quarta-feira, 20 de maio de 2020


Covid-19/ CPLP é que vai decidir sobre prolongamento da presidência rotativa – diplomacia angolana

Bissau, 20 mai 20 (ANG) – A decisão sobre o possível prolongamento da presidência rotativa da CPLP por Cabo Verde, só vai ser tomada após a reunião de embaixadores agendada para 28 de Maio em Lisboa, disse à Lusa fonte da diplomacia angolana.
“Mesmo que haja uma proposta de Angola e que Cabo Verde concorde, as decisões são tomadas pelos Estados-membros” que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse o porta-voz do ministério angolano das Relações Exteriores (MIREX), Estevão Alberto.
“É uma decisão conjunta, no multilateralismo é assim que funciona”, acrescentou.
Em causa está o possível prolongamento da presidência da CPLP por Cabo Verde para 2021, devido aos constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19, após proposta de Angola, país que deveria assumir a liderança da organização lusófona em Julho.
“Por causa dos efeitos da covid-19, Angola propôs que Cabo Verde se mantivesse na presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa [CPLP] até 2021”, disse anunciou hoje à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares.
“Angola não preside actualmente à CPLP. Portanto, cabe à presidência da organização [Cabo Verde] consultar os Estados-Membros”, sublinhou Estêvão Alberto.
O porta-voz do MIREX adiantou que está agendada para 28 de Maio uma reunião ao nível de embaixadores (Comité de Concertação Permanente), em Lisboa, onde a questão será debatida.
“Os resultados dessa reunião serão submetidos à consideração das instâncias superiores de todos os Estados-membros para a decisão”, indicou, precisando que “têm havido consultas político-diplomáticas a vários níveis” sobre esta matéria.
Numa entrevista à Televisão de Cabo Verde (TCV), Luís Filipe Tavares disse que o Conselho de Ministros Extraordinário (reunião dos chefes da diplomacia dos países lusófonos) deverá acontecer ainda este ano, em Cabo Verde, para debater a proposta de mobilidade, “se a situação da pandemia o permitir”.
“Em relação à cimeira, recebemos há poucos dias de Angola uma solicitação em como gostariam que Cabo Verde continuasse a assumir a presidência da CPLP até 2021 porque Angola diz que neste momento não tem condições, tendo em conta a pandemia e a evolução dos próximos meses em relação a esta doença”, disse Tavares.
Em Janeiro, o secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, disse à Lusa que a cimeira de chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da comunidade ficou marcada para Setembro.
Inicialmente prevista, como habitualmente, para Julho – mês em que a organização lusófona celebra o aniversário -, a cimeira de chefes de Estado e de Governo acabou por ser marcada para “02 e 03 de Setembro”, de acordo com “uma proposta de Angola nesse sentido”, disse então o embaixador português.
A cimeira de Luanda vai marcar o fim do mandato da presidência cabo-verdiana da CPLP e o início da presidência angolana.
Na altura, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse que não via constrangimentos no adiamento da cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP para Setembro, garantindo que o país faria “com prazer” mais dois meses de presidência da organização.
“O importante é que nessa cimeira, pensamos que estão criadas as condições para celebrarmos um grande momento, que é mobilidade a nível da CPLP”, afirmou o chefe do Governo de Cabo Verde.
No entanto, em Abril, já com a pandemia de covid-19 declarada, o secretário-executivo admitiu que “dificilmente” existirão condições para a realização, em Setembro, da cimeira.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano confirmou que Angola informou que “não tem condições” para realizar a cimeira nos dias 02 e 03 de Setembro.
“Mas Cabo Verde já lhes respondeu que está disponível para continuar na presidência da CPLP até Julho de 2021”, afirmou Luís Filipe Tavares, garantindo que, até lá, haverá “tempo suficiente” para verem a questão da mobilidade, cuja proposta de Cabo Verde já foi consensualizada entre os nove Estados-membros e será ratificada na cimeira de Luanda.
Os Estados-membros da organização são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infecções (1.032 casos e quatro mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (522 casos e seis mortos), Cabo Verde (328 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (246 casos e sete mortos), Moçambique (145 casos) e Angola (48 infectados e dois mortos).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infectou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. ANG/Inforpress/Lusa



                 Covid-19/Mortes aumentam para seis em 1038 infectados
Bissau, 20 mai 20(ANG) - O número de mortos devido à infecção por Covid-19 aumentou terça-feira para seis na Guiné-Bissau, em 1.038 casos da doença, segundo o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) do país.
Na conferência de imprensa diária sobre a evolução da doença no país, o coordenador do COES, Dionísio Cumba, confirmou a existência de mais duas vítimas mortais devido à Covid-19, elevando para seis o número de mortos registados no país.
O médico guineense disse também que o número de recuperados aumentou para 42, enquanto o número de infecções se manteve nos 1.038.
Dionsío Cumba precisou que nas últimas horas não foram feitas análises a amostras de casos suspeitos, aguardando-se a chegada de material de laboratório proveniente de Lisboa.
Na segunda-feira, o COES registou mais 48 novas infecções no país e não 42 como inicialmente tinha anunciado, elevando para 1.038 os casos registados com Covid-19 no país.
No âmbito do combate à pandemia, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência, até 26 de maio, e o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 no país.
Além daquelas medidas, as pessoas só podem circular entre as 07:00 e as 14:00 locais.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 318 mil mortos e infectou mais de 4,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Em África, há 2.834 mortos confirmados, com mais de 88 mil infectados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infecções (1.038 casos e seis mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (522 casos e seis mortos), Cabo Verde (335 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (246 casos e sete mortos), Moçambique (145 casos) e Angola (50 infectados e três mortos).
O país lusófono mais afectado pela pandemia é o Brasil, com mais de 16.700 mortes e mais de 254 mil infecções. ANG/Angop




     Justiça/ONU comemora prisão do “tesoureiro” do genocídio de Ruanda
Bissau, 20 mai 20 (ANG) - A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, comemorou  terça-feira a prisão na França de Félicien Kabuga, considerado o "tesoureiro do genocídio de Ruanda" de 1994, pedindo ao mundo que "localize os sete últimos acusados".

Kabuga, de 84 anos,  foi preso no último sábado perto de Paris, onde vivia sob uma identidade falsa.
"Esperamos que, graças a esse sucesso, todos os Estados redobrem os seus esforços e tomem as medidas necessárias para localizar os últimos sete acusados, para que eles também possam ser levados à justiça", disse Bachelet em comunicado, sem mencionar os nomes dos demais procurados.
A alta comissária também observou que essa prisão, "26 anos após o genocídio, ressalta o amplo alcance da responsabilidade penal internacional".
Kabuga foi acusado em 1997 pelo Tribunal Penal Internacional de Ruanda (TPIR) por sete acusações, incluindo genocídio. Também é indiciado principalmente por ter criado as milícias Interahamwe, o principal braço armado do genocídio de 1994, que causou 800.000 mortos, segundo a ONU.
Também é conhecido por ter usado a Rádio Televisão Free Thousand Hills (RTLM), presidida por ele, para reforçar o ódio étnico entre os hutus e tutsis em Ruanda.
"O caso Kabuga e os efeitos da propaganda difundida pela RTLM lembram fortemente o que esses discursos podem levar e por que é tão importante se opor a eles", disse Bachelet.
Refugiado na Suíça em Julho de 1994, antes de ser expulso, Kabuga mudou-se temporariamente para Kinshasa.
Em Julho de 1997, foi relatado que ele havia escapado de uma operação para detê-lo em Nairóbi e depois outra em 2003, segundo a organização não governamental TRIAL.
Era alvo de um mandado de prisão por parte do Mecanismo para Tribunais Penais Internacionais (MTPI), a estrutura encarregada de concluir os trabalhos do Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR).
Constituía um dos principais acusados ainda em fuga, junto com Protais Mpiranya, que dirigia a guarda do então presidente ruandês, Juvénal Habyarimana, e o ex-ministro da Defesa Augustin Bizimana.
Depois de ser entregue às autoridades judiciais francesas, Kabuga foi preso preventivamente e passará por um processo de extradição diante de uma câmara do Tribunal de Apelações de Paris. Este órgão decidirá a sua entrega ao MTPI em Haia para julgamento.ANG/RFI



Bissau,20 Mai 20(ANG) - A Polícia Judiciária guineense (PJ) deteve um cidadão de nacionalidade nigeriana considerado o cabecilha de uma rede de burla, no âmbito da: “Operação fortuna falsa”.

O burlão  foi flagrado com dinheiro de investidores nacionais estimado em cerca de 80 milhões de Francos CFA, que tinha escondido numa pasta no quarto onde dormia.

Vicente Obong Aniedi entrou na Guiné-Bissau em fevereiro do ano em curso, e iniciou a sua atividade de jogos (apostas) em dinheiro, através de uma empresa denominada “Chave do Sucesso SARL” no dia 18 de março.  

As pessoas apostavam ou investiam um valor mínimo de 20 mil Francos CFA e dizia que ganhariam uma margem de cem (100%) por cento sobre o valor investido.

A empresa está sediada na Avenida Caetano Semedo, estrada de Bôr (Zona de Caracol).  De acordo com as autoridades policiais, carece de documentos legais que a permita exercer aquela atividade.

A detenção do chefe da quadrilha e o consequente desmantelamento da rede, que burlou em mais de um bilião de Francos de CFA cidadãos guineenses e estrangeiros que residem no país, foi anunciada pela diretora nacional da Polícia Judiciária, Teresa da Silva, durante uma conferência de imprensa realizada  terça-feira.

. A diretora Nacional da Polícia Judiciária avançou que o processo já foi entregue ao Ministério Público.

A responsável da corporação policial de investigação criminal explicou à imprensa que o detido enganava as pessoas (investidores) com promessas de lucros avultados num curto período de tempo.

Um dos exemplos que podemos referir é que dizia que se se depositasse  100 mil FCFA, em uma semana poder-se-ia ter um lucro em dobro do valor depositado. No fundo, é uma burla bem montada e conseguiu enganar centenas de pessoas” assegurou Teresa da Silva, para de seguida avançar que o proprietário da Empresa “CHAVE DE SUCESSO SARL” confessou, durante o interrogatório, que a sua atividade “é mais um esquema de burla” à semelhança de vários outros que passaram no país e que vitimaram muitos e incautos guineenses.

Teresa da Silva advertiu aos cidadãos a não se deixarem enganar com  iniciativas do género, tendo frisado que o cidadão nigeriano foi detido com um valor em dinheiro estimado em quase 80 milhões de Francos CFA e que esse montante estava guardado no quarto onde morava.

 Acrescentou que a empresa em causa não tinha efetuado nenhuma movimentação bancária e que não tem nenhum franco depositado nos bancos comerciais do país.

Domingos Monteiro, diretor nacional adjunto da PJ, explicou na sua comunicação que existem empresas do género a operar num dos países da sub-região e que usam o mesmo método de burla.

“Atualmente, a empresa conta com uma bolsa de investidores enorme. Até o dia 11 do mês em curso tinha cerca de 350 investidores que depositaram no total um valor de quase 80 milhões de francos CFA. Há pessoas que investiram dez milhões e outras 14 milhões de francos CFA, esperando ganhar exorbitantes lucros”, contou para de seguida enfatizar que as transações não são feitas por via bancária.

Informou que o proprietário da empresa arrendou um quarto, onde tem apenas um colchão e que a sede da empresa é arrendada apenas para quatro meses.  Segundo Domingos Monteiro Correia, “são sinais evidentes do esquema e da intenção de fugir mais tarde”.  

Segundo o jornal, O Democrata, vários investidores depositaram dezenas de milhões de Francos com a expetativa de ganhar mais lucros.

O Democrata, citando uma fonte da PJ, refere que um funcionário de uma empresa privada depositou o dinheiro da empresa, no valor 50 milhões de Francos CFA, com o intuito de ganhar um lucro de cem por cento no período de uma semana. ANG/O Democrata


      OMS/Covid-19: Guerra diplomática entre os Estados Unidos e a China
Bissau, 20 mai 20 (ANG) - As duas maiores potências mundiais entraram em conflito na Assembleia Geral da OMS, com Pequim a reiterar o seu papel exemplar na luta contra a pandemia de Covid-19 e Washington a acusar este país de ter mentido, reiterando a ameaça de suspender os cerca de 450 milhões de dólares de quotas anuais à organização.
 Segunda-feira, no seu discurso por video-conferência na Assembleia Geral da OMS, o Presidente Xi Jingping afirmou  que a China foi totalmente transparente e responsável na gestão desta crise, "mentira", respondeu o secretário norte-americano da saúde Alex Azar, que acusou a OMS de « falta de transparência, que custou a vida a muitas pessoas ».
Ainda na segunda-feira  em carta dirigida ao director-geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, o Presidente Donald Trump reiterou a ameaça de suspender definitivamente a contribuição dos Estados Unidos à OMS - no valor de cerca de 450 milhões de dólares anuais, o equivalente a 15% do seu orçamento – e mesmo retirar o país da organização, se nos próximos 30 dias a OMS não proceder a «melhorias» significativas na sua acção e acusou ainda a OMS de «ser uma marioneta da China».
Em Abril último o Presidente Donald Trump suspendeu temporariamente a contribuição dos Estados Unidos à OMS, acusando a organização de conivência com a China, que esta segunda-feira (18/05) prometeu alocar 2 mil milhões de dólares suplementares à Organização Mundial de Saúde nos próximos dois anos.
Os 194 países membros da OMS, entre os quais os Estados Unidos e a China, adoptaram por consenso esta terça-feira (19/05) uma resolução que prevê uma "avaliação, imparcial, independente e completa"da acção internacional coordenada pela OMS em resposta à pandemia de Covid-19, no intuito de "melhorar as capacidades mundiais de prevenção, preparação e resposta face às pandemias", mas apenas "em tempo oportuno", como aliás exigia a China, ou seja só depois de travada a pandemia. 
A Assembleia Geral da OMS poderia no entanto adoptar ainda esta terça-feira, no término da reunião virtual de chefes de Estado e de governo, uma resolução inédita para declarar os futuros tratamentos ou vacinas contra o novo coronavírus como bens públicos mundiais, o que significa acessíveis a todos.
Á margem e em comunicado, o chefe da diplomacia norte-americana Mike Pompeo, condenou ainda a exclusão de Taiwan da Assembleia Geral da OMS desde 2006, depois dos 194 países membros terem decidido adiar os debates sobre a participação da ilha como país observador, como reclamado por Washington e cerca de outros 15 países.
Taiwan foi excluído de país observador da OMS em 2006 sob pressão chinesa, por recusar reconhecer o princípio da unidade da ilha face à China Continental.ANG/AFP


terça-feira, 19 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Política/ PAIGC espera convite do Presidente da República para formar novo Governo

Bissau 19 Mai 20 (ANG) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),afirmou hoje que, como vencedor das  eleições legislativas de 10 de Março 2019, conta fazer parte e assumir a governação.


Maria Odete Costa Semedo proferiu estas afirmações à saída de um encontro dos partidos com assento parlamentar com o Chefe de Estado ,tendo afirmado que, por isso, deve ser o seu partido a dirigir o próximo governo.

“Durante a audiência,  abordamos vários assuntos sobre a actual situação socio-política do país e para o efeito, vamos analisar profundamente tudo o que foi discutido com base naquilo que foi o teor da audiência de hoje”, informou.

Questionado sobre se o Presidente da República convidou o PAIGc para formar um novo Governo, na qualidade de vencedor das eleições legislativas, Odete Semedo disse que não, salientando que ainda não se chegou à esta etapa, tendo afirmado que ainda estão a analizar  questões de base.

“Analisamos a questão da Assembleia Nacional Popular a sua queda ou não e neste momento o PAIGC não tem nenhum poder para decidir sobre a matéria. Se fôssemos dado essa oportunidade a solução seria outra”, disse.

 “Ganhamos as eleições legislativas, temos um acordo de Incidência Parlamentar que levou a aprovação do nosso programa no hemiciclo e o que resta é voltáramos para a nossa casa para analisar a situação para o bem do  país, porque o PAIGC quer ser parte de solução”,disse.

Por seu turno, o Coordenador do Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15), disse que mostrou a sua disponibilidade e determinação ao Chefe de Estado de cumprir o Acordo de Incidência Parlamentar assinado entre o seu partido e o Partido da Renovação Social(PRS),  e agora com o partido Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB)

Braima Camará frisou que entregaram ao Sissoco Embaló as copias dos referidos acordos, salientando que no sistema politico guineense a dinâmica parlamentar é que determina quem governa uma vez que hoje não é segredo para ninguém que a maioria parlamentar deslocou-se.

“É preciso que as instituições funcionem uma vez que ninguém está  acima da Constituição da República. Estamos à vontade, uma vez que o nosso partido, no cenário politico actual, é o representante da maioria, em consequência da crise interna no  PAIGC”, sublinhou.

Disse que os problemas internos deste partido não podem continuar a ser um bloqueio à Guiné-Bissau, acrescentando que esperam que o Presidente da Assembleia Nacional Popular venha a ter a coragem e honestidade intelectual de ser fiel à Constituição da República e ao Regimento da ANP, agendando a discussão do programa do governo, uma vez que “ninguém tem direito de pôr em causa o mandato dos deputados”.

Jorge Malu, um dos vice-presidentes do PRS, disse que foram chamados para consultas constitucionais , e que o Chefe de Estado, como garante da estabilidade, uma das condições indispensáveis para o desenvolvimento de qualquer que seja o país, fizeram análises do último comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) .

“O Chefe de Estado chamou-nos a atenção para  tentar no máximo criar um consenso a nível dos partidos políticos para poder garantir uma boa governação. E decidimos testemunhar ao Presidente da República  que o PRS, enquanto assinante do acordo de Incidência Parlamentar, está imbuído de um espírito que o mantenha na linha de fidelidade ao acordo assinado com o  Madem-G-15 e APU-PDGB”, disse.

Na auscultação tomaram parte só  partidos com assento parlamentar, com a excepção do Partido União para a Mudança(UM). ANG/MSC/ÂC//SG


  Política/Presidente da ANP diz que o país deve sair imediatamente da incerteza

Bissau, 19 mai 20 (ANG) – O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá afirmou que o país deve imediatamente sair da situação de “indecisão e de incerteza” em que se encontra há muito tempo.

Cipriano Cassamá que falava à imprensa esta terça-feira após uma audiência com  o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló disse que. debruçaram sobre as relações que devem existir entre órgãos da soberania, sobretudo entre a Presidência e a ANP.

“Falamos nas relações que devem existir entre eu e ele para que, com certeza, possamos levar este país com mais calma possível no quadro de uma estabilidade que todos nós almejamos”, revelou Cassamá.

O líder do parlamento guineense disse esperar que o Presidente da República encontre uma solução que satisfaça aos guineenses .

Na mesma ocasião, o 1º Vice-presidente da Assembleia do Povo Unido Partido Democrático Guineense (APU-PDGB), Mamasaliu Lamba informou que a partir de hoje pode-se dizer que APU-PDGB está reconciliado com a sua direção, prometendo participar ativamente na política partidária para o bem do país.

“ A partir de hoje, estamos com toda  disposição de voltar ao nosso partido e com a garantia total da Sua Excelência de que podemos estar à vontade na nossa sede e dar a nossa contribuição para o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Só falando é que se entende e vamos a nossa casa continuar fazendo os nossos trabalhos”, sublinhou.

Perguntado sobre se alguns deputados do partido ainda continuam fiéis ao Acordo de Incidência Parlamentar assinado em 2019 com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Mamasaliu Lamba disse que hoje iniciou-se um processo de reconciliação interna no partido, acrescentando que o APU-PDGB enquanto partido democrático continuará sempre unido para o bem do país.

Aquele responsável adiantou que voltarão a conversar na sua sede e aí os deputados vão ter a oportunidade de se pronunciarem, garantindo que vão fazer tudo para acabar com a divisão interna.  

O partido APU-PDGB assinou recentemente um acordo de incidência parlamentar e governativa com o PRS e Madem G-15, para garantir uma maioria parlamentar, mas quatro deputados de sua bancada reiteraram que continuam vinculados ao acordo assinado entre o partido e o PAIGC, uma posição que põe em causa a maioria parlamentar desejada pelas três formações politicas, opostas ao PAIGC. ANG/DMG/ÂC//SG
                                                                                                                              



 Covid-19/Cafés e restaurantes de Lisboa, Roma ou Munique reabrem as portas
Bissau, 19 mai 20 (ANG) -Portugal, Espanha, Bélgica, Dinamarca, Alemanha ou Azerbaijão, entre outros países, cumpriam hoje nova fase de desconfinamento.
Em Itália a emblemática Basílica de São Pedro de Roma é também um recinto que voltou a estar acessível ao público, tal como a Acrópole de Atenas, na Grécia.
O café "espresso" está de regresso à esplanada da Basílica de S. Pedro na Itália, mas também da Acrópole, de Atenas, como um pouco por toda a Europa, com uma nova etapa do desconfinamento.
Na Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia do coronavírus, é hora de um bom "espresso" nos cafés de Roma, Nápoles ou Milão. Um momento "positivo" saboreia Elena Quercia, uma romana na praceta do Campo dei Fiori com os seus amigos.
Também é assim em Portugal, Azerbaijão, Dinamarca ou Alemanha, entre vários outros países por este mundo fora, com cafés, restaurantes ou cervejarias da Baviera reabrindo as portas. 
Em Nova Iorque, um parque de Brooklyn foi equipado com círculos gigantes para as pessoas se deitarem na relva mas respeitando o distanciamento social.
Este momento de prazer e alegria coincidia com o secretário-geral da ONU, o português, António Guterres, a declarar por videoconferência na abertura da assembleia anual da Organização mundial da Saúde, que o mundo está a pagar muito caro as estratégias divergentes de combate à pandemia.
Duramente criticado, o Presidente chinês, Xi Jinping, declarou que o mundo terá uma avaliação completa quando a epidemia for travada.ANG/AFP
   




Transportes público/Associação de Motoristas pede ao governo   autorização de circulação entre 06H00 e 18H00 horas

Bissau, 19 Mai 20 (ANG) – O Presidente da  Associação dos Motoristas Transportadores do Sector Autónomo de Bissau(AMTSAB) pediu ao governo  autorização para a circulação de transportes urbanos e mistos no período das seis de manhã às dezoito horas, a fim de minimizar os prejuízos  que os associados enfrentaram durante as diferentes etapas do Estado de Emergência decretado pelo Presidente da República, desde o passado dia 27 de Março último.

Em entrevista exclusiva à ANG, Aristides Francisco Mendes garantiu que, se o pedido for aceite todos os seus associados vão cumprir com as regras, dentre as quais a obrigação de os passageiros  lavarem as mãos e uso obrigatório das máscaras nos transportes públicos.

Disse que durante o estado de emergência todos os motoristas  ficaram sem os seus respectivos salários devido a paragem dos transportes, e lamentou  que os mesmos não têm reformas e se não produzirem receitas o patrão não tem como pagá-los.

“O carro, se ficar parado muito tempo para retomar tem que ir a oficina mecânica para a revisão porque fica com problemas, além dos documentos que podem expirar ao longo do estado da emergência,” referiu.

Aquele sindicalista pediu ao governo para tolerar os motoristas no que tange a pagamentos de taxas e impostos, pelo menos  durante dois meses para poderem arrecadar receitas e recompensar o tempo perdido.

Aquele responsável considerou que os impostos pagos pelos proprietários de transportes são muito exorbitante, principalmente  as Finanças que vária entre os cinquenta à setenta e cinco mil francos CFA, de seis em seis meses.

Aristides Mendes afirmou que a sua organização sempre cumpriu com o seu dever, mas que os associados são, constantemente, retalhados pelo governo, salientando que  pagam muitos impostos ao Estado mas durante o confinamento não receberam nenhum apoio.

“Durante o estado de emergência,  os proprietários de transportes privados, motorizadas e camiões  fazem fretes cobrando um preço exorbitante às populações, desde mil até oito mil francos por passageiros na capital ou para as regiões. Porquê que os toca-tocas, táxi e transportes mistos  não podem fazer os seus serviços,” questionou.

Denunciou que os agentes da Guarda Nacional, Polícia de  Trânsito e  da Ordem Pública estão a fazer  “cobranças ilícitas”, passando documento provisórios à  alguns motoristas para circularem pedindo-lhes contrapartidas.

O Presidente dos Motoristas do SAB aconselha ao governo  para fiscalizar a via pública e formar  agentes para saberem como abordar os utilizadores.

No âmbito de estado de emergência, em curso e pela terceira vez, devido a pandemia de coronavírus, os transportes públicos: táxis, autocarros, transportes inter-urbanos e toca-tocas foram proibidos de exercerem as suas actividades, por serem considerados fontes de propagação do Covid-19.ANG/JD/ÂC//SG


                                 Covid-19: A China diz ter resposta
Bissau, 19 mai 20 (ANG) - Investigadores chineses garantem que estão a desenvolver um medicamento capaz de curar as pessoas infectadas pela Covid-19 e oferecer a imunidade temporária contra o vírus,enquanto uma centena de laboratórios mundiais rivaliza na busca incessante de uma vacina contra o novo coronavírus,
A notícia foi avançada à Agence France Presse pelo director do Centro de Inovação Avançada de Genómica da Universidade de Pequim. Sunney Xie explica o medicamento conseguiu demonstrar que o medicamento foi bem-sucedido em testes com ratos.
«Depois de termos injectado, durante cinco dias, anticorpos neutralizantes em ratos a carga viral foi reduzida por um fator de 2.500. Isto significa que este medicamento tem potencial, tem um efeito terapêutico», refere.
O medicamento usa anticorpos produzidos pelo sistema imunitário humano de 60 doentes  recuperados depois Covid-19. É uma nova abordagem na procura de potenciais soluções para combater o novo coronavírus. Todavia, o sistema já foi utilizado em tratamentos para outros vírus, como o VIH, o ébola ou a MERS.
Sunney Xie afirma que o tratamento poderá estar disponível antes do fim do ano, a tempo de responder a um novo surto da Covid-19 no inverno.
Na Austrália e em outros países atingidos pelo novo coronavírus, já estão a ser planeados ensaios clínicos em humanos, voluntários que se ofereceram para participar nos testes, uma vez que a China regista cada vez menos casos de contágio.
O estudo que resulta desta investigação, publicado no último domingo na revista científica Cell, incita que a utilização de anticorpos providencia uma potencial "cura" para a doença e encurta o tempo de recuperação.
Se mais de uma centena de laboratórios se lançaram na procura de uma vacina, esta pode levar entre 12 a 18 meses até chegar ao mercado, advertiu a Organização Mundial da Saúde. Um tratamento à base de anticorpos poderá ser mais rápido a chegar ao mercado.
Na China, mais de 700 pacientes receberam o plasma de convalescença, uma técnica que, segundo as autoridades sanitárias, está a produzir «bons resultados».
Porém, admite Sunney Xie, a quantidade de plasma existente «é muito limitada». Enquanto os 14 anticorpos utilizados na pesquisa poderão ser rapidamente reproduzidos à escala global.
«Nós poderemos acabar com a pandemia com um tratamento que funcione, mesmo sem vacina», defende Xie. ANG/AFP




     Timor Leste/Maioria de deputados elege novo presidente do parlamento
Bissau, 19 mai 20 (ANG) - Uma maioria de 40 deputados elegeu hoje Aniceto Guterres, da Fretilin, numa votação irregular, como novo presidente do Parlamento Nacional timorense, numa sessão plenária convocada pelos vice-presidentes do órgão.
A votação, que ficou marcada pela terceira intervenção de agentes policiais, ocorreu depois do presidente Arão Noé Amaral ter sido destituído do cargo com deputados do CNRT a gritar: "ilegal" e "assalto ao poder".
A maioria acabou por concretizar o objectivo de substituir o presidente do parlamento.
A eleição de Aniceto Guterres, com os votos favoráveis dos deputados da Fretilin, PLP, KHUNTO e de quatro dos cinco deputados do PD, implica o regresso ao cargo que ocupou em 2017 e 2018, até à dissolução do parlamento nesse ano.
À saída do parlamento, em declarações à Lusa, Aniceto Guterres chamou a si a legitimidade "de um apoio de 40 dos 65 deputados".
Questionado sobre a legalidade da eleição, Aniceto Guterres disse que foi legal e legítima e que se o CNRT e o presidente do parlamento Arão Amaral não concordarem que recorram à justiça.
Aniceto Guterres acrescentou que a primeira acção como presidente vai ser convocar para quinta-feira uma conferência de líderes das bancadas "para pôr o parlamento a funcionar".
Pelo segundo dia consecutivo, o parlamento timorense viveu momentos de tensão, que se agravaram quando deputados do CNRT viraram ao contrário a mesa do presidente do órgão, tendo sido necessário reforço policial para manter a ordem.
A tensão começou quando a vice-presidente do parlamento tentou ocupar a zona da mesa para abrir o plenário, considerando ter legitimidade para o fazer por o presidente Arão Noé Amaral não ter convocado o plenário.
Vários deputados convergiram na zona da mesa do parlamento, com deputados do CNRT a virarem a mesa de Arão Noé Amaral (do mesmo partido) para impedir o início do plenário.
Num cenário de gritos e empurrões, com deputados de vários partidos a subirem à zona da mesa, agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) acabaram por ocupar a zona da mesa.
Em causa está um requerimento assinado pelos deputados da maioria votou a destituição de Arão Amaral e que devia, segundo o regimento, ter sido debatido no plenário num prazo de cinco dias.
Esse prazo já passou, mas a sessão ainda não foi agendada e Arão Noé Amaral voltou a rejeitar a realização, sendo esta a terceira semana consecutiva sem plenários.
Na sexta-feira os três partidos acusaram Arão Amaral de crimes de "abuso de poder, contra o Estado e de subversão" por paralisar o funcionamento parlamentar, nomeadamente por não agendar, como previsto no regimento, um pedido da sua destituição apresentado no início de maio.
A maioria pediu à vice-presidente Angelina Sarmento, que conduza a plenária, tendo Arão Amaral considerado hoje que esse ato é uma tentativa de assalto ao poder que viola a constituição, a lei de organização, funcionamento e administração do parlamento, ao código penal e ao regimento do parlamento".ANG/Angop