quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Política

           
Militantes sancionados ameaçam levar o PAIGC ao tribunal

Bissau, 26 Nov 15 (ANG) - Os militantes sancionados pelo Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) com expulsao e suspensoes ameaçaram quarta-feira intentar uma queixa-crime contra o partido, por considerarem a decisão do seu afastamento como "encomendadas pelo Presidente do partido".


Baciro Djá, que foi expulso do partido pelo Conselho Nacional de Juridição (CNJ) e que ocupava o cargo de terceiro vice-presidente do PAIGC, contrariou as acusacões que sustentaram a decisão daquele orgão, em como ele e outros colegas, entretanto, suspensos, aceitaram integrar o governo por si dirigido, por "as pessoas entenderem que nós é que estavamos bem posicionados para o fazer. Estavamos apenas a cumprir uma missão", disse. 

Esclareceu que cumpriram as funcões pelos quais foram chamados com alto sentido patriotico e com responsabilidade na qualidade de dirigentes e militantes do PAIGC.

Manifestou-se, contudo, surpreendido com a notícia das suas penas da parte do CNJ do partido. "Fomos sancionados apenas pelo facto de termos aceitado servir o estado da Guiné-Bissau", frisou revoltado Baciro Dja que chegou a ocupar o cargo de primeiro-ministro por apenas 48 horas.

Acrescentou que ninguém os pode expulsar do partido, sobretudo "aquelas pessoas que, simplismente, foram convidadas a aderirem a este partido".

Por seu turno Rispicio Marcelino Silva, um dos militantes suspensos por um periodo de 4 anos, repisou que esta decisão é simples "encomenda" de Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e que foi adoptado por um órgão "por ele instrumentalizado através de orientações políticas dadas nas reuniões do Bareu Politico do partido". 

“Constatando a inoperância, parcialidade e o tratamento discriminatória dos processos de despedir os visados, nós, militantes expulsos e suspensos, vamos apresentar uma queixa-crime contra o CNJ e contra o presidente do PAIGC, por flagrantes violações dos estatutos do partido e da Constituição de República”, ameaçou Marcelino Silva.

Aquele responsável apelou aos militantes do partido a estarem-se atentos e vigilantes face a esta "empresa" que visa a destruição do partido e prontificou-se a combate-la para preservar e dinamizar o "partido de Cabral e dos combatentes da liberdade da pátria". 

ANG/MSC/JAM
 

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