quarta-feira, 17 de agosto de 2022

        Sudão/Número de mortos por mau tempo e inundações  sobe para 75

 Bissau, 17 Ago 22(ANG) – O número de mortos por chuvas torrenciais e inundações que atingiram recentemente o Sudão subiu para 75, disse o Conselho Nacional de Defesa Civil do país na terça-feira.

Trinta pessoas também ficaram feridas, enquanto 12.551 casas foram destruídas e outras 20.751 danificadas durante as chuvas, disse o conselho em comunicado, citado pela Xinhua.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) divulgou um relatório no domingo dizendo que cerca de 38.000 pessoas foram afectadas pelo mau tempo e inundações desde o início da estação chuvosa no Sudão.

O Sudão sofre frequentemente inundações causadas por fortes chuvas entre Junho e Outubro. ANG/Inforpress/Xinhua

Saúde Pública/Primeira vacina contra a malária do mundo vai beneficiar milhões de crianças (Unicef)

Bissau, 17 Ago 22(ANG) – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou na terça-feira que a empresa farmacêutica britânica GSK ganhou um contrato para produzir a primeira vacina contra a malária do mundo para proteger milhões de crianças.

Segundo a Xinhua, este contrato histórico, no valor de US$ 170 milhões, vai disponibilizar 18 milhões de doses da vacina RTS,S nos próximos três anos, potencialmente salvando milhares de vidas jovens a cada ano.

As crianças com menos de cinco anos ainda estão entre as mais vulneráveis ​​à malária. Em 2020, quase meio milhão de meninos e meninas morreram da doença apenas na África – isso é uma morte a cada minuto.

Etleva Kadilli, directora da divisão de suprimentos do Unicef, disse que este facto envia uma mensagem clara aos desenvolvedores de vacinas contra a malária para que continuem seu trabalho.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 países têm áreas com transmissão moderada ou alta de malária e a vacina pode oferecer protecção adicional a mais de 25 milhões de crianças a cada ano, caso a oferta aumente.

A vacina contra a malária RTS,S, resultado de 35 anos de pesquisa e desenvolvimento, é a primeira vacina contra uma doença parasitária.

ANG/Inforpress/Xinhua

       India/Escândalo com a libertação de gangue de violadores no Gujarat

 Bissau, 17 Ago 22 (ANG) - Um gangue de violadores e de assassinos beneficiaram de um indulto no Gujarat, na Índia, e o caso está a provocar um escândalo. 

Para festejar os 75 anos da independência indiana, o Governo tinha decidido libertar alguns prisioneiros, com excepção para os violadores. Essa excepção para esse gangue tem estado a chocar a população e a oposição tem manifestado também o seu descontentamento.

A consternação está à altura das promessas que foram feitas. O Primeiro-ministro Narendra Modi, na sua mensagem à Nação, tinha apelado ao fim da “humilhação das mulheresOra nesse mesmo dia, o gangue dos violadores foi libertado no Estado de Gujarat.

O gangue é composto por onze homens, condenados a prisão perpétua por terem violado Bilkis Bano, muçulmana grávida na altura, e pelo assassínio de sete membros da família dessa mesma mulher.

A mulher, que sobreviveu, mas perdeu o bebé, era um dos símbolos das vítimas de agressões anti-muçulmanas no Gujarat em 2002. A libertação desse gangue foi uma verdadeira bomba mediática.

O Partido do Congresso já exigiu que «o Governo de Gujarat volte atrás na decisão, ou que Narendra Modi volte atrás nas suas palavras». Quanto ao Partido Comunista declarou, nas redes sociais: «Eis a Nova Índia – Os assassinos e violadores são libertados e os activistas presos».

O Governo de Gujarat afirma que estes homens não foram indultados devido às medidas do Governo central. Na internet, várias pessoas publicam vídeos em que o regresso a casa desse gangue é festejado com flores e com rebuçados. ANG/RFI

 

 

 

   Crimeia/Explosão numa base russa, um acto de sabotagem para Moscovo

Bissau, 17 Ago 22 (ANG) - Uma central eléctrica, uma via férrea, várias casas e uma base russa foram atingidas na terça-feira de manhã com a deflagração de incêndios.

As autoridades russas falam em sabotagem sem que os autores fossem identificados.

Segundo o Ministério russo da Defesa, o incêndio começou num depósito de munições numa cidade a dez quilómetros de Djankoi, maior cidade dessa região, no norte da Península da Crimeia. Duas pessoas ficaram feridas nesse incêndio.

A via férrea ficou danificada e vai perturbar o regresso das pessoas que estavam de férias. Desde já nenhum comboio estará activo nessa zona nesta quarta-feira.

Apesar da via férrea estar reparada, segundo as autoridades russas, não será utilizada por enquanto, e autocarros vão repatriar as pessoas que querem regressar à Rússia.

A Crimeia, anexada em 2014 pela Rússia, também serve neste momento de base para as forças russas que combatem na Ucrânia.

As explosões podem provocar alguns problemas na logística das forças armadas russas.

Na semana passada, uma base militar russa em Saki, no Sul da Península da Crimeia, também foi danificada com um incêndio e várias explosõesEsses incidentes fizeram um morto e vários feridos.

Segundo as autoridades russas esses incidentes foram provocados por negligência.

Moscovo não nomeou os culpados, mas os ucranianos mantêm uma certa ambiguidade. Aliás as autoridades ucranianas pedem aos cidadãos que se mantenham longe das instalações militares russas devido às explosões. Segundo informações recolhidas, várias pessoas tentam sair da Crimeia.

Recorde-se que veículos lança-roquetes foram entregues à Ucrânia e têm uma capacidade para atingir alvos a cerca de 80 quilómetros, no entanto a Ucrânia garantiu que não vai atacar o território russo… mas o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lembrou que a Crimeia é ucraniana.ANG/RFI

 

 

Mali/ Analista descreve como “complexa” situação do país com a junta militar a "falhar completamente" no combate ao terrorismo

Bissau, 17 Ago 22 (ANG) - As forças francesas da operação Barkhane abandonaram esta semana o Mali após quase 10 anos de presença gaulesa e  Rui Neumann, jornalista e membro do Observatório Político em Lisboa e do Institut de Relations Internationales et Stratégiques em Paris, antecipa uma situação "complexa" para este país actualmente liderado por uma junta militar "que está a falhar na gestão do país".

"Para o Mali vai ser uma situação de grande complexidade apesar de a junta militar, chefiada pelo coronel Assimi Goïta, estar a seguir uma linha de conduta de certa forma devido à nova parceria com a Rússia, mas também a seguir a vontade popular. O Mali nestes dois últimos golpes de Estado desenvolveu um fenómeno de populismo e uma radicalização da opinião pública que também empurraram a França para fora do território maliano", disse Rui Neumann.

Após quase 10 anos de intervenção no terreno, os terroristas que em 2013 ameaçavam Bamako espalharam-se a outros países, fixando-se no Norte do país e também no Niger, no Burkina Faso, no Benim, no Gana, Togo ou Costa do Marfim. Esta nova geografia vai levar a uma adaptação da presença francesa no Sahel, que apesar de já não estar no Mali, vai continuar a combater os jihadistas.

"A operação Barkhane vai ter de rever completamente a sua forma de operacionalidade porque estava concentrada, o epicentro deixa de ter sentido já que estava no Mali. A França certamente que já redefiniu a nova estratrégia, Emmanuel Macron já tinha dado sinais desta nova doutrina, ou seja entrar uma segunda cintura de combates com estes insurgentes", explicou o jornalista.

Assim, mais do que soldados na região, a França vai possilvemente optar por mais ataques aéreos e operações de informações, movendo os seus militares para o Niger, Chade e Burkina Faso.

Ao mesmo tempo, a situação no Mali é instável com Rui Neumann a duvidar da capacidade das tropas malianas de enfrentarem a ameaça terrorista sozinhas já que têm pela frente jihadistas "extremamente experientes". Quanto à situação social, Rui Neumann diz que a situação de aparente apoio popular à junta pode mudar, especialmente se os malianos não tiverem melhorias a nível económico e se sentirem seguros, podendo originar assim um novo golpe de Estado.

"Tanto o Presidente como o Governo maliano estão a falhar completamente nesse combate e, por vezes há um efeito boomerang, ou seja, a população apoia de uma forma quase radical a coragem da junta militar de expulsar a França, mas quando a mesma junta não responde às situações concretas quer sejam económicas ou de segurança, isso pode levar ao regresso do boomerang e resultar num golpe de Estado", indicou Neumann. ANG/RFI

 

 

 

 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Sociedade/ Governo promete acompanhar implementação do Projecto de Paz “Kassumaiaku”


Bissau, 16 Ago 22 (ANG) - O Secretário de Estado da Juventude e Formação Profissional reiteirou o engajamento do Governo através do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto de acompanhar a Juventude e neste caso o projecto de Paz “Kassumaiaku”, para que
  tenha impactos positivos nas regiões onde vai ser implementado.

Agostinho N´tante Djú que falava hoje durante a apresentação do Projecto da Paz “Kassumaiaku”, da autoria da cidadã guineense, Lizidória Mendes, sustentou  que vive-se momentos muito criticos, com desafios globais que ameaçam seriamente a paz e estabilidade das nações.

Neste contexto,segundo Djú, os jovens e as mulheres que constituem a maioria da população, podem jogar um papel fundamental na consolidação da paz e coesão nacional, através da superação dos desafios, criação de projectos  para mudanças positivas num  país.

“Por exemplo, além de incentivar a participação ativa da comunidade podem contribuir para a formação de futuros líderes.

Para o Vice-presendente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Victorino Indeque, o Kassumaiaku vai reforçar  muitos outros projetos de paz, nomeadamente  “ No Sunha paz” e “ No kudji paz”, que  visam promover o fim do extremismo violento e contribuir para a consolidação da paz e coesão nacional, através do reforço da participação civica, trabalho em rede e estabelecer parceria estratégicas entre as organizações da sociedade civil e as instituições do Estado.

Indeque sublinhou  que a Guiné-Bissau é fustigada pelas recorrentes instabilidades politicas e social desde a sua independencia , situação agravada pelo conflito politico militar de 1998, pondo o país numa situação de vulnerabilidade.

“Para ter a paz precisamos de reconhecer, publicamente, que no passado fizemos coisas condenáveis, e comprometermos que nunca mais vamos repetir os mesmos erros e que todas as divergência e contradições entre as forças vivas da nação serão dirimidas através de um diálogo franco e aberto ou pela  justiça”, disse Victorino Indeque.

O projecto de paz “ kassumaiaku” foi hoje apresentado em Bissau e conta com parceria da União Europeia e visa promover a paz como uma via sustentável para o desenvolvimento. ANG/LPG/ÂC

Transportes terrestres/Diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres considera de positivo a “Operação Stop” realizada na semana passada

Bissau,16 Ago 22(ANG) – O Diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres, considerou de positiva a “Operação Stop”, levada a cabo pelas entidades lidadas  à segurança rodoviária, entre os dias 11 e 12 do corrente mês, em Bissau.

Em conferência de imprensa realizada hoje, André Deuna afirmou que a referida operação obrigou aos proprietários das 453 veículos a recorrerem a Agência de Seguros Guinebis para regularizarem os seus pagamentos.

Segundo Deuna, proprietários de 247 veículos viram-se obrigados a pagar Seguros junto da Agência seguradora Nsia, 562 tiveram que pagar as taxas do  Fundo de Conservação Rodoviária e 62 pagaram a Contribuição Industrial na Direcção Geral de Contribuições e Impostos.

Ainda como efeitos dessa operação contestada pela Federação de Motoristas,Deuna acrescentou que o Centro de Inspeção de Automóveis recebeu 247 veículos, 21 foram pagar  licenças de Circulação  e que 111donos de viaturas  pagaram o Título de Registo de Propriedade.

O Diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres nega que os seus serviços estejam a violar o Memorando de Entendimento assinado com a organização de motoristas, em 2018, no que se refere ao pagamento de multas.

 Deuna sustenta que  nenhum utente rodoviário é obrigado a pagar  coimas nas vias públicas, e afirma que  todos os pagamentos são efetuados no Tesouro Público.

“Ouvimos as ameaças proferidas pelos responsáveis da Federação de que a próxima greve que irão convocar ficará na história. Que fiquem avisados de que   doravante a autoridade do Estado será aplicada contra os perturbadores da ordem”, referiu Deuna.

Aquele responsável disse ainda que, doravante, o Estado vai passar a pôr ordens em todos os Terminais de Transportes Públicos ao nível nacional, porque os referidos espaços não pertencem aos motoristas.

André Deuna acusou ainda Aos motoristas de estarem a especular os preços de transportes fixados pela Direção-Geral de Viação, tendo prometido banir a referida prática.

Anunciou  que vão desencadear uma nova “Operação Stop”, numa data a anunciar, e que será alargada ao  interior do país, com a finalidade de  acabar, de vez, com a circulação de viaturas sem documentos legais. ANG/ÂC//SG

   Kiev/Primeiro navio da ONU com cereais para África parte de porto ucraniano

 

Bissau, 16  Ago 22(ANG) – O primeiro navio humanitário fretado pela ONU para transportar cereais ucranianos deixou hoje o porto de Pivdenny, para África, com cerca de 23.000 toneladas, anunciou o Ministério das Infra-estruturas da Ucrânia.

“Esta manhã, o cargueiro partiu para o porto de Djibuti, onde a comida será entregue à chegada aos consumidores na Etiópia”, escreveu o ministério na plataforma de mensagens Telegram.

O navio foi fretado pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.

O ministro das Infraestruturas ucraniano, Oleksander Kubrakov, disse esperar que “mais dois ou três” navios fretados pela ONU partissem em breve.

Este é o primeiro carregamento de ajuda alimentar a deixar a Ucrânia desde que foi assinado em Julho por Kiev e Moscovo um acordo de exportação de cereais ucranianos, bloqueado devido à guerra entre os dois países.

O primeiro navio comercial partiu no dia 01 e mais de 15 navios no total deixaram a Ucrânia desde a entrada em vigor do acordo, segundo as autoridades ucranianas, mas nenhuma carga humanitária da ONU tinha ainda zarpado.

A Ucrânia e a Rússia estão entre os maiores exportadores mundiais de cereais, cujos preços dispararam desde o início da guerra.

De acordo com o Programa Alimentar Mundial, um número recorde de 345 milhões de pessoas em 82 países estão agora em grave insegurança alimentar, enquanto até 50 milhões de pessoas em 45 países estão em risco de morrer à fome sem assistência humanitária. ANG/Inforpress/Lusa

Birmânia/Líder do governo deposto Aung San Suu Kyi condenada a mais seis anos de prisão

Bissau, 16 Ago 22 (ANG) - Aung San Suu Kyi, ex-dirigente birmanesa, foi condenada nesta segunda-feira (15) a mais seis anos de prisão no âmbito de um processo movido pela junta militar, julgado como “politico” pela Comunidade Internacional.

Com esta condenação, a Prémio Nobel (Paz) de 77 anos – que já tinh
a sido condenada por um total de 11 anos de prisão –, foi considerada culpada por 4 casos de corrupção que elevam a sua pena a 17 anos de cadeia. Porém, esta pena pode aumentar devido à quantidade de processos que ainda estão por julgar, que podem acrescentar algumas dezenas de anos de reclusão para a líder do governo deposto.

Em Fevereiro de 2021, Aung San Suu Kyi foi presa durante um golpe de estado levado a cabo pelo comandante-chefe das forças armadas, Min Aung Hlaing, e foi levada para a prisão de Naypyidaw – onde se encontram centenas de deputados – no final de Junho.

O estabelecimento prisional, onde a antiga Conselheira de Estado permanece em isolamento, também é palco do processo movido no ano passado pela junta a portas fechadas.

Os legisladores indicados pela junta apertaram o “cerco” contra as pessoas próximas à condenada, ao proibirem que os advogados comuniquem com a imprensa e organismos internacionais.

Não obstante, fontes próximas ao processo afirmam que a dirigente apresentava um “bom estado de saúde” no início da leitura do julgamento desta manhã.

Esta condenação soma-se à lista de processos que ainda estão por julgar.

Além da acusação de corrupção, Suu Kyi enfrenta outros processos por violação da lei sobre os segredos de Estado, por suposta fraude eleitoral e por sedição, todas passíveis de penas consideráveis à luz da constituição birmanesa.

No final de Abril, a activista foi condenada a cinco anos de prisão em virtude da lei anticorrupção, por ter recebido cerca de 600 mil dólares e mais de 11 quilos de ouro por parte do antigo ministro e governador da região de Rangum. Soma-se outra condenação pela importação e posse ilegal de “walkie-talkies”, por uma suposta violação das restrições ligadas à COVID-19 e incitação ao desacato público.

Outras figuras do governo e pessoas próximas a San Suu Kyi também foram condenadas.

Nang Khin Htwe Myint, chefe do gabinete ministerial, foi condenada a 75 anos de cadeia e Phyo Zeya Thaw, deputado e artista, foi condenado à morte e executado no final de Julho.

Vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991, Aung San Suu Kyi é uma figura ilustre do seu país. Conhecida pela sua posição "pró-democracia", esteve presa por cerca de 15 anos durante os regimes militares anteriores.

Esta detenção provocou uma onda de manifestações violentas por todo o país. Até ao momento, cerca de 2100 civis foram mortos pelas forças de segurança e mais de 15 000 pessoas foram detidas, de acordo com organizações de direitos humanos locais. ANG/Angop

             Afeganistão/Mais de 80 jornalistas detidos e torturados

Bissau, 16 Ago 22 (ANG) - Mais de 80 jornalistas foram presos e torturados no Afeganistão no espaço de um ano, desde que os talibãs regressaram ao poder, por relatarem protestos pacíficos, revela a Amnistia Internacional (AI) num relatório publicado esta segunda-feira.

Segundo a AI, só em Maio e Junho, o Comité para a Protecção dos Jornalistas registou 11 detenções no Afeganistão, refere a organização de defesa dos direitos humanos, que denuncia "impunidade generalizada" para crimes como tortura e assassinatos por vingança.

No último ano, mais de 80 jornalistas foram presos e torturados por relatarem protestos pacíficos e o Afeganistão ocupa agora o 156.º lugar entre 180 países no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), uma deterioração significativa face ao seu 122.º lugar em 2021.

"O que se seguiu ao fatídico dia de 15 de Agosto de 2021 (dia em que os talibãs voltaram ao poder, após a retiradas das forças internacionais) é uma crise de direitos humanos numa escala sem precedentes", aponta a AI num relatório documentado com entrevistas e fotografias.

"Fui espancado e chicoteado com tanta força nas pernas que não conseguia suportar ... A minha família assinou um documento prometendo que não falaria sobre o que me aconteceu após a minha libertação. Se o fizesse, os talibãs teriam o direito de prender toda a minha família", relatou um jornalista citado pela AI.

A Amnistia, segundo o site notícias ao minuto, considera que os meios de comunicação social do país e a liberdade de imprensa foram esmagados por uma combinação das restrições impostas pelos talibãs mas também pela crise financeira precipitada pela vitória do grupo.

Um inquérito coordenado pela RSF concluiu que 43 por cento dos órgãos de comunicação social tinham desaparecido três meses após a captura de Cabul pelos talibãs.

Cerca de 84% das mulheres jornalistas e 52% dos trabalhadores dos media do sexo masculino perderam o emprego durante este período, mostra o inquérito.

Em 19 de Setembro de 2021, o Centro de Comunicação e Informação do Governo emitiu um despacho contendo uma formulação vaga que proíbe os jornalistas de publicarem histórias "contrárias ao Islão" ou "insultos às figuras nacionais" e desde então foram impostas outras 11 regras restritivas ao jornalismo.

No relatório "O regime dos Talibãs: Um Ano de Violência, Impunidade e Falsas Promessas", a AI apela aos talibãs para que parem imediatamente de cometer violações e crimes graves em matéria de direitos humanos e pede à comunidade internacional que tome "medidas significativas" para os responsabilizar pelos crimes cometidos. ANG/Angop

Quénia/Protestos violentos  pela vitória de William Ruto que líderes africanos já felicitam

Bissau, 16 Ago 22(ANG) – Protestos, por vezes violentos,
eclodiram hoje em alguns pontos no Quénia, após o anúncio da vitória nas eleições presidenciais de 09 de Agosto do vice-presidente cessante, William Ruto, a quem líderes africanos já felicitaram.

Aos 55 anos, William Ruto foi declarado vencedor pelo presidente da comissão eleitoral com 50,49% dos votos, contra 48,85% do seu rival, Raila Odinga.

Os protestos eclodiram em vários bairros da capital Nairobi, como Mathare, Kayole e Kibera. Pneus foram incendiados para bloquear ruas e jovens atiraram pedras enquanto outros sopravam em vuvuzelas e assobios.

“O voto de Baba” (“pai”, em Suaíli, a alcunha dada pelos seus apoiantes a Raila Odinga) “foi roubado”, denunciou Emmanuel Otieno, taxista de motocicleta.

Em Kisumu (oeste), outro reduto do veterano político queniano de 77 anos, os protestos eclodiram e foram dispersos por gás lacrimogéneo.

Embora o país tenha permanecido calmo até agora, apesar da espera de dias pelos resultados, o ambiente tornou-se tenso segunda-feira e a polícia foi destacada em algumas zonas do país, abaladas no passado por protestos e violência pós-eleitoral por vezes mortal.

“O governo deve ouvir. Ele tem de refazer as eleições. Raila Odinga deve ser Presidente”, disse Isaac Onyango, de 24 anos, à France-Presse (AFP), com os olhos irritados com o gás lacrimogéneo disparado pela polícia para dispersar a multidão.

Noutros locais, milhares de quenianos saíram às ruas para festejar a vitória do vice-presidente cessante, como em Eldoret, no Vale do Rift.

Milhares de pessoas reunidas durante horas em frente a um ecrã gigante festejaram no segundo em que foram pronunciadas as palavras “sete milhões de votos”.

“É um dia fantástico! Sinto-me muito feliz, muito orgulhoso. Este país precisava de mudança”, disse James Kipror, 32 anos, à AFP.

Alguns líderes de países africanos, como a Etiópia, a Somália ou Zimbabué, felicitaram já o novo Presidente eleito do Quénia.

“Os meus parabéns a William Ruto pela sua eleição como Presidente da República do Quénia”, disse o primeiro-ministro da vizinha Etiópia, Abiy Ahmed, na sua conta no Twitter, pouco depois da publicação dos resultados eleitorais.

Na mesma rede social, o Presidente da vizinha Somália, Hassan Sheikh Mohamud, deu as suas “mais sinceras felicitações” ao Presidente eleito por “se tornar o quinto Presidente do Quénia”.

O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, escreveu no Twitter as suas “felicitações” a Ruto e disse não ter “dúvidas de que servirá o seu país, o seu povo e o continente [africano] com distinção”.

Todas as eleições presidenciais no Quénia têm sido disputadas nas ruas ou em tribunal desde 2002.

Em 2007-2008, a contestação dos resultados por Raila Odinga levou a confrontos intercomunitários que fizeram mais de 1.100 mortos e centenas de milhares de deslocados, os piores confrontos pós-eleitorais desde a independência do Quénia em 1963. ANG/Inforpress/Lusa


Sociedade
/Apresentado hoje em Bissau Projecto da paz “Kassumaiaku” da autoria da Lizidória Mendes

Bissau, 16 Ago 22 (ANG) – O Projecto da paz, denominado “Kassumaiaku” que ficou na segunda posição do “Concurso Internacional  de Exelência em Liderança Feminina”, realizado no passado dia 18 Fevereiro, na Costa de Marfim, foi hoje apresentado em Bissau

“Kassumaiaku” da autoria de Lizidória Mendes, é um projecto de advogacia para promoção da paz, consolidação e sua construção na Guiné-Bissau, com o objectivo de promover a paz como uma via sustentável para o desenvolvimento.

O projecto terá a duração de 10 meses e vai ser implementada em três regiões: Bissau, Bafatá e Cacheu.

“Pretende-se ainda promover a mudança na dinâmica do uso das redes sociais e té-las como instrumento de promoção da paz e da educação, para uma comunicação não violenta”, disse Lizidória.

Kassumaiaku conta com a parceria da União Europeia, representada na cerimónia pela Embaixadora Sónia Neto.

Segundo a diplomata, a paz e segurança serão  prioridades na programação  2021-2027 da UE para a Guiné-Bissau, que pretente aproximar a segurança e  justiça aos cidadãos, reforçando as instituições do Estado de direito.

“Tal como  “Kassumaiaku”, a União Europeia promove o papel das mulheres na prevenção e resolução de conflitos, negociações de paz e manutenção da paz”, realçou Sónia Neto.

Segundo Sonia Neto, a mulher guineense desempenha um papel fundamental no processo da construção e consolidação da paz,para além da sua posição social, enquanto promotor do diálogo permanente nas suas comunidades.

ANG/LPG//SG

 

 
Tempo/INM prevê fraca chuva moderada com vento fraco  de até 15 km/h para as próximas 24 horas

Bissau, 16 Ago 22 (ANG) – O Instituto Nacional da Meteorologia (INM) prevê  chuva fraca, por vezes moderada, com fraco vento de quadrante Sul com velocidade de até 15 km/h no continente e moderado no  Noroeste, no mar até 25 km/h para as próximas 24 horas.

A informação consta no Boletim Meteorológico de previsão do tempo número 225/2022 do Instituto Nacional da Meteorologia, elaborado segunda-feira, dia 15 de Agosto,à que a ANG teve acesso hoje.

No boletim,o INM  informa que a visibilidade do tempo será boa (igual ou superior à 10 km) mas reduzida no momento da chuva (inferior à 7 km).

As temperaturas màximas nas zonas Centro, Norte e Leste vão variar de 30° C (em Bissau) à 33° C ( em Bafatá e Farim) e as mínimas de 23° C (em Farim, Bafatá, Gabú e Pirada, Buruntuma e Madina de Boé) à 25° C (em Bissau).

Nas zonas Sul e Ilhas, as temperaturas  vão atingir  máximas de 28° C (em Bubaque) à 32° C  em (Buba) e as mínimas vão variar  entre 23° C (em Buba) à 25° C (em Bolama e Bubaque).

Segundo o boletim, o estado do mar vai ser pouco agitado com ondulação de Noroeste até (1,5) metros de altura, ANG/MI/ÂC//SG


Saúde Militar
/Estado-maior General das Forças Armadas capacita elementos da Polícia Militar em matéria de saúde operacional

Bissau, 16 Ago 22(ANG) – O Estado-maior General das Forças Armadas(CEMGFA),  promoveu hoje uma acção de capacitação de 15 elementos da Polícia Militar(PM) na área de saúde  operacional, da emergência  e socorro em combate , e terá duração de quatro dias.

Na cerimónia de abertura do acto,  em representação do CEMGFA, Samuel Fernandes disse que o curso de socorro é de “suma inportância”  sobretudo quando “eles” enquanto soldados ou tropas devem estar empenhados numa missão onde podem sofrer qualquer lesão ou atingidos por bala inimiga.

 Segundo  o Chefe de Divisão de Saúde Militar, Quinhim Nantote, as Forças Armadas têm uma estrutura de saúde chamada  de operacional que é instalada  na linha de frente  e que difere  da saúde pública em termos de atendimento.

Quinhim Nantote disse não se tratar de preparação de  técnicos para a guerra, mas sim, para para uma missão de paz ou para socorrer a população em qualquer altura.

Aquele responsável  disse que a referida formação será alargada para todas as unidades militares, paramilitares, confissões religiosas e a sociedade civil,  em todo o pais.

Esta é a primeira formação dos militares guineense na matéria da saúde operacional fruto de acordo  de cooperação no domínio ajuda  militar solidária com as Forças Armadas portuguesas. ANG/JD/ÂC//SG

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Transportes terrestres/Federação de Motoristas pede demissão do ministro dos Transportes e Comunicações

Bissau,15 Ago 22(ANG) – O presidente do Conselho de Representantes das Associações de Motoristas  pediu hoje a demissão do ministro dos Transportes e Comunicações e do Diretor-geral da Viação e Transportes terrestres aos quais responsabilizam pela realização da “Operação Stop”, durante três dias.

Em conferência de imprensa realizada hoje, em reação a “operação stop” levada a cabo na semana passada, Abubacar Djaló  criticou  que a desorganização que se verifica no sector dos transportes terrestres se deve a culpa dos  dois responsáveis.

“Avisamos ao Presidente da República que, se não demitir o ministro dos Transportes e o Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres, vamos desencadear uma greve nunca vista no sector dos transportes, para exigir os nossos direitos”, disse Djaló.

Aquele responsável afirmou que já reuniram Conselho Diretivo da Federação e que este órgão já deu aval para se avançar com um Pré-Aviso de greve que durante a sua vigência não haverá nenhuma negociação.

O Secretário-geral da Federação, Caram Cassamá negou que a “Operação Stop” esteja a ser levada a cabo por todas as instituições ligadas à segurança rodoviária, contrariando afirmações de Maninho Fernandes, vice-presidente da Comissão Técnica de Automobilismo, da Direção-geral da Viação e Transportes Terrestres.

Cassamá disse que na referida operação, participam apenas três instituições, nomeadamente a Direção-geral da Viação e Transportes Terrestres, a Brigada da Guarda Nacional e da Polícia de Trânsito.

Informou que, em nenhuma legislação do país no sector dos transportes existe de que as Alfândegas devem participar nas ações de fiscalização nas estradas.

Acrescentou que há dois meses, os agentes do Fundo Rodoviário e das Finanças haviam saído às ruas para fazer as suas respectivas cobranças.

Na quinta-feira passada, com o início da Operação Stop, a Federação Nacional das Associações dos Transportes Terrestres orientou os seus associados para que parassem as suas viaturas em casa enquanto estivesse em curso a referida operação.

O que dirigentes da Federação dizem ser “um boicote” à Operação Stop levada a cabo pelo Governo, serviu de protesto ao alegado incumprimento, por parte do Governo, do memorando de Entendimento assinado em 2018.

No referido Memorando consta entre outros, o compromisso de  realização conjunta de “Operações Stop”, de três em três meses, a diminuição de postos de polícias nas estradas e a criação de um “Guichet único” para pagamento de todas as multas aplicadas aos motoristas. ANG/ÂC//SG

        Obituário//Sepultados  restos mortais do ex-ministro Abubacar Baldé

Bissau, 15  Ago 22(ANG) – O Secretáriado Nacional  do Partido  Africano da Independência da Guiné e Cabo do Verde (PAIGC) endereçou  condolências à família  do ex-ministro do Interior,Abubacar Baldé,cujos restos mortais foram a enterrar no    domingo na sua residência, no Alto Bandim, em Bissau.

Abubacar Baldé, lider fundador do Partido UNDP, faleceu no passado dia 8 de Agosto, na cidade do Porto, Portugal, aos 71 anos de idade, vítima de doença prolongada.

Segundo a nota de condolência do PAIGC, à que a ANG teve acesso,o malogrado aderiu ao partido nos finais do ano 70 , na tenra idade logo nos primórdios da Luta Armada, e foi um dos primeiros responsáveis do partido na Administração do Estado guineense.

“Após a indepenndência, o falecido dirigiu empresas emergentes como a FARMEDI e Estrela do Mar, tendo  se revelado como um economista e administrador competente e um responsável sério e íntegro no exercício das suas funções”, refere a Nota..

Bubacar Baldé após ter sido designado nos anos 80 e 90 Secretário-geral nos Ministérios das Pescas e Obras Pública, seria sucessivamente nomeado nos governos do PAIGC para funções de Ministro do Interior, da Função Pública e do Comércio e mais tarde, “devido a sua grande experiência nos domínios técnico-administrativo”, foi convidado a assessorar os presidentes Kumba Yalá, Malam Bacai Sanhá e Serifo Nhamadjo.  ANG/JD//SG

Justiça/PGR nega haver pressão  das  autoridades judiciais militares para a  transferência do caso 01 de Fevereiro para a promotoria militar

Bissau, 15 Ago 22(ANG) -  A Procuradoria Geral da República (PGR) nega, em comunicado, as  afirmações do advogado Marcelino Intupé, segundo as quais  as autoridades judiciárias militares estão a pressionar o Ministério Público para que transfira  o caso  01 de Fevereiro do ano em curso para A promotoria militar.

“O advogado de algumas pessoas acusadas de tenattiva de golpe de Estado de 01 de Fevereiro, tenta manipular a opinião pública para obter ganhos inconfessos”, diz a PGR no comunicado enviado esta segunda-feira à ANG.

Acrescenta:”o Marcelino Intupé esqueceu ou está de má fé em não lembrar ou fingir não lembrar, que os processos dos supostos implicados nesta ação de tentativa de sublevação foram acusados e remitidos ao juiz julgador no Tribunal comum (Tribunal de Relação de Bissau)para efeitos de julgamento, desde passado de 19 de Julho”.

Numa recente entrevista à ANG, Marcelino Intupé ainda disse que os militares detidos no âmbito do processo sobre o caso 01 de Fevereiro correm perigo de vida devido as más condições das prisões onde se encontram encarcerrados, e que não foram produzidas provas que incriminem os seus constituintes.

O comunicado da PGR refere que os processos podiam e deviam ser remetidos ao juíz julgador, muito antes dessa data, caso não tivesse havido o requerimento ao Juiz de instrução criminal, por parte dos advogados de alguns dos suspeitos.

Por outro lado, a PGR refere que lamenta essas declarações do advogado Intupé, que considerou de infelizes de um jurista
, e diz que  Marcelino Intupé , “no mínino, devia ter a honestidade  inteletual  de dizer a verdade”, em prol duma justiça que garanta a paz social, onde o concurso dos advogados não é menos importante.

A Procuradoria declara que  niguém e muito menos  o advogado Marcelino Intupé conseguirá beliscar o trabalho  que a magistratura do Ministério Público está a levar a cabo, com vista a afirmação da justiça na Guiné-Bissau. ANG/MI//SG   

            Diplomacia/Países bálticos reclamam proibição de vistos a russos

 Bissau, 15 Ago 22 (ANG) – Os líderes da Letónia e da Estónia insistiram ,domingo, na necessidade de se endurecer restrições de viagem aos russos, incluindo a proibição de vistos turísticos, contrariamente ao que defende a Alemanha, cujo governo rejeita um veto generalizado aos cidadãos russos.

O Presidente da Letónia, Egils Levits, apelou para a adopção dessas medidas a nível da União Europeia (UE) e solicitou o cancelamento das autorizações de residência e vistos já emitidos pela Letónia.

“A Letónia, juntamente com a Finlândia, a Estónia, a República Checa e outros países com interesses semelhantes, deveria impulsionar uma demanda à escala europeia para deixar de emitir vistos turísticos aos cidadãos russos. Estas seriam sanções adicionais contra a Rússia”, disse Levits num evento em Riga.

O presidente letão questionou se é “política e moralmente justificável” que os turistas russos continuem “a passear pacificamente pela Europa” enquanto o exército russo “mata e queima na Ucrânia”.

Levits fez estas observações durante um evento para cidadãos letões que sofreram repressão sob o regime soviético entre 1940 e 1991.

“A Letónia não concede vistos turísticos aos russos desde o início da invasão em 24 de Fevereiro. Outros países continuam a emiti-los, o que não é política nem moralmente justificável”, insistiu ele, através da sua conta no Twitter.

A embaixada da Letónia em Moscovo anunciou que deixaria de emitir vistos a cidadãos russos, excepto para assistir ao funeral de um membro da família.

A Estónia, por seu lado, já tinha anunciado que deixará de admitir cidadãos russos com vistos emitidos pelo país para o espaço Schengen a partir de 18 de Agosto.

O chefe do governo estónio, Kaja Kallas, também apelou para que a proibição fosse alargada a todos os países Schengen. A sua homóloga finlandesa, Sanna Marin, pronunciou-se igualmente a favor da extensão da proibição a todos os países Schengen.

O chanceler alemão Olaf Scholz rejeita esta possibilidade, argumentando que já foram adoptadas sanções apropriadas a nível da UE contra as pessoas da comitiva do Kremlin.

“É a guerra de (Vladimir) Putin. E acho este tipo de abordagem difícil”, disse Scholz na quinta-feira, insistindo que o presidente russo “é responsável por esta guerra”, não a população como um todo.

Uma proibição geral dos vistos turísticos “seria dirigida contra toda a população, incluindo os inocentes”, disse. ANG/Inforpress/Lusa