Covax/Distribuição
equitativa da vacina em todo o mundo
Bissau, 03 Mar 21 (ANG) - A Covax faz
parte do Acelerador ACT, a
ferramenta criada pela Organização Mundial da
Saúde, OMS, e parceiros internacionais para
desenvolver recursos de combate à Covid-19, como testes,
tratamentos e equipamentos de proteção.
Segundo a OMS a iniciativa apoiou o
esforço global mais rápido, coordenado e bem-sucedido da história para combater
uma doença.
O objetivo da Covax é
assegurar a distribuição equitativa da vacina em todo o mundo. Este ano, ela
quer fornecer até 2 bilhões de doses, principalmente
a nações mais pobres, imunizando 27%
dos cidadãos desses países.
“Ninguém está seguro até que todos
estejam seguros” é o que diz a OMS desde o início da crise de
saúde. No entanto, os países mais ricos puderam comprar
grandes quantidades de vacinas, garantindo o primeiro lugar da fila a
seus próprios cidadãos.
Uma situação que levou
especialistas em direitos humanos da ONU a alertar contra o "acúmulo de
vacina" ou “nacionalismo de vacinas”, insistindo que
as doses devem estar disponíveis a todos.
Lançada nos primeiros meses da
pandemia, a Covax é financiada por países de alta
renda e doadores privados, que arrecadaram mais de US$ 2
bilhões.
O Fundo das Nações Unidas para a
Infância, Unicef, em colaboração com a Organização Pan-Americana da
Saúde, Opas, lidera a licitação e distribuição das doses.
Cerca de 92 países de baixa
e média rendas estão comprando vacinas com o apoio
da Covax e espera-se que os cidadãos mais pobres sejam vacinados
gratuitamente.
Cerca de 80 economias de alta renda
anunciaram que financiarão as vacinas com seus próprios orçamentos.
No final de 2020, a OMS tinha
assegurado a compra de quase 2 bilhões de doses de
vacinas já aprovadas e ainda em desenvolvimento.
Nem todas serão eficazes contra o vírus,
mas a montagem de um reservatório tão grande significa que a agência pode dizer
com segurança que a Covax distribuirá doses suficientes para proteger
os trabalhadores de saúde e de assistência social em todos os países
participantes até meados deste ano.
Cerca de 1,2 milhão de doses da vacina
Pfizer-BioNTech, que requer armazenamento em cadeia ultra-fria, devem ser
entregues a 18 países no primeiro trimestre de 2021, de um total acordado de 40
milhões.
Um lançamento muito maior, de cerca
de 336 milhões de doses, chegará da vacina AstraZeneca-Oxford,
que será despachado para quase todos os países participantes, do
Afeganistão ao Zimbábue.
No dia 24 de fevereiro, cerca de
600 mil doses da vacina AstraZeneca-Oxford, produzida sob licença na
Índia, chegaram a Gana. A OMS saudou a notícia como um passo
histórico em direção ao objetivo de garantir a distribuição equitativa de
vacinas em todo o mundo.
A remessa foi rapidamente seguida
por mais de 500 mil doses da AstraZeneca-Oxford entregues
à Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.
Essas remessas iniciais são parte de 90
milhões de doses enviadas para a África no primeiro semestre, apoiando
a imunização de cerca de 3% das pessoas que mais precisam de
proteção, como trabalhadores de saúde.
Até o final de 2021, com a
disponibilidade de mais vacinas e aumento da capacidade de produção, 600 milhões de
doses serão entregues e cerca de 20% dos africanos serão
imunizados.
A Covid-19 tem causado um enorme
dano humano matando mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo.
Muitas mais foram hospitalizados e continuam sofrendo com
consequências de longo prazo.
Além disso, bilhões de vidas foram
afetadas pelas restrições de viagens, confinamentos sociais e outras
medidas para combater o vírus. Milhões de
empregos desapareceram à medida que a economia global desacelerou e
os serviços de saúde ficaram sobrecarregados, tornando mais difícil
para os pacientes receber tratamento.
As vacinas fornecidas
pela Covax devem ajudar a reverter essas tendências e retornar o
mundo à normalidade.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghrebeyesus, afirmou que Covax não
é um esforço de caridade. Segundo ele, numa economia global altamente
interconectada, vacinas eficazes, disponíveis em todos os países, são a
maneira mais rápida de acabar com a pandemia, retomar a economia e
garantir uma recuperação sustentável.
Nas palavras do chefe da
OMS, ou “afundamos ou nadamos juntos”. ANG/ONU NEWS
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