sexta-feira, 25 de março de 2011

Cajú

Campanha de Caju 2011: Governo estabelece 250 Xof como preço indicativo de comercialização

Bissau, ANG - O governo anunciou dia 24, na localidade de Lanquerim, sector de Gabú, região do mesmo nome, que o preço mínimo e indicativo da castanha de caju para este ano, é de 250 Xof/Quilograma.
O anúncio foi feito pelo Primeiro-ministro, na cerimónia de abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da referida produção em 2011, sob o lema”Valorizar o produto do país”.
Carlos Gomes Júnior afirmou que com este preço o governo espera atingir o sucesso da campanha e, assim, contentar todos os intervenientes na fileira deste que é considerado o produto estratégico da Guiné-Bissau.
No seu discurso na ocasião, o Chefe do executivo guineense defendeu repetidamente o “diálogo” como forma de resolver os problemas com que o país depara e realçou o desempenho económico do governo e que viria a culminar, em Dezembro último, com o perdão de mais 90% da sua dívida externa pelo FMI e Banco Mundial.
Carlos Gomes Júnior prometeu analisar a questão de desconcentração de postos de desalfandegamento das mercadorias junto dos comerciantes que exercem a sua actividade nas regiões.
O Primeiro-ministro apelou aos cidadãos para serem vigilantes durante a campanha de comercialização, denunciando qualquer ilegalidade detectada, nomeadamente fuga do produto para países como Senegal e Gâmbia, habitualmente verificada neste período e praticada por certas pessoas.
No acto presenciado por centenas de comerciantes e agricultores locais, usaram de palavra entre outros, os Ministros do Comércio, Botche Candé, da Agricultura, Bacar Barros Banjai, os Presidentes da Câmara de Comércio, Braima Camara e da Associação Nacional de Agricultores, Mama Samba Embaló.
Todos foram unânimes em defender o processamento interno deste “petróleo” nacional”, para que o país possa tirar maior rendimento possível com vista a redução da pobreza.
Reagindo ao preço indicativo estipulado, Mamadu Camara, agricultor residente em Taslima, arredores de Gabú, manifestou-se satisfeito e ao mesmo tempo apreensivo duvidando se os comerciantes irão, efectivamente, cumprir com este preço que é do agrado dos produtores.
Casado com uma mulher e pai de dois filhos, este agricultor, que anos atrás conseguiu cobrir a casa herdada do pai com zinco, apelou ao executivo a influenciar para que a castanha seja adquirida aos produtores num preço “aceitável”.
Para se ter ideia de quão importante a produção deste produto contribui para a diminuição da pobreza, Mamadú Camará referiu que a renda obtida pela venda de Caju assegura-o e a família, subsistência durante 7 meses no ano.
Igualmente, disse estar ciente da tendência de monocultura de caju no país, pelo que defendeu, como medida para contraria-la, a lavoura “considerável” de mancara e mandioca, nesta época chuvosa do ano.
 A Guiné-Bissau é o quinto maior produtor mundial de caju. Exportou no ano passado o total de 125 mil toneladas e, de acordo com perspectivas do Ministério do Comercio para 2011, espera-se atingir 150 mil toneladas exportadas.
ANG/QC

3 comentários:

  1. Temos um projeto para industrializaçao e aproveitamento desta fruta. Precisamos de investimentos para implataçao de um sistema de caju-anao, 9 que produz em curto prazo de tempo.
    grato
    antonio sergio queiroz alves
    curitiba-parana - brasil
    55-041-33642233
    asqalves@hotmail.com

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  2. E´necessário reunir estes produtores em sistema cooperativista, é preciso orienta-los e prepara-los para novas tecnicas de plantios e colheitas, sistemas de transportes e armazenamentos do produto, industrializar estes produtos e comercializa-los em cooperativa, onde eles, pelos estatutos e regimentos internos da cooperativa, decidem pelos investimentos.

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  3. O que é o caju anão precoce?
    O caju anão precoce é o fruto do cajueiro de clone especialmente selecionado, que possui cor e forma padrão, menos tanino e maior teor de açúcar que o caju comum.

    O cajueiro anão é uma árvore de baixa estatura, que permite que os frutos sejam colhidos à mão,diretamente do pé, proporcionando condições de colher os frutos percebendo "in loco" seu grau de maturação. Isto proporciona uma coleta de frutos com alta qualidade, sem as impurezas dos frutos colhidos do chão.

    O cajueiro é precoce porque inicia sua produção comercial já no seu segundo ano de vida, enquanto o caju comum começa a produzir, normalmente, 6 anos após seu plantio.

    O caju anão precoce predominante na Itaueira é o clone CCP-76, que se caracteriza por sua cor amarelo avermelhada, forma arredondada e peso médio 100g, com castanha de tamanho médio, 10g. Além dessa variedade, a Itaueira está multiplicando os jardins clonais do GAIA 1, GAIA 2, BV-01, CCP-09, CCP 1001 e algumas novas variedades.
    antonio sergio queiroz alves
    curitiba - parana - brasil
    55-041-33642233

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