França/Guineenses
queimam imagem de Embaló junto à embaixada da Guiné-Bissau em Paris
Bissau,
12 Dez 23 (ANG) - Algumas dezenas de guineenses juntaram-se, na
segunda-feira (11) à tarde, junto à embaixada da Guiné-Bissau em Paris, onde se
manifestaram contra o que dizem ser o alegado golpe de Estado
"inventado" pelo Presidente, Umaro Sissoco Embaló.
"Abaixo a
ditadura" e "Liberdade" foram duas das palavras mais ouvidas no
protesto em Paris, organizado pelos guineenses em França e que trouxe até
à capital gaulesa pessoas vindas de Lyon, Marselha ou Lille.
Durante a manifestação,
os guineenses foram exprimindo a revolta contra a dissolução da Assembleia
Nacional Popular decretada pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco
Embaló, a 4 de dezembro. Os manifestantes queimaram de forma simbólica um
cartaz com a imagem do chefe de Estado.
"Para mim, foi tudo
uma invenção. Até porque já vimos que a 1 de fevereiro de 2022 houve a mesma
invenção para poder culpar as pessoas e pôr outras pessoas na prisão sem
julgamento. O Presidente queria que se dissesse que há uma situação de crise no
país e decretar a dissolução do parlamento", acusou Francisco Sousa
Graça, guineense residente em França há 35 anos.
Para este guineense que
vive na região de Paris, o decreto do Presidente "é nulo" e
"inexistente" já que vai contra a Constituição do país, esperando
agora que os deputados possam continuar a trabalhar na sessão marcada para 13
de dezembro.
O presidente do
parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, marcou para esse dia a sessão
plenária do órgão atualmente dissolvido por ordens do Presidente do país.
Os guineenses prometem
continuar a protestar em França até verem "a ordem constitucional"
restituída no país, planeando uma manifestação para continuar a dar
visibilidade ao que se passa no seu país. No entanto, não têm grandes
expectativas em relação à ação da França ou da comunidade internacional.
O Presidente da
Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, justificou a dissolução do parlamento com a
grave crise institucional no país, na sequência de confrontos entre forças de
segurança, que considerou "um golpe de Estado". ANG/RFI
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