês, segundo as quais teria desviado 400 toneladas de pescado.

Fambé  nega ter disviado essa quantidade de peixe e diz  que  recebe apenas 173 toneladas e que foram já comercializadas, nesta primeira fase, no mercado nacional, entre os dia 3 e 4 de Junho, e que  os 333 toneladas pertencem aos agenciadores estrangeiros.

 “Os 173 toneladas são doados  pelas embarcações chinesas na base de um acordo de pesca assinada entre os dois Estados“,disse .

Acrescentou que, de acordo com a lei , todos os armadores com licença para pescar nas águas da Guiné-Bissau,devem descaregar uma certa quantidade para abastecer o mercado nacional.

Mas, segundo o ministro de pescas, isso não significa que esta quantidade de peixe é todo do Estado ou seja os armadores têm o diver de pôr peixes no mercado para consumo interno ,mas continua a lhes pertencer e fazem isso de três em três meses  e é vendido de acordo com a sua qualidade.

 O governante frisou que isso acontece, porque o Estado guineense perdeu a capacidade de abastecer o seu mercado em peixes,tarefas  que outrora realizava através  das empresas de pescas:  Estrela do Mar ,Guialp entre  outras,que entretanto jão existem.

Disse que  os preços variam ou seja que o Estado vende uma caixa de peixe de primeira qualidade por 12 mil francos cfa equanto que os agenciadores vendem de acordo com a qualidade do peixe, e os seus preços  variam  entre 18 e 20 mil francos.

Fambé sustentou que não se pode desviar algo que não existe e que os 173 toneladas que se colocam a disposição do  Estado já foram vendidas.

O governante  reconheceu que o preço do peixe no mercado nacional ainda esta muito alto ,mas diz que este problema não pode ser resolvido num curto espaço de tempo.

A solução da alta de preço do pescado no mercado nacional, segundo o ministro passa pela criação de uma forta nacional de pescas para se concorrer com agenciadores estrangeiros.

“Se não for má fé ,cada sociedade tem uma maneira de fazer chegar as suas preocupações aos seus governantes, principalmente no caso destes partidos que fazem parte do hemiciclo,  onde existem comissões especializadas para cada sector,através de interpelação do Ministro pela  Assembleia Nacional Popular. Quando  isso não acontece estamos a destorcer informações,confundindo a opinião pública. Se não convergermos na resolução dos problemas do país ,não vamos à lado nenhum”,disse.

O Ministro das pescas disse que foram desembarcadas no mercado nacional, de 3 à 4 de Junho passado, um total 507.550 toneladas, dos quis  173 pertence ao Estado e 333.890 toneladas aos agenciadores.

Por outro lado, Mário Fambé exortou aos partidos a apresentar denuncia no ministério publico, caso teverem informação contrarias ou que provam que de facto houve desvio.

ANG/MSC/LPG//SG

                 
 Cuba/Milhares em manifestação inédita nas ruas  contra o Governo

Havana, 12 Jul 21(ANG) – Milhares de cubanos manifestaram-se no domigo contra o Governo, algo inédito, nas ruas de duas pequenas cidades, uma a sudoeste de Havana e outra perto de Santiago de Cuba, como demonstram vários vídeos divulgados ‘online’.

De acordo com a Agência France Presse, gritando palavras de ordem como “Pátria e vida”, o título de uma canção polémica, “Abaixo a ditadura” e “Nós não temos medo”, os manifestantes, na sua maioria jovens, desfilaram nas ruas de San Antonio de los Baños, uma cidade com cerca de 50 mil habitantes situada a 35 quilómetros da capital cubana.

A agência espanhola EFE dá conta também de uma manifestação em Palma Soriano, na outra ponta do país, uma cidade perto de Santiago de Cuba, na qual participaram centenas de pessoas e onde se ouviu palavras de ordem como “chega de mentiras”, “unidade” e “queremos ajuda”.

Segundo a EFE, que cita testemunhas no local, houve violência policial nas duas manifestações, que foram transmitidas em directo em várias contas na rede social Facebook.

Habitantes de San Antonio de los Baños contaram a repórteres da EFE que, durante o protesto, a polícia reprimiu violentamente e deteve alguns dos manifestantes.

Estes foram os maiores protestos anti-Governo de que há registo na ilha desde o chamado “maleconazo”, quando em Agosto de 1994, em pleno “período especial”, centenas de pessoas saíram às ruas de Havana e não se retiraram até à chegada do então líder cubano Fidel Castro.

Desde o início da pandemia da covid-19, em Março de 2020, os cubanos enfrentam maior escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, o que gerou um forte mal-estar social.

Estas manifestações aconteceram no dia em que Cuba registou um novo recorde diário de contágios e mortos devido à covid-19, com 6.923 novos casos nas últimas 24 horas, num total de 238.491, e 47 mortos, subindo o total desde o início da pandemia para 1.537. ANG/Inforpress/Lusa

 Covid-19/ Guiné-Bissau regista mais 26 novos casos de infecção e 18 recuperados    

Bissau, 21 Jun 21(ANG) – O alto Comissariado para a covid-19 informa que a Guiné-Bissau registou mais 26 novos casos de infeção por Covid-19 elevando  para um total de 66 casos  registados num espaço de três dias, contra os 35  da semana de 28 a 04 de julho.

 A informação consta nos Boletins de actualização de dados sobre a pandemia do Alto Comissariado para a Covid-19, à que a ANG teve acesso hoje, referentes aos dias 08,09 e10 do corrente mês, em que foram testados 793 pessoas.

Segundo esses dados, mais 18  pessoas foram dadas como recuperadas da doença, aumentando o numero para 3,632.

Em termos globais, o país soma 3,947 infecções e 70 vitimas mortais, estando 26  casos activo, subindo número de  231 para 239, mais oito em comparação com os dados anteriores.

Os mesmos dados apontam que o número de  internados matem se nos nove casos e o dos suspeitos permaneceram  em sies pessoas, permitindo que o total acumulado continuasse em  250 caso  no espaço de dois  dias.

De acordo com os dados do Alto Comissariado para a Covid-19,  entre quinta -feira e sábado, a doença  infectou  13 homens e 13 Mulheres.

Perante esta situação o Alto Comissariado para a Covid-19 reitera o pedido de  reforço no cumprimento das recomendações em vigor no país, no âmbito do estado de alerta, de  distancionamento social,  uso obrigatório de  máscaras e praticas de higiene das mãos  para se evitar a propagação do novo coronavírus no país.

De acordo com o Alto Comissariado, a Guiné-Bissau, contabiliza  actualmente um total acumulado de 3,947 infecções, num total de 75,548 testes realizados. ANG/LPG//SG

 CPLP/Secretariado está afundado “no marasmo da burocracia” – empresários

 Bissau, 12 Jul 21 (ANG) – O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP)  criticou o secretariado da organização, que diz estar afundado “no marasmo da burocracia” e defendeu “mais visão e mais apoio da parte política” lusófona.

Em entrevista à Lusa no âmbito dos 25 anos da CPLP, Salimo Abdula disse que a CE-CPLP continua “a ser persistente nos objectivos que possam ser de grande utilidade para o desenvolvimento económico e social da comunidade” e disse esperar “mais visão e mais apoio da parte política e apoio do secretariado da CPLP, que muitas vezes parece estar feito para ficar no marasmo da burocracia e pouca acção”.

As declarações do empresário moçambicano surgem nas vésperas da Cimeira de Luanda, que reúne os chefes de Estado e de governo da CPLP para a passagem da presidência rotativa, que Cabo Verde vai entregar a Angola este mês.

Salimo Abdula revelou que a CE-CPLP não foi convidada para participar, ainda que o quarto pilar da CPLP, o da economia e cooperação empresarial, seja uma prioridade assumida por todos.

“A CE-CPLP não recebeu nenhum convite para participar, o que acontece pela primeira vez nestas cimeiras, portanto não vai estar presente, pelo menos formalmente”, disse Salimo Abdula, acrescentando que o delegado de Angola, que é vice-presidente da confederação, estará em Luanda, mas para participar numa conferência que decorre à margem da conferência.

Salimo Abdula disse que a pandemia traz muitas limitações à movimentação das pessoas e apontou que “havia dúvidas sobre se a cimeira era virtual ou presencial, e por isso optámos por não nos movimentarmos sem algo em concreto, porque isto implica gastos e é preciso objectividade, como não recebemos nada oficial nem de Cabo Verde nem de Angola, optámos por ficar quietos, mas atentos”.

Questionado sobre se não acha estranha a falta de convite num contexto em que a economia está na linha da frente das preocupações dos governos, a braços com a recuperação económica da pandemia de covid-19, Salimo Abdula respondeu: “Não achamos estranho, o mundo está do avesso, está complicado, nós organizámos a cimeira empresarial de Malabo, mas com muito risco, foi o primeiro grande evento no contexto da pandemia, com todos os cuidados e correu bem, portanto neste caso de Angola não sou eu que tenho de responder, têm de ser os organizadores”.

Na entrevista à Lusa, o líder dos empresários lusófonos disse que os últimos anos têm sido marcados “por uma luz ao fundo do túnel para os empresários e os cidadãos”, referindo-se à prioridade dada ao quarto pilar, depois da concertação política e diplomática, a cooperação em todas as áreas e a promoção e difusão da língua portuguesa.

“Finalmente isto vai acontecer, o secretariado da CPLP e a presidência de Angola pretendem dar um foco muito mais objectivo ao pilar económico e à cooperação empresarial”, concluiu. ANG/Inforpress/Lusa

 Haiti/ Autoridades pedem assistência militar internacional após assassínio do presidente Moïse

Bissau, 12 Jul 21 (ANG9 - As autoridades haitia
nas  pedem  ajuda militar internacional para enfrentar a violência que reina no país das Caraíbas, depois do assassínio do presidente Jovenal Moise, que está a ser investigado.

 A solicitação para o envio de tropas norte-americanas ao Haiti foi rejeitada pela administração Biden, que no entanto está pronta a  cooperar com as autoridades haitianas no inquérito sobre a morte de Jovenel Moïse.

Os  Estados Unidos não tencionam enviar militares para o Haiti, mas expressaram a sua vontade em colaborar com  as autoridades de Port-au-Prince no actual inquérito sobre o assassínio do presidente Jovenel Moïse.  

Mathias Pierre, ministro haitiano das Eleições, afirmou que o primeiro-ministro interino, Claude Joseph, tinha formulado um pedido de assistência militar a Washington, no decurso de um contacto com o secretário  de Estado norte-americano, Anthony Blinken. 

Pedido idêntico foi efectuado às Nações Unidas, por intermédio do Conselho de Segurança.

Segundo os dirigentes haitianos, o objectivo é garantir a segurança das zonas estratégicas, como aeroportos, portos e terminais petrolíferos do  país das Caraíbas. Pierre considerou que as referidas infra-estruturas do Haiti tornaram-se alvos potenciais.

Mathias Pierre acrescentou, que as tropas solicitadas visam  também  assegurar a normalidade das eleições presidenciais e legislativas previstas a 26 de Setembro  de 2021.

Tanto os Estados Unidos como a Colômbia, comprometeram-se a enviar agentes especiais com o objectivo de participar nas investigações sobre o assassínio do presidente Jovenel Moïse.

Dezassete dos 28 suspeitos de estarem envolvidos na morte do chefe de Estado haitiano, são antigos militares colombianos.

Segundo o comandante da polícia nacional da Colômbia, Jorge Luis Vargas, onze dos suspeitos colombianos tinham viajado para o Haiti através de Punta Cana, na vizinha República Dominicana.   ANG/RFI