“Maior
contributo que o Estado pode dar ao sector privado é no reforço da agência
noticiosa cabo-verdiana”, diz o ministro
Bissau,
27 jul 18 (ANG) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão
Vicente, que tutela a Comunicação Social, defendeu quinta-feira, na Cidade da
Praia, que o maior contributo que o Estado pode dar ao sector privado é no
reforço da agência noticiosa cabo-verdiana, Inforpress.
A
sugestão foi feita no discurso de apresentação da nova logomarca da Agência de
Notícias Inforpress, cerimónia que dá início ao ciclo das comemorações alusivas
ao seu 30º aniversário, sob o lema “trinta anos de rigor e imparcialidade”.
De acordo
com Abraão Vicente, “levando em conta o contexto do país”, o maior contributo
que o Estado e o Governo podem dar ao sector privado não é o aumento do seu
financiamento, porque neste momento o Governo “não pode”, lembrando, no
entanto, que esse montante foi aumentado de 13 para 15 mil contos.
Por isso,
o ministro considerou que a aposta tem que ser numa agência noticiosa que possa
fornecer aos outros canais privados notícias de “rigor e credível”, a partir
dos quais possam trabalhar de acordo com a sua própria linha editorial.
“Nos
próximos tempos, essa vontade se alargará por que temos neste momento vários
pedidos e vontade expressa de várias empresas para abrir novos canais de
televisão, rádios e jornais. E a Comunicação Social terá momentos mais viçosos
e entusiasmantes”, prognosticou.
E em
vésperas da Inforpress comemorar 30 anos de existência, a 04 de Outubro, o
ministro garantiu que o Governo vai continuar a apoiar tecnicamente a empresa e
encontrar parcerias e recursos para potencializar e alavancar a Agência de
Noticias em todo o arquipélago.
Durante o
seu discurso, Abrão Vicente disse que o Governo está a trabalhar na proposta de
contrato de concessão e da revisão do serviço público para a Inforpress,
juntamente com a Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC), alavancado com um pacote
financeiro a medida dos desafios que o Estado quer com esse contrato.
Avançou,
no entanto, que o novo plano estratégico de reposicionamento da Inforpress
desenhou o seu alargamento da cobertura nacional e a sua sustentabilidade
financeira, assim como construir as “ alas e os focos, porque a Inforpress
também será um pilar para a sustentabilidade da própria RTC, dentro de anos”.
Por sua
vez, a gestora executiva da empresa, Jacqueline Furtado Carvalho, disse que
essa nova identidade visual é fruto de uma nova estratégica e posicionamento da
agência, assente nos pressupostos de mudança, renovação, inovação e excelência.
“Essa
nova imagem vai muito além da questão meramente visual, ela agrega e comunica,
a todos, os valores pelas quais trabalhamos (…) e demonstra que estamos cada
vez mais próximos da comunidade, visando a prestação de um serviço público de
informação com excelência”, explicou.
Acrescentou
que esta mudança está também assentada na modernização tecnológica, onde se
pretende passar do actual contexto de oferta de textos e fotografias passa
assumir como uma agência capacitada para a multimédia e digital.
Segundo a
gestora, como essa nova capacitação a empresa vai abrir para novos mercados, com
serviços variados para diferentes plataformas, nomeadamente imprensa, rádio,
televisão, internet e telemóvel com a apresentação de produtos áudios, vídeos e
infografias.
Em
relação à promessa do Governo em continuar a apoiar empresa, a gestora
executiva disse à Inforpress, após a cerimónia de apresentação da logomarca,
que demostra o engajamento da tutela em apoiar a empresa no seu processo de
reestruturação.
“Ficamos
muito expectante com a promessa do ministro, mas nós temos que ter a capacidade
interna de mobilizar recursos junto dos nossos parceiros internacionais, para
conseguirmos formas de financiar a empresa”, observou a gestora executiva da Agência
de Noticia Cabo-verdiana.
ANG/Inforpress
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