Bissau,17 Jul 18(ANG) - O antigo secretário
executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Domingos Simões
Pereira espera que a próxima cimeira da organização trate os temas económicos e
a circulação dos cidadãos lusófonos, saudando Cabo Verde por “revisitar” as
questões da língua.
“Espero que a cimeira do Sal traga novos desafios para a organização. No passado recente já se tentou introduzir os temas económicos e os desafios de uma maior circulação de pessoas e bens no espaço comunitário”, considerou o antigo responsável da CPLP, falando à Lusa a propósito da XII conferência de chefes de Estado e de Governo da comunidade, que decorre na terça e na quarta-feira em Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde.
Domingos Simões Pereira, que chefiou o secretariado executivo da CPLP entre 2008 e 2012, salientou que a organização “depende daquilo que os Estados queiram delegar como intervenção” da comunidade.
O também antigo primeiro-ministro guineense e líder do PAIGC comentou que gostaria de ver resolvida a questão da mobilidade dos cidadãos lusófonos, mas, alertou, a CPLP “não vai poder resolver se os Estados não cederem à organização essa competência e oportunidade”.
“Espero que a questão económica possa ser tratada”, referiu ainda.
A facilitação da circulação dos cidadãos lusófonos é uma medida que tem sido defendida há muito no seio da CPLP, em particular por Portugal e Cabo Verde.
Na próxima conferência de chefes de Estado e de Governo, deverá ser aprovada uma resolução que incentive os países a aprofundar a mobilidade, mas Cabo Verde já assumiu o compromisso de procurar avançar nesta área, durante a presidência temporária da CPLP, que assegurará a partir da cimeira.
Cabo Verde também quer incentivar a cooperação económica e empresarial.
Simões Pereira saudou ainda o facto de Cabo Verde querer “voltar ao ponto de partida, revisitando as questões que têm a ver com a língua”.
Cabo Verde, sublinhou, “está muito bem posicionado para aportar um contributo extraordinário à organização”.
O antigo responsável considerou que “há muitos assuntos que noutros Estados-membros ainda são temas de difícil abordagem e que Cabo Verde tem uma relativa facilidade em tratar”, apontando como exemplos “uma certa pacificação na relação entre a sociedade civil e as instituições públicas” ou “políticas públicas que em Cabo Verde são bastante mais pacíficas, como as questões dos direitos humanos ou liberdade de expressão”.
Domingos Simões Pereira expressou a sua satisfação por a CPLP, que celebra 22 anos, “continuar viva e a justificar a sua existência”.
Durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, com o lema “Cultura, Pessoas e Oceanos”, Cabo Verde vai assumir o exercício da presidência desta organização, durante o período de dois anos.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP. ANG/Lusa
“Espero que a cimeira do Sal traga novos desafios para a organização. No passado recente já se tentou introduzir os temas económicos e os desafios de uma maior circulação de pessoas e bens no espaço comunitário”, considerou o antigo responsável da CPLP, falando à Lusa a propósito da XII conferência de chefes de Estado e de Governo da comunidade, que decorre na terça e na quarta-feira em Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde.
Domingos Simões Pereira, que chefiou o secretariado executivo da CPLP entre 2008 e 2012, salientou que a organização “depende daquilo que os Estados queiram delegar como intervenção” da comunidade.
O também antigo primeiro-ministro guineense e líder do PAIGC comentou que gostaria de ver resolvida a questão da mobilidade dos cidadãos lusófonos, mas, alertou, a CPLP “não vai poder resolver se os Estados não cederem à organização essa competência e oportunidade”.
“Espero que a questão económica possa ser tratada”, referiu ainda.
A facilitação da circulação dos cidadãos lusófonos é uma medida que tem sido defendida há muito no seio da CPLP, em particular por Portugal e Cabo Verde.
Na próxima conferência de chefes de Estado e de Governo, deverá ser aprovada uma resolução que incentive os países a aprofundar a mobilidade, mas Cabo Verde já assumiu o compromisso de procurar avançar nesta área, durante a presidência temporária da CPLP, que assegurará a partir da cimeira.
Cabo Verde também quer incentivar a cooperação económica e empresarial.
Simões Pereira saudou ainda o facto de Cabo Verde querer “voltar ao ponto de partida, revisitando as questões que têm a ver com a língua”.
Cabo Verde, sublinhou, “está muito bem posicionado para aportar um contributo extraordinário à organização”.
O antigo responsável considerou que “há muitos assuntos que noutros Estados-membros ainda são temas de difícil abordagem e que Cabo Verde tem uma relativa facilidade em tratar”, apontando como exemplos “uma certa pacificação na relação entre a sociedade civil e as instituições públicas” ou “políticas públicas que em Cabo Verde são bastante mais pacíficas, como as questões dos direitos humanos ou liberdade de expressão”.
Domingos Simões Pereira expressou a sua satisfação por a CPLP, que celebra 22 anos, “continuar viva e a justificar a sua existência”.
Durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, com o lema “Cultura, Pessoas e Oceanos”, Cabo Verde vai assumir o exercício da presidência desta organização, durante o período de dois anos.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP. ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário