domingo, 24 de novembro de 2019

Presidenciais 2019


Cerca de 800  eleitores guineenses votam hoje para eleger  novo Presidente da República

Bissau 24 nov 19 (ANG) – Mais de Setecentos mil eleitores guineenses votam hoje em todo o território nacional para a escolha do novo Presidente da República.

Doze candidatos concorrem ao cargo de Presidente da República, dentre os quais o chefe de Estado cessante José Mário Vaz que recandidatou para sua própria sucessão.

Na corrida estão também quatro antigos primeiros ministros, nomeadamente Carlos Gomes Junior, Domingos Simões Pereira, Baciro Dja e Umaro Sissoco Embaló.

Para já 3.139 mesas de votos  estão abertas em todo o território nacional, desde ás 7 horas da manha e serão encerradas ás 17 horas, conforme a lei eleitoral.

O escrutínio está a decorrer com tranquilidade, na  expectativa de que estas eleições presidenciais vão permitir que o país saia do  ciclo de instabilidade governativa.

Nos últimos dias da campanha eleitoral, o candidato José Mario Vaz pediu a outras candidaturas no sentido de se unirem,  caso haja segunda volta, para apoiar aquele que passar, contra o candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

Segundo a  Comissão Nacional de Eleições 761.676 eleitores inscritos no caderno eleitoral estão distribuídos por 3.139 mesas de votos, este número corresponde aos eleitores   que votaram  nas eleições legislativas de 10 de Março deste ano.

 Dos 761.676 , o sector Autônomo de Bissau conta com 207.659 eleitores distribuídos por 645 mesas de votos.

A comissão Nacional de Eleições indicou que a região de Oio ocupa segunda posição com 109.179 eleitores dispersados por 521 mesas de votos nesta zona norte da Guiné-Bissau.

A região de Bafata conta com 100.961 eleitores quer irão votar nas 458 mesas de votos e a região de Gabu com 97.414 eleitores inscritos  indicados para votar em 421 mesas de Assembleias de votos.

A região de Cacheu têm 90.092 eleitores podendo votar hoje em 405 mesas de votos, ao passo que a região de Biombo com 50.490 que vão exercer os seus direitos de votos em 198 mesas, e Tombali conta com 39.704 inscritos e podem votar em 202 mesas.

De acordo com CNE, a região de Quinara tem 31.920 eleitores que vão votar em 158 mesas e a região de Bolama/Bijagós com 17.267 eleitores distribuídos por 77 mesas de Assembleias de votos.

Em relação a diáspora, África que inclui Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacy, Cabo-Verde e Mauritânia regista 10.510  eleitores que vão votar em 29 mesas e a Europa que conta com 6.480 eleitores que abrange Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Bélgica, indicados para votar em 25 mesas.

O escrutínio está a ser acompanhada pelos observadores internacionais de diferentes organizações, nomeadamente da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da União Africana e dos Estados Unidos da América. ANG/LPG/ÂC//SG  

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Campanha eleitoral


Iaia Djaló promete mobilizar fundos para ajudar governo na resolução de problemas sociais

Bissau, 22 nov 19 (ANG) – O candidato apoiado pelo Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló prometeu usar a sua magistratura de influência na mobilização de fundos para a resolução dos problemas nos sectores da Saúde, Educação, infra-estruturas e fornecimento de água potável em todo o país.


Iaia Djaló que falava hoje no último comício popular de “caça ao voto”, na região de Gabu, afirmou que, se for eleito  Presidente da República no dia 24 de novembro, vai assegurar o respeito pelos princípios democráticos e criar condições para que haja estabilidade governativa.

Disse que caso venha a ser eleito agradeceria à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) pelo trabalho feito relativamente a estabilização do país, mas ordenará a sua retirada porque internamente estará em condições de garantir a estabilidade.

“ Vou ordenar a saída do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné- Bissau (UNIOGBIS) e solicitar a vinda para o país de uma outra Agência de Desenvolvimento da ONU, que irá apostar nos sectores sociais, sobretudo na área de saúde e educação e provisionamento da água potável.

O candidato ao cargo de Presidente da República considera de positivo os 21 dias de campanha eleitoral, apesar de não dispor de meios materiais e financeiros suficientes, em comparação com outros concorrentes ao cargo, tendo salientado que acredita que a mensagem passou e que o Povo vai confiar lhe a função, que disse estar disponível para assumir com muita responsabilidade.

Por outro lado, Iaia Djaló criticou as despesas feitas por alguns candidatos, que segundo ele, durante a campanha exibiram carros que podem construir dez estabelecimentos de ensinos e 40 centros sanitários.

Por isso, exortou aos populares do sector de Gabu a votarem na pessoa credível que irá pautar pela equidade de género e a criação de condições para o emprego juvenil.

Em relação a mudança de sistema político de semipresidencialismo para Presidencialismo o candidato disse que gosta do actual sistema, ou seja o semi-presidencialismo, sustentando que a separação dos poderes é a melhor forma de governar. 

ANG/LPG/ÂC//SG

Campanha eleitoral


Domingos Simões Pereira diz que não haverá alternativa à escolha do Povo na urna

Bisssau,22 Nov 19(ANG) – O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), às presidenciais de 24 de Novembro, afirmou que a Lei deve ser respeitada por todos e que não haverá nunca mais no país a alternativa à escolha do Povo nas urnas.

Domingos Simões Pereira que falava hoje em Bissau, perante milhares de apoiantes no último comício da campanha eleitoral, disse que a sua candidatura apresentou um Manifesto ao Povo guineense durante os 21 dias da campanha eleitoral, com ambição e visão clara para a Guiné-Bissau.

“No nosso Manifesto, afirmamos que, enquanto Presidente da República,  vamos unir os guineenses como um só Povo, porque queremos para que todos nós sermos parte de uma única Nação ,sem pertença étnica, religião ou cidadão da cidade ou tabanca”, explicou.

O líder do PAIGC sublinhou que os guineenses devem demonstrar que são um único Povo, acrescentando que para o efeito devem ser capazes de celebrar a referida identidade que os une.

“A nossa presidência vai produzir a reconciliação de forma a fazer os guineenses unir de novo, depois de muitos anos de tentativa de divisão no seio da nossa sociedade, tendo em conta que somos  filhos da mesma terra”, disse.

Domingos Simões Pereira salientou que, se for eleito Presidente da República, irá fazer uma nova digressão à todas as regiões do país, para  ouvir as preocupações do Povo guineense, conselhos dos anciões e formulas, de facto, para unir a nação guineense.

“Quando apresentamos os problemas  que enfrentamos no país, as pessoas de outros países, questionam se de facto não temos homens grandes na Guiné-Bissau, capazes de intervir para encontrar  soluções”, frisou.

Disse que, para o efeito, se for eleito chefe de Estado, irá criar as condições para que os anciões sejam respeitados na sociedade guineense, acrescentando que não para eles demonstrarem que são os mais sábios, mas têm que ser ouvidos em todas as circunstâncias, de forma a indicarem o caminho a  percorrer.

“Vou reencontrar com os homens grandes de todas as regiões do país para lhes transmitir a nossa confiança no futuro do país, para que possamos ser capazes de dizer que não temos outro paraíso para viver a não ser a Guiné-Bissau”, sublinhou.

Domingos Simões Pereira frisou que não irá permitir que as pessoas nos dividem com base na religião, cor de pele ou na diferença dos cidadãos que nasceram nas tabancas com os da cidade.

Acrescentou que devemos levantar todos para demonstrar que, se existe algo de bom no país, é a humildade e tolerância do Povo guineense.

“Então devemos levar a esperança, o convencimento de que nós todos vamos ser  suficientes para criar um país que Amílcar Cabral e outros combatentes da liberdade da pátria nos tinha prometido”, declarou.

Domingos Simões Pereira informou que enquanto Presidente da República irá trabalhar para que, de facto,   os guineenses encontrem a concórdia nacional, proclamada há muitos anos.

Disse que isso significa que irá trabalhar para que haja justiça, para que as leis sejam implementadas no país, acrescentando que vai igualmente recordar as pessoas de que é possível perdoar e sermos capazes de esquecer os erros do passado e projectar o futuro de reconciliação.

“Enquanto Presidente da República vou garantir  que a justiça tem que funcionar. Vou pedir o perdão de facto, mas nunca vou interferir na justiça de forma a condicionar a sua capacidade de chegar junto de todos os cidadãos”, prometeu Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, vencedor das legislativas de março passado, e por vários  outros partidos sem assento parlamentar. 

ANG/ÂC//SG

Campanha eleitoral


Idriça Djaló diz que o país precisa de um “Chefe de Estado com visão e autoridade moral”

Bissau, 22 nov 19 (ANG) – O candidato suportado pelo Partido da Unidade Nacional (PUN), Idriça Djaló disse hoje que o país precisa de um Chefe de Estado com visão, autoridade moral e que vai identificar-se totalmente com o seu povo na sua diversidade.

Idriça Djaló que falava no seu último comício de campanha eleitoral na tabanca de Tabacuta, setor de Bambadinca região de Bafatá disse que existe ausência total de Estado, justificando que durante a sua digressão pelo interior do país viu que existe falta de escola, de centro de saúde, comando policial, estradas, água potável e  outros bens.

Prometeu acabar com a mortalidade das mulheres no momento de parto caso for eleito no dia 24 de novembro.

“Para criar essas condições à população é só com o trabalho. A riqueza deve ser criada com agricultura de máquinas e com sementes de qualidade”, disse.

Djaló acrescentou que a independência da Guiné-Bissau serviu só para uma meia dúzia de pessoas que até hoje está a usufruir dos bens do país, esquecendo o Povo.

O líder do PUN exortou aos atores políticos a fazerem de 24 de novembro,  um dia de paz e tranquilidade, frisando que o país precisa de tranquilidade.

 “Perdemos muito tempo em confusão, isso possibilitou que os medíocres assaltassem o poder . Pessoas que não têm capacidades de governar o Povo guineense, tudo isso é fator de instabilidade”, frisou Djaló.

O candidato disse que os seus adversários não têm a capacidade de mobilizar o Povo para trabalhar a fim de criar riquezas, para o bem do país como tem feito, sublinhando que os candidatos estão somente a criar ilusão ao Povo, exibindo carros de luxos, camisolas e outros materiais, que para ele, estão a mostrar as suas incapacidades de gerir o país.

Acusou aos seus adversários de estarem a fazer campanha com fundos públicos roubados, dinheiro de mar que foi vendido, de droga, de indivíduos que estão a financiar o  terrorismo em toda  a África Ocidental.

Pediu igualmente aos guineenses,  particularmente  aos jovens a votarem em consciência, sem que sejam mobilizados pelos meios económicos e materiais.

Idriça Djaló disse esperar  que o Presidente a ser eleito, no dia 24 de novembro pudesse governar o país com sabedoria e generosidade, a fim de fazer reinar a união entre os guineenses e sobretudo para que a justiça seja uma realidade.

Tabacuta é uma tabanca de setor de Bambadinca, região de Bafatá situada no Leste da Guiné-Bissau, e segundo informações  de um ancião da referida tabanca, Demba Djassi, o local do comício do candidato Idriça Djaló era a base 7 na luta de libertação nacional, liderado por Domingos Ramos, herói nacional.

A tabanca se depara com falta de tudo nomeadamente escola, centro de saúde, comando policial, entre outras infraestruturas. 

ANG/DMG//SG



Campanha eleitoral


Nuno Gomes Na Bian promete unir os guineenses caso for eleito próximo Presidente da República

Bissau, 22 nov 19 (ANG) – O candidato às próximas eleições presidências agendadas para o próximo dia 24 de Novembro prometeu  ser o Presidente que terá a capacidade de unir guineenses e  resolver os assuntos do país.

Nuno Gomes Nabian,  candidato suportado pela Assembleia do Povo Unido Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e Partido da Renovação Social (PRS) que falava hoje em Bissau, no último comício da campanha eleitoral, na presença de centenas de pessoas, descreveu  que caso for escolhido no próximo Domingo como novo Presidente da República da Guiné-Bissau fará de tudo para que o país avança rumo ao desenvolvimento.

De acordo com o candidato, o nível de problema que a Guiné-Bissau enfrenta, fez com que a esperada ida as unas, do dia 24 de Novembro, seja o momento mais crucial para o país.

“Por isso, nenhum de vocês deve falhar no momento da escolha. O Estado da Guiné-Bissau não pode mais admitir que as pessoas venham ditar ordens sobre o nosso Presidente da República. Garante-vos que com Nuno Gomes Na Bian na Presidência da República este tipo de acto não será mais admitido na Pátria de Amílcar Cabral”, asseguro.

Aquele político acusou  o governo da Guiné-Bissau de ter desrespeitado as Forças de Defesa do país, por  apostaram nas forças estrangeiras para assegurar a soberania da Guiné-Bissau.

Na Bian considerou de positivo o balanço da sua campanha eleitoral, e disse estar  confiante na vitória  no escrutino do próximo Domingo.

 “Vou deixar apelo as nossa juventude que terá a oportunidade de trabalhar como fiscais nas mesas de assembleia de voto, para não dormirem, a fim de neutralizarem todas as manobras que possam acontecer durante o momento de voto”, referiu.

Por seu turno, o Presidente de Partido da Renovação Social (PRS) Alberto Nambeia disse que quando o seu partido decidiu não avançar com um candidato as presidenciais  optaram logo pelo  Nuno Na Bian “porque acreditam que é o único que está á altura de guiar o destino deste país”.

“Por isso apelo aos jovens, a não entregarem mais a soberania da Guiné-Bissau à pessoas que querem destrui-la E  para que isso não aconteca, no dia 24 de Novembro próximo votem no candidato número 5, Nuno Gomes Na Bian, para salvar o destino do país”, disse Nambeia.

ANG/LLA/ÂC//SG     

Campanha eleitoral


José Mário Vaz apela  aos guineenses  para votarem em massa no domingo

Bissau, 22  nov 19(ANG)- José Mário Vaz, candidato a sua própria cessação  apela à todos guineenses para irem, em massa, votar no  domingo, 24 de Novembro.

Mário Vaz falava no fecho do comício de campanha para as presidências,  sustenta  ser  o único momento em que o povo pode exercer a sua cidadania e liberdade.

Para Jomav como é também conhecido, quando se trata do voto não existe guineense rico ou pobre, de interior nem de cidade, civilizado ou gentio  “porque isso não existe”.

"Tenho  único voto como Presidente da República e qualquer outro cidadão também tem o mesmo direito, para  único voto,  para o bem do nosso país, porque somos nós que temos que assumir o destino do nosso país, não a CPLP e nem CEDEAO" frisou Mário Vaz.

Mário Vaz afirma que os últimos cinco anos do seu mandato era para fazer tudo para que exista paz, tranquilidade e liberdade no país, que considera  ferramentas fundamentais em qualquer país do mundo.

" Pela primeira vez conseguimos evitar golpe de Estado e chegar ao fim do mandato, depois de 25 anos de implementação da democracia na Guiné-Bissau Nos próximos  cinco anos, caso for eleito, vou continuar a estabilizar o país,  dar atenção à educação, por ser um grande problema da nossa sociedade”, realçou Vaz".

José Mário Vaz, candidato independente concorre a sua reeleição com mais 11 concorrentes, entre os quais, Domingos Simões Pereira, do partido(PAIGC) que o suportou nas presidências de 2014. 

ANG/MI//SG             

Campanha Eleitoral


Carlos Gomes Júnior diz que “carência de vida” da população é motivo de sua candidatura

Bissau, 22 nov 19 (ANG) – O ex-primeiro-ministro e candidato independente as eleições presidenciais do próximo Domingo disse hoje que a carência de vida da população guineense que afirma ter falta de quase tudo é o motivou de sua  candidatura,de novo, para o cargo de Chefe de Estado.

Carlos Gomes Júnior falava no último comício popular de “caça ao voto”, e salientou que as organizações da sociedade civil e os jovens pediram-lhe  para se candidatar. Pelo que segundo disse, não  é candidato de nenhuma formação política mas sim de “todos os guineenses”.

Gomes Júnior voltou a criticar os gastos da campanha do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC),considerando-o de “um escândalo”, tendo questionado a proveniência dos meios utilizados.

“Por isso, peço a todos os candidatos a prestarem  contas sobre os gastos da campanha na Comissão Nacional de Eleições, inclusivê ele. Se não temos escolas e hospitais, o porquê de tanta exibição “,questionou.

Cadogo como é também chamado disse que quer ser um presidente de estabilidade e que vai dialogar com todos, na base de respeito pelas leis e pela Constituição da República, frisando que tem plena certeza que no dia 24 de Novembro o povo vai saber quem escolher.

Gomes júnior disse que a única segurança que tem são as forças armadas e a polícia de ordem publica, que são garante da Constituição e de estabilidade da Guiné-Bissau.

“Temos que por ordem neste país ou seja somos parceiros do desenvolvimento das organizações da comunidade internacional mas na base de respeito pela soberania e da Independência da Nação Guineense “,disse.

O ex-governante guineense agradeceu a população que respondeu em massa o convite da sua candidatura, lembrando que esteve sete anos fora do país “pelas razões que todos conhecem”, e disse que muitos afirmaram que Cadogo não vai voltar mais à Guiné-Bissau e que  fizeram tudo para que isso aconteça, “mas  sem sucessos porque cá estou eu”.

Carlos Gomes Júnior, apoiado pelo PAIGC em 2012, sofreu um golpe de Estado, que inviabilizou a segunda volta das presidenciais em que era indicado como o mais provável vencedor entre os candidatos.

O golpe militar obrigou-lhe a exilar-se em Portugal durante sete anos tendo regressado agora para participar na corrida Presidencial mas na qualidade de candidato independente. 

ANG/MSC//SG

Campanha Eleitoral


Gabriel Indi apela ao povo guineense para apostar na “solução para o país”

Bissau, 22 Nov 19 (ANG) – O Candidato apoiado pelo Partido Unido Social Democrata (PUSD) Gabriel Fernandes Indi  apela ao povo guineense no sentido de apostar na solução para país e  deixar de lado a questão étnica e amiguismo no momento da votação.

 Gabriel Indi fez este apelo em declarações  à imprensa no último dia de Campanha Eleitoral para às eleições presidenciais do domingo.

“Nenhum candidato, parte da instabilidade da Guiné-Bissau merece ser vencedor das eleições presidenciais, porque só vai pautar pela defesa dos seus interesses, tal como costuma fazer., Jamais vai priorizar o povo, porque deixa claro que o mais importante são as suas necessidades pessoais”,disse o candidato.

Fernandes Indi disse ainda que, ele na qualidade de Jovem está e estará sempre preocupado com o desenvolvimento da Guiné-Bissau e que assim sendo, vai contar com o apoio do povo para que possa conduzir a pátria ao progresso, bem-estar comum, paz, estabilidade política e governativa.

Pediu aos restantes 11 candidatos para  não criarem situações que possam prejudicar ainda mais o povo guineense, que já  está cansado de tantos problemas e de constantes situações de crises política, que acabam por abranger todas as áreas.

“Quando existe situações de instabilidade no nosso país, os países vizinhos acabam sempre por tirar proveito disso. Por isso, é bom evitar problemas de modo a promover, sempre, o bem-estar da nossa amada pátria”, aconselhou aquele candidato.

Gabriel Indi disse estar confiante na vitória, uma vez que a sua mensagem é de referência a nível nacional, tendo acrescentado que através da sua mensagem alguma parte do povo guineense ganhou a consciência de que é necessário eleger uma pessoa que vai mudar o destino do país para melhor.

Sublinhou que, apesar de muitos não conseguirem entender a sua mensagem, está satisfeito porque atingiu uma parte. Disse ainda que os políticos guineenses querem que o povo continue sem nível académico elevado para que permaneça com dificuldades de compreensão e que por isso, não pretendem investir na educação.

“Se o povo guineense em geral tem a consciência de que os seus direitos são violados sempre, jamais vai continuar à correr atrás dos políticos incapazes de promover o sucesso da Guiné-Bissau”, afirmou.

Gabriel lamentou o facto de os candidatos estarem  a desperdiçar dinheiro com os comícios, camisolas, carros, entre outros bens materiais, uma vez que segundo ele,” as dificuldades do país são elevadas”, e que o povo não merece isso.

Apela ao povo à votar sem pensar nos presentes que ganharam dos candidatos durante a campanha eleitoral, mas sim, que pense  no destino do país por mais cinco anos.

A entrevista dada aos órgãos de comunicação social representa o último acto do candidato no âmbito da campanha eleitoral para a votação de domingo.

ANG/AALS//SG

Presidenciais 2019


José Mário Vaz anuncia acordo entre candidatos para a segunda volta
Bissau, 22 nov 19 (ANG)– O candidato às eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau José Mário Vaz anunciou que várias candidaturas assinam hoje um acordo para apoiarem o candidato que passar à segunda volta.
“Está a combinar-se, um grupo de candidaturas de partidos políticos, celebrarem um acordo para em caso de um nós passar à segunda volta os outros apoiariam”, disse o Presidente cessante em declarações à agência Lusa, à margem de um comício em Biombo, a cerca de 50 quilómetros de Bissau, sem especificar de que candidaturas se tratam.
Questionado sobre se isto é uma resposta à proposta feita pelo candidato Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, líder da oposição), José Mário Vaz, que se candidata como independente, respondeu: “Eu não digo isso”.
No entanto, disse que “foi extraordinário” quando encontrou Sissoco Embaló durante uma acção de campanha dos dois candidatos em Buba, no sul do país.
“Eu estava num lugar e ele foi cumprimentar-me. Eu gostei muito desse gesto. Isso é que é realmente a democracia”, disse.
O candidato do Madem G15 apelou em 19 de Novembro para a união de todos os candidatos contra o que considera ser o “eixo do mal” representado por Domingos Simões Pereira, candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder).
Sobre se está confiante numa vitória à primeira volta, Jomav, como é conhecido, admitiu que “é difícil”.
“Talvez a única pessoa que disse que vai vencer na primeira volta é o candidato adversário, o candidato do PAIGC, que esteve em Portugal e disse a toda a gente que ganharia na primeira volta”, mas quem viu esta campanha percebe que “ninguém tem condições de vencer na primeira volta”, disse.
Sobre quem vai apoiar na segunda volta, caso seja afastado da corrida no domingo, José Mário Vaz escusou-se a responder directamente.
“Não tenho problemas nenhuns. Neste momento o povo é soberano, o veredicto é popular. Se for ou não for à segunda volta o povo é quem mais ordena. Eu vou cumprir rigorosamente aquilo que as urnas ditarem”, disse.
Questionado sobre se algum dia irá ultrapassar o diferendo com Domingos Simões Pereira, o Presidente cessante referiu que não sabe se existe.
“O único problema que eu tenho como responsável deste país é a defesa intransigente da minha terra e do meu povo, é só”, disse.
Em 2015, José Mário Vaz demitiu Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro e recusou novamente o seu nome para o cargo chefe de Governo em Junho deste ano, após as legislativas de Março.
ANG/Inforpress/Lusa

Cabo Verde


Úmaro Sissoco Embalo diz que se ganhar as eleições vai expulsar todas as forças estrangeiras da Guiné-Bissau

Bissau, 22 nov 19 (ANG)– O candidato presidencial Úmaro Sissoko Embalo, confiante que vai à segunda volta, disse hoje que, se ganhar as eleições de domingo, 24, vai expulsar todas as forças estrangeiras instaladas na Guiné-Bissau, porque o país é “soberano”.
“A Guiné-Bissau tem as suas forças armada e polícias e vou obrigar o Governo a investir na capacitação das nossas forças de defesa e segurança. Não irei recorrer às forças estrangeiras para a manutenção da paz. Nós não estamos em guerra”, afirmou, na Cidade da Praia o candidato apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-15), após ter sido recebido, em audiência, pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
“Pode ser que haja surpresa, que eu ganhe logo à primeira [volta das eleições presidenciais], mas estou com prudência em dizer que serei logo eleito”, afirmou, na Cidade da Praia, Úmaro Sissoco Embalo.
“Estando aqui para um encontro com a comunidade guineense não fazia sentido não cumprimentar as autoridades cabo-verdianas”, precisou Sissoko Embalo, que desmentiu informações postas a circular nas redes sociais, segundo as quais a sua vinda a Cabo Verde tem a ver com um possível pedido de asilo político por parte do actual presidente José Mário Vaz, caso este perca as eleições presidenciais do domingo.
“É a primeira vez que estou a ouvir isto. Por que razão o José Mário Vaz vai pedir asilo político? Que eu saiba ele é Presidente da República da Guiné-Bissau e, mesmo perdendo as eleições, tem o estatuto de ex-Presidente da República”, sublinhou Sissoco Embalo.
Segundo ele, o encontro com o Chefe de Estado cabo-verdiano visou uma “visita amena” que serviu para o cumprimentar e também para se reunir com a diáspora bissau-guineense radicada na ilha de Santiago.
Instado sobre as possibilidades de ganhar as eleições à primeira volta, afirmou que prefere ser “muito prudente”, tendo em conta que a sua origem é a sociedade castrense.
“Tradicionalmente, na Guiné-Bissau nunca um candidato ganhou as eleições na primeira volta”, comentou, admitindo que o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) é o “grande cancro” do país e Domingos Simões Pereira é um “eixo do mal”, pelo que todos os que querem ver a Guiné-Bissau a progredir tem que se mobilizar contra o candidato deste partido e “libertar o país de uma vez por todas”.
Segundo ele, já existe um acordo de princípio de base entre os principais candidatos para se unirem contra Domingos Simões Pereira, caso este vá à segunda volta.
Instado qual será a sua postura, caso venha a ser eleito, respondeu que em primeiro lugar é “respeitar e fazer respeitar a Constituição da República e dignificar o Estado da Guiné-Bissau, que neste momento está no chão”.
Quanto a uma possível co-habitação com o Governo liderado pelo PAIGC, garantiu que se este partido ganhar as eleições não terá problemas alguns porque, neste caso, será “Presidente de todos os guineenses”.
“Se o Domingos Simões Pereira me provar uma maioria parlamentar, vou nomeá-lo [para o cargo de primeiro-ministro]”, garantiu Umaro Sissoco Embalo, lembrando que Nuno Gomes Nabiam, presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) já “não faz parte do pacto que tinha assinado com o PAIGC”.
Assegurou aos jornalistas que o PAIGC é responsável pela divisão dos guineenses entre muçulmano e cristãos.
“Sou muçulmano, mas no coração sou cristão, porque a minha mulher é católica”, concluiu.
Ao todo, são 12 as figuras que querem chegar à Presidência da Guiné-Bissau, um candidato a menos do que em 2014. ANG/Inforpress


Comércio internacional


“China quer acordo  com EUA mas está pronta a retaliar se necessário”, diz Xi Jinping
Bissau, 22 nov 19 (ANG) – O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje querer trabalhar com Washington para concluir um acordo que ponha fim à prolongada guerra comercial entre os dois países, mas que não tem medo de “retaliar” se necessário.
“Vamos retaliar, caso seja necessário, mas estamos a trabalhar activamente para pôr fim à guerra comercial”, disse Xi aos jornalistas, em Pequim, perante empresários e ex-autoridades norte-americanas, no Grande Palácio do Povo, o parlamento chinês, junto à Praça Tiananmen.
“Queremos trabalhar num acordo preliminar, baseado no respeito mútuo e na igualdade”, defendeu.
Caso um acordo não seja alcançado até meados de Dezembro, Washington estipulou uma nova ronda de taxas alfandegárias adicionais, de 15%, sobre 156 mil milhões de dólares de bens importados da China.
O aumento das taxas vai reflectir-se em vários bens de consumo, incluindo telemóveis, portáteis ou utensílios domésticos, nas vésperas do Natal, ameaçando também os retalhistas norte-americanos.
Aquele prazo, imposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, deve pressionar os negociadores norte-americanos e chineses a concluir um acordo nos próximos dias.
Os governos dos dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de euros de bens importados um do outro, numa guerra comercial que começou no verão do ano passado.
Em causa estão os planos de Pequim para o sector tecnológico, que visam transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.
Os EUA consideraram que aqueles planos, impulsionados pelo Estado chinês, violam os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
Em 26 de Outubro, o Governo chinês confirmou o progresso das negociações por um acordo parcial e assegurou que as consultas técnicas sobre o texto já tinham sido concluídas.
Trump descreveu o pacto como uma “primeira fase” num processo que pode ser partido em até três etapas.
Aquele acordo preliminar deveria ter sido assinado em meados de Novembro, mas as negociações têm-se arrastado, sugerindo desentendimentos entre Washington e Pequim.
A delegação do Bloomberg’s New Economy Forum, que esteve hoje no Grande Palácio do Povo, incluiu o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, o ex-secretário do Tesouro Hank Paulson ou o ex-representante comercial dos EUA Mike Froman. ANG/Inforpress/Lusa

Campanha Eleitoral


Domingos Simões Pereira promete resgatar a tradição guineense caso for eleito Presidente

Bissau, 22 Nov 19 (ANG) – O candidato ás Presidenciais apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),prometeu quinta-feira resgatar a tradição e costumes nacionais, valorizando os mais velhos, se for eleito como Chefe de Estado no dia 24 de Novembro.

Domingos Simões Pereira que falava durante um comício de campanha eleitoral, realizado no sector de Prabis, região de Biombo, pediu aos militantes do seu partido para olharem para frente e não para trás, porque o objectivo é cortar a meta, por isso pede que não escutem os insultos dos adversários porque a preocupação actual são as dificuldades que o Povo guineense enfrenta.

“São estas dificuldades que queremos combater para que amanhã seja um bom dia para a Guiné-Bissau ou seja, o da esperança e confiança para que possamos todos juntos  erguer o nosso país”, frisou

Simões Pereira disse que a partir da publicação dos resultados das eleições do próximo dia 24 de Novembro as autoridades tradicionais e os idosos vão voltar a ser recipiente do remédio para os guineenses voltarem a ser valorizados ou seja a tradição nacional voltará a ocupar o seu lugar.

O líder do PAIGC sublinhou ter recebido o símbolo de “Nimba”, que representa o poder da etnia Sussu, nas mãos do régulo de Cacine, acrescentando que, este líder tradicional lhe aconselhou que vai ser eleito Presidente da República.

“ O régulo de Cacine afirmou que o referido símbolo deve ser fixado no Palácio da República, porque actualmente ali só existe os quadros da cultura dos outros países, por exemplo da India, China, Turquia e outros”, referiu.

Domingos Simões Pereira salientou que, quando for eleito, irá colocar os símbolos de todas as etnias da Guiné-Bissau no Palácio porque são  a nossa identidade, o nosso valor e devem ser preservados.

Pereira agradeceu a moldura humana, salientando que nunca viu tanta gente num comício em Prabis, tendo dito que tem em mente todas as informações ouvidas da população  e que vai lavá-las em conta  todas  com o objectivo de resgatar, a partir do dia 24 de Novembro, as autoridades dos dirigentes do país. 

ANG/MSC/SG