Marinha
mercante/Capitão
dos Portos diz desconhecer a proibição
de circulação à quatro vedetas do PAIGC
Bissau, 03 fev 21 (ANG) – O
Capitão dos Portos da Guiné-Bissau disse que não tem nenhum documento oficial e
nem orientação por parte do governo e nem de outras entidades judiciais,
nomeadamente dos tribunais e Ministério Público no sentido de proibição à
circulação de quatro vedetas do Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC).
“Não posso confirmar e nem
posso desmentir essa informação mas oficialmente desconhecemos dessa
informação. E quando desconhecemos, nós como autoridades marítimas, digamos que
esta situação não existe porque se existia, quer o tribunal ou outras entidades
que as impedem a circulação, seriamos os primeiros a serem informados, e a nós é
que caberia tomar diligências de as
proibir circular”, sustentou Batista.
Aquele responsável afirmou
ainda que o proprietário das vedetas também não apareceu na sua instituição
para informar sobre o ocorrido, sublinhando que ninguém intervém no mar mesmo
que alguma entidade governamental pretende proibir algo deve ser através da sua instituição.
“Estamos a falar do mundo de
especulação e não queremos continuar a promover esta especulação. Mas se é
verdade talvez o PAIGC pode confirmar
isso e explicar a razão disso, e também quem as proibiu pode explicar melhor,
mas nós cá não sabemos. Temos essa informação como outras pessoas a têm através
da internet, mas eu como entidade máximo que executa todas as medidas quer do
governo ou outras entidades, não tenho essa informação”, frisou.
O
portal online Capital NEWS na sua edição de 02 de Fevereiro, anunciou que, o Ministério do Interior terá proibido a circulação
marítima de quatro vedetas rápidas do Partido Africano da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), segundo o que disse apurar junto da fonte próxima do assunto.
Adiantou
que, decisão terá sido tomada para evitar a eventual fuga do ex-chefe do
governo, Aristides Gomes, que se encontra ainda refugiado nas instalações da
ONU, em Bissau.
“A ordem (de parar videtas) que está a ser minuciosamente executada pelo
Comando Geral da Guarda Nacional (GN) através da sua Brigada Costeira em
Bissau, não tem justificativos administrativos e nem legais”, referiu a fonte.
De acordo com aquele
responsável a sua instituição não tem vedetas, e Siga diz que, se houver uma
situação no mar, vão ficar como um simples espectadores.
Batista apela aos
transportadores marítimos a cumprirem as regras adoptadas para salvar vidas no
mar, nomeadamente o transporte de metade das lotações, quer para passageiros
como para cargas e aquisição e utilização de coletes salva-vidas durante a
viagem.
Salientou que não vai
abdicar dessas medidas porque são as que a quatro anos estão a dar fruto,
informando que existem recursos humanos com vontade para fazer os seus
trabalhos mas que estão limitados devido falta de meios.
“Não morreram muitas pessoas no ano passado em
relação ao ano 2019 e o mérito de tudo
isso deve aos utentes do mar que aceitaram acatar as medidas assim como aos
jornalistas que ajudaram muito na sensibilização. Se não fosse isso não íamos
chegar à esse resultado”, frisou.
Apela às pessoas a se absterem
de ir as praias enquanto não houver novas orientações que anulam a decisão do governo que proíbe a aglomeração de pessoas. ANG/DMG/ÂC//SG
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