quarta-feira, 18 de julho de 2018

CPLP


ira/________________________________________________________________________________________________________________________
Michel Temer considera um “privilégio” ter presidido Comunidade de “extraordinário vigor”

Bissau, 18 Jul 18 (ANG)– O Presidente do Brasil disse terça-feira no Sal que foi “um privilégio” ter presidido por dois anos a CPLP, que classificou de Comunidade de “extraordinário vigor” que, ao longo da sua trajectória, tem progredido a “passos firmíssimos”.
No seu discurso de despedida, na abertura da XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na ilha do Sal, Temer referiu-se a CPLP como um foro com uma “fascinante diversidade” cultural e humana, que encontra na língua portuguesa o seu “maior veículo” de expressão e o seu meio “mais sólido de verdadeira comunhão”.
“O idioma comum é um vínculo fundamental entre os nossos povos, que estão unidos também pela aspiração a ter sociedades mais prósperas e justas”, reforçou, lembrando que muitas foram as conquistas dos países da comunidade ao longo dos anos, na promoção da paz, no aprimoramento institucional e no combate às desigualdades”.
Contudo, pontificou, muitos ainda são os desafios de desenvolvimento que a Comunidade enfrenta, pelo que é necessário, lançou, somar “todos os esforços” na busca de soluções.
Na hora de entregar o facho ao seu homólogo Jorge Carlos Fonseca, que a partir de terça-feira assumiu a presidência, Michel Temer fez o balanço do mandato de dois anos do Brasil, que se estribou, disse, numa agenda que teve como tema a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com o objectivo de aproximar as agendas da CPLP da das Nações Unidas.
Num balanço do mandato do Brasil, Temer lembrou que o Brasil propôs como tema a Agenda 2030 porque esta já era a agenda da ONU e com ela buscamos contribuir para melhor estruturar o trabalho da CPLP em torno de áreas concretas.
Referiu-se ao “intenso intercâmbio” que ajudou a aperfeiçoar a capacidade de governação e prover “cada vez mais e melhores” serviços públicos aos cidadãos, com a criação de “valiosas redes” de disseminação de experiências e saberes, como sediar diversas reuniões dos países da CPLP de nível ministerial.
Como resultados alcançados com a presidência do Brasil, Michel Temer fez referências a ganhos na área da segurança alimentar e nutricional, em que foi reforçada a articulação de políticas da CPLP, “avanços significativos” na Saúde, na área da Justiça e da Segurança Pública, em que se aprofundou a cooperação jurídica no espaço da CPLP, na Defesa e os esforço que o seu país empreendeu na valorização da língua portuguesa.
O momento foi aproveitado ainda pelo Presidente do Brasil para anunciar que o seu país vai licenciar, para todos os países da CPLP 30 horas de conteúdo audiovisual da empresa Brasil Comunicação, iniciativa tendente a provocar uma troca de informações entre os países Comunidade, e cuja fórmula de transmissão deverá ser ainda ajustada entre os nove países.
Temer desejou, por fim, sucessos a Jorge Carlos Fonseca na presidência e exprimiu confiança e melhores expectativa s no consulado de Cabo Verde.
Momentos antes, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, em breves palavras de boas-vindas reiterou a ideia de que a Cimeira do Sal vai ser “uma marca e uma referência” para Cabo Verde e, sobretudo, para a CPLP.
Desejou, por isso, que a Comunidade saia “mais sólida, mais eficiente, mais prestigiadas e mais perto das pessoas e dos cidadãos” e transformar-se numa comunidade de povos de língua portuguesa, mais do que numa comunidade de Estados.
É a segunda vez que Cabo Verde acolhe a reunião de Chefes de Estado e de Governo da CPLP. A primeira ocorreu, na Cidade da Praia, nos dias 16 e 17 de Julho de 1998.
Para além dos membros, a organização tem como observadores associados países como a Geórgia, a Hungria, o Japão, a República Checa, a República Eslovaca, a República das Maurícias, a República da Namíbia, a República do Senegal, a República da Turquia e o Uruguai.
A CPLP foi criada a 17 e Julho de 1996, em Lisboa, por sete Estados: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em 2002, com a independência, Timor-Leste tornou-se oitavo Estado-membro. Em 2014, a Guiné-Equatorial foi admitida como membro da organização, durante a Cimeira realizada na capital timorense, Díli.
A organização definiu como objectivos gerais a concertação político-diplomática entre os seus Estados-membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional, tendo também como um dos seus objectivos a promoção e difusão da língua portuguesa.
A área do globo terrestre ocupada pelos nove Estados-membros da CPLP corresponde a 10.742 000 quilómetros quadrados de terras, o correspondente a 7,2 por cento (%) da terra do planeta (148.939 063 quilómetros quadrados), espalhados por quatro continentes: Europa, América, África e Ásia. ANG/Inforpress


Sem comentários:

Enviar um comentário