Peru/Sete mortos nas manifestações
a favor de Castillo
Bissau, 13 Dez
22 (ANG) - O movimento de contestação perdura no Peru contra a nova presidente
Dina Boluarte , sete pessoas morreram em fortes confrontos com as forças de
segurança e o anúncio de eleições antecipadas feito na segunda-feira 11 de
Dezembro pela presidente não acalmou a situação.
Nas ruas, especialmente nas zonas rurais onde o presidente deposto tinha maior
apoio, os peruanos pedem a convocação imediata de eleições, a dissolução
do Parlamento, e uma nova Constituição, em fortes confrontos com as forças de
segurança.
Sete pessoas
morreram desde domingo e o governo de Dina Boluarte declarou o estado de
emergência em sete províncias da região de Abancay, no sul do país, durante os
proximos 60 dias.
Em Lima, capital do Peru, também houve
protestos, a polícia dispersou com gás lacrimogénio manifestantes que pediam a
libertação imediata de Pedro Castillo.
Na quarta-feira 7 de dezembro, o
ex-presidente Castillo tentou dissolver a legislatura antes de uma votação
prevista para removê-lo. Poucas horas depois, o Congresso do Peru votou a
destituição de Castillo, e substituí-o pela então vice-presidente, Dina Baluarte.
O antigo chefe de estado foi detido na semana passada quando estava a
caminho da embaixada do México para pedir asilo político, e continua
actualmente detido na prisão de Barbadillo.
Acusado de
rebelião, incorre numa pena entre 10 a 20 anos de prisão se for considerado
culpado.
Perante as manifestações que perduram em
todo o país e também na capital, os governos de esquerda do México, da
Argentina, da Colombia e da Bolívia anunciaram a sua solidariedade com o
presidente deposto, considerando que foi vítima de um "movimento hostil e
anti-democrático" desde o início do seu mandato em 2021.
Uma "greve por tempo
indeterminado" foi convocada a partir de hoje pelas organizações de
agricultores e representantes dos povos indígenas, que exigem também a "libertação
imediata" de Pedro Castillo. ANG/RFI
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