Demissão de PM/Portugal suspenso à decisão do Presidente da República
Bissau, 09 Nov 23 (ANG) – O primeiro-ministro português não resistiu às suspeitas de corrupção e apresentou a demissão ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, após o Ministério Público revelar que António Costa é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projectos de exploração de lítio e hidrogénio verde.
A demissão aceite pelo Presidente da
República tem como efeito, nos termos da Constituição, a demissão do Governo,
que será oficializada por decreto, que ainda não foi publicado em Diário da
República.
Marcelo Rebelo de Sousa convocou os
partidos com assento parlamentar para
quarta-feira e o Conselho de Estado para esta quinta-feira e falará ao
país a seguir.
Na sequência deste terramoto político, as
reações sucederam-se. A maioria dos partidos da oposição deseja eleições
antecipadas.
O PSD (Partido Social-Democrata), principal
partido da oposição, defendeu a realização de eleições antecipadas, dizendo que
“o Governo caiu por dentro” e que a degradação do executivo “impõe que não se
perca mais tempo e se devolva a palavra ao povo".
O Chega considera que "não há outro
cenário possível que não seja a dissolução do Parlamento e a convocação de
eleições".
A IL (Iniciativa Liberal) diz que "não
há outra solução que não seja a dissolução da Assembleia da República e
eleições para que os portugueses possam pronunciar-se".
O BE (Bloco de Esquerda) afirmou que o
Presidente deve convocar eleições legislativas antecipadas e pediu celeridade à
justiça para que as suspeitas sejam esclarecidas.
Já o PCP (Partido Comunista Português)
defendeu que o país precisa de "soluções e não de eleições”, mas
manifestou-se preparado para ir a votos.
O PAN (Pessoas–Animais–Natureza)
indicou que vai aguardar para ouvir as soluções que estão a ser equacionadas
pelo Presidente da República.
O Livre considerou que o país está numa
“situação grave e séria”, diz estar preparado para todos os cenários, mas
escusou-se a falar em eleições antecipadas por considerar que este é ainda “o
tempo do Presidente da República”.
Por seu lado, os socialistas dizem estar
preparados para uma decisão do chefe de Estado de convocar eleições antecipadas
ou optar por uma mudança da liderança do Governo.
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