Hungria/Governo rejeita chegada de
migrantes ao país para evitar "mini Gazas"
Bissau, 10
Nov 23 (ANG) - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, garantiu hoje que
rejeita a chegada de migrantes ao país para evitar a criação de "mini
Gazas", como considera que acontece nos países da Europa ocidental.
Na sua intervenção
quinzenal na rádio pública Kossuth, Orbán afirmou que "a migração e o
terrorismo andam de mãos dadas", garantindo que "os migrantes ilegais
são cada vez mais radicais".
"Há grupos
terroristas por trás deles (dos migrantes)", referindo-se a um relatório
do serviço de segurança nacional húngaro.
Este relatório,
publicado na semana passada, afirma que diferentes organizações terroristas
estão envolvidas no tráfico ilegal de seres humanos.
Neste sentido, Orbán
criticou o pacto europeu de migração que, entre outras medidas, prevê a
deslocalização de migrantes e refugiados, sublinhando que os países
ocidentais querem forçar a Hungria a aceitar esta "má solução".
Anunciou ainda que o seu
país aprovará um endurecimento das suas já muito restritivas políticas de
migração antes do fim-do-ano.
Em relação à Ucrânia,
Orbán, o maior aliado da Rússia dentro da União Europeia (UE), reiterou que as
negociações de adesão dos ucranianos ao bloco europeu não deveriam começar
porque o país estaria longe de estar pronto.
A Hungria é, juntamente
com a Turquia, o único país da NATO que não forneceu ajuda militar à Ucrânia
para se defender da agressão russa.
As relações entre a
Hungria e a Ucrânia são tensas, já que Kiev afirma que Budapeste apoia as
políticas russas, enquanto os húngaros acusam a os ucranianos de não respeitar
os direitos das minorias étnicas, incluindo os magiares, compostos por cerca de
150 mil pessoas. ANG/Angop
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