sexta-feira, 27 de julho de 2018

Cabo Verde


“Maior contributo que o Estado pode dar ao sector privado é no reforço da agência noticiosa cabo-verdiana”, diz o ministro

Bissau, 27 jul 18 (ANG) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que tutela a Comunicação Social, defendeu quinta-feira, na Cidade da Praia, que o maior contributo que o Estado pode dar ao sector privado é no reforço da agência noticiosa cabo-verdiana, Inforpress.
A sugestão foi feita no discurso de apresentação da nova logomarca da Agência de Notícias Inforpress, cerimónia que dá início ao ciclo das comemorações alusivas ao seu 30º aniversário, sob o lema “trinta anos de rigor e imparcialidade”.
De acordo com Abraão Vicente, “levando em conta o contexto do país”, o maior contributo que o Estado e o Governo podem dar ao sector privado não é o aumento do seu financiamento, porque neste momento o Governo “não pode”, lembrando, no entanto, que esse montante foi aumentado de 13 para 15 mil contos.
Por isso, o ministro considerou que a aposta tem que ser numa agência noticiosa que possa fornecer aos outros canais privados notícias de “rigor e credível”, a partir dos quais possam trabalhar de acordo com a sua própria linha editorial.
“Nos próximos tempos, essa vontade se alargará por que temos neste momento vários pedidos e vontade expressa de várias empresas para abrir novos canais de televisão, rádios e jornais. E a Comunicação Social terá momentos mais viçosos e entusiasmantes”, prognosticou.
E em vésperas da Inforpress comemorar 30 anos de existência, a 04 de Outubro, o ministro garantiu que o Governo vai continuar a apoiar tecnicamente a empresa e encontrar parcerias e recursos para potencializar e alavancar a Agência de Noticias em todo o arquipélago.
Durante o seu discurso, Abrão Vicente disse que o Governo está a trabalhar na proposta de contrato de concessão e da revisão do serviço público para a Inforpress, juntamente com a Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC), alavancado com um pacote financeiro a medida dos desafios que o Estado quer com esse contrato.
Avançou, no entanto, que o novo plano estratégico de reposicionamento da Inforpress desenhou o seu alargamento da cobertura nacional e a sua sustentabilidade financeira, assim como construir as “ alas e os focos, porque a Inforpress também será um pilar para a sustentabilidade da própria RTC, dentro de anos”.
Por sua vez, a gestora executiva da empresa, Jacqueline Furtado Carvalho, disse que essa nova identidade visual é fruto de uma nova estratégica e posicionamento da agência, assente nos pressupostos de mudança, renovação, inovação e excelência.
“Essa nova imagem vai muito além da questão meramente visual, ela agrega e comunica, a todos, os valores pelas quais trabalhamos (…) e demonstra que estamos cada vez mais próximos da comunidade, visando a prestação de um serviço público de informação com excelência”, explicou.
Acrescentou que esta mudança está também assentada na modernização tecnológica, onde se pretende passar do actual contexto de oferta de textos e fotografias passa assumir como uma agência capacitada para a multimédia e digital.
Segundo a gestora, como essa nova capacitação a empresa vai abrir para novos mercados, com serviços variados para diferentes plataformas, nomeadamente imprensa, rádio, televisão, internet e telemóvel com a apresentação de produtos áudios, vídeos e infografias.
Em relação à promessa do Governo em continuar a apoiar empresa, a gestora executiva disse à Inforpress, após a cerimónia de apresentação da logomarca, que demostra o engajamento da tutela em apoiar a empresa no seu processo de reestruturação.
“Ficamos muito expectante com a promessa do ministro, mas nós temos que ter a capacidade interna de mobilizar recursos junto dos nossos parceiros internacionais, para conseguirmos formas de financiar a empresa”, observou a gestora executiva da Agência de Noticia Cabo-verdiana.
ANG/Inforpress

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