Em
Moscovo, 100.000 pessoas, segundo os organizadores, e cerca de 10.000, segundo
os jornalistas, participaram numa concentração autorizada pelas autoridades
russas contra o aumento da idade da reforma que está a ser discutido no
parlamento.
Nas
ruas de Moscovo, a multidão gritava slogans como “Putin, não toques nas nossas
reformas!” e mostrava cartazes com frases como: “Nós queremos viver das nossas
reformas e não morrer no trabalho!”.
Diversas
manifestações realizaram-se também em dezenas de outras cidades, desde o
Extremo Oriente até à Sibéria e à Rússia ocidental.
Em
São Petersburgo, a segunda maior cidade do país do país, cerca de mil pessoas
reuniram-se empunhando bandeiras vermelhas, algumas delas com retratos de
Estaline.
Em
Novosibirsk, na Sibéria Ocidental, a agência estatal de notícias Tass deu conta
de 1.200 manifestantes, citando a Câmara Municipal local.
A
discordância em relação a uma medida apoiada pelo Presidente russo, Vladimir
Putin, também foi expressa recorrendo a uma petição na internet, que recolheu
2,9 milhões de assinaturas, onde se exige o fim do projecto de aumento da idade
da reforma.
O
Partido Comunista, que muitas vezes é complacente com as posições do Kremlin,
também se opõe a esta medida que está em discussão no Parlamento.
Putin,
que não falou sobre a questão das pensões durante a campanha que o levou à
reeleição, em Março, viu seu índice de popularidade cair para 64% em Julho,
contra 80% em Maio, segundo o centro russo de estudos de opinião (VTsIOM).
“Muitos
acreditaram quando Putin disse que não haveria reforma das pensões, mas era
demagogia, estou muito desapontado com ele”, disse Irina Ivanova, uma manifestante
de 49 anos, em São Petersburgo.
O
projecto em discussão no Parlamento pretende aumentar gradualmente a idade da
reforma para 63 anos para as mulheres e para 65 para homens, contra os 55 e 60
actuais.
O
líder da oposição, Alexei Navalny, pediu, por sua vez, aos seus partidários que
participem numa manifestação em Moscovo no domingo à tarde. ANG/Inforpress/Lusa
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