Défice de
investimento em África chega aos 1,2 biliões de dólares por ano
Bissau,
12 Jul 18 (ANG) - O Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD) estimou hoje em comuicado que existe um défice de investimento no
continente que pode chegar aos 1,2 biliões de dólares por ano, durante uma
visita a Abuja para lançamento do Fórum de Investimento em África (FIA).
“Através
do FIA, o BAD e os seus parceiros vão avaliar e melhorar os projectos
financeiramente viáveis, atrair investidores e facilitar as transacções para
diminuir o défice de investimento em África, estimado entre 200 mil milhões e
1,2 biliões de dólares por ano”, refere o BAD.
A
visita a Abuja, à margem dos Encontros Anuais do Banco Africano de Exportações
e Importações (Afreximbank), serve para lançar o FIA, que vai decorrer em
Joanesburgo entre 7 e 9 de Novembro, e que é apresentado como um encontro de
negócios para acelerar a transformação económica do continente africano.
“Só
as necessidades de financiamento das infra-estruturas estão estimadas entre 130
a 170 mil milhões de dólares por ano, sendo que o investimento actual rondou os
63 mil milhões de dólares em 2016, o que equivale a um défice de financiamento
entre os 67 e os 107 mil milhões de dólares, só na área das infra-estruturas”,
de acordo com o BAD.
Para
tentar reduzir esta falta de investimento, o BAD vai lançar uma plataforma que
pretende reduzir o risco dos investimentos internacionais em África, uma
iniciativa que se junta a outras, com o Repositório MANSA, do Afreximbank, uma
espécie de directório de informação sobre as empresas africanas.
O
Afreximbank, cujos Encontros Anuais decorrem até sábado em Abuja, a capital da
Nigéria, é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e
foi criado em Abuja, em 1993. Tem um capital de 5 mil milhões de dólares e está
sediado no Cairo.
Os
accionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e
dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e
subregionais, investidores privados, instituições financeiras e agências de
crédito às exportações, além de instituições financeiras não africanas e de
investidores em nome individual.
ANG/Inforpress/Lusa/Fim
Sem comentários:
Enviar um comentário