Comércio/”É dever do Ministério proteger e
preservar os interesses do sector privado nacional”, afirma Ibraima Djaló
Bissau,05
Dez 22(ANG) – O secretário geral do Ministério do Comércio e Indústria, disse
que aquela instituição tem o dever e responsabilidade de proteger e preservar
os interesses do sector privado nacional tendo em conta o acordo que instituiu
a Zona Livre de Comércio Continental Africana(ZLECAF).
Ibraima
Djaló falava hoje na abertura do ateliê de formação destinado aos agentes do
sector privado em matéria de obstáculos e os desafios da ZLECAF e que decorre
entre os dias 5 e 7 do corrente mês em Bissau.
Aquele
responsável salientou que, o Governo através do Ministério do Comércio tem
ainda o dever de clarificar as questões e os desafios face as concorrências
regionais e continentais que possam impactar o comércio no país bem como neste mercado comum.
Ibraima
Djaló sublinhou que, hoje o estabelecimento de um mercado comum e funcional é
uma das principais prioridades da União Africana.
Adiantou
que, o Tratado de Abuja, institui que, o mercado comum deve ser assegurado pela
liberalização do comércio entre os Estados membros, eliminando as barreiras não
tarifárias para estabelecer uma zona de comércio livre continental a nível
africana.
“Até
agora, a adopção do programa regional sobre as barreiras não tarifárias parece
ter tido um impacto limitado no processo de integração regional conforme o
indicado pelo relatório do índice de integração em África de 2016”, frisou.
O
secretário geral da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e
Serviços(CCIAS), disse que esta instituição tem participado em todas as
reuniões económicas sub-regionais sobre os protocolos de acordo da ZLECAF no
âmbito da CEDEAO.
Saliu
Bá sublinhou que a CCIAS tem igualmente participado na promoção do comércio
livre sub-regional e interno.
“Devo
dizer que existem muitos problemas e obstáculos comerciais internos ao nível da
Guiné-Bissau e por isso, o novo Ponto Focal da ZLECAF, tem que começar a
trabalhar para solucionar esses problemas”, salientou.
O
secretário geral da CCIAS disse a título de exemplo, que existem cerca de 34
postos de controlo de mercadorias no troço entre São Domingos e Bissau,
frisando que as autoridades competentes devem começar a pensar na eliminação
desses entraves comerciais.
Afirmou
que, o sector privado guineense pretende dinamizar as relações comerciais com
os países vizinhos, acrescentando que alguns produtos provenientes dos países
da sub-região entram sem problemas para o mercado guineense, mas ainda existem
barreiras na exportação de produtos nacionais.
Por
sua vez, o Ponto Focal da ZLECAF no país, sublinhou que, o acordo de livre comércio
continental reveste-se de uma importância transcendente sobretudo para os
países como a Guiné-Bissau.
Júlio
Colônia disse que, é importante que se faça uma divulgação e sensibilização
para munir o sector privado nacional de instrumentos que lhe permitam estar ao
mesmo nível da concorrência com os outros países.
Aquele
responsável afirmou que, nesta perspectiva vão fazer do ano 2023, o de
divulgação em todos os cantos do país, daquilo que é a ZLECAF.
Disse
que, o referido acordo entrou em vigor desde o ano 2021 e até agora mais de 75
por cento do sector privado do continente africano ainda o desconhece.
Durante
os três dias do seminários, os participantes serão facultados conhecimentos
sobre a definição, classificação e impactos do intercâmbios comerciais africana,
barreiras tarifárias e não tarifárias em África Ocidental, especificidade e
regras de origem da ZLECAF entre outros.ANG/ÂC
Sem comentários:
Enviar um comentário