Saúde/Alto Comissariado exige realização de um inquérito sobre a morte do
jovem Bernardo Catchura
Bissau, 01 Fev 21(ANG) – O Alto
Comissariado(AC) de Luta Contra a Covid-19 exigiu hoje a realização, imediata,
de um inquérito para se apurar as
responsabilidades sobre a morte do cidadão Bernardo Mário Catchura, que está a
ser relacionada a falta de oxigénio no
Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM).
A informação vem expressa no comunicado à imprensa enviado esta segunda-feira à ANG, no qual se refere que “infelizmente” Bernardo Catcura não foi a primeira vítima de morte por falta de oxigénio, mas que se deseja que possa a ser a última.
O comunicado acrescenta que
os alegados investimentos avultados na construção e ou raparação da fábrica de
oxigénio também devem ser objeto de investigação séria por parte de quem de
direito.
O AC diz compreender a onda da revolta e um sem
número de questionamentos legítimos,
associados às mais variadas explicações sobre as possíveis causas deste lamentável
desfecho.
Esta instituição sanitária
para Covid-19 ainda refere em comunicado que não havia falta de oxigénio no
HNSM para salvar vida, e aponta que a gestão do hospital, incluindo seu serviço de
urgência, ou de qualquer outro do país não está sob a responsabilidade do AC,
pelo que desconhece os acontecimentos relacionados com a visita do malogrado à
essa e outras estuturas sanitárias.
Acrescenta que a gestão regorosa do oxigénio destinado
aos centros de COVID-19 têm sido negativamente afectada pelas carências
crónicas de produção e distribuição de oxigénio à escala nacional.
“ O oxigénio adquirido para
a gestão de doentes de COVID-19 em todo o país, permitiu salvar muitas vidas de
mulheres grávidas que precisam de ser
submetidas a cesariana, a pacientes com acidentes vasculares cerebrais, a
crianças e adultos com necessidade de cirurgia urgente,” lê-se no comunicado.
O AC prometeu que vai
continuar a envidar esforços no sentido do estabelecimento de um rede de
fábrica de oxigênio no país, aproveitando as oportunidades criadas pela luta
contra COVID-19 para investir no reforço do sistema nacional de saúde na
Guiné-Bissau.
A morte do antigo líder do Movimento Nacional
de Cidadãos Inconformados, que foi muito crítico ao regime do ex-presidente
Mário Vaz falecera no último fim de semana, em Bissau.
Fontes familiares dizem que
a sua morte se deve a falta de oxigénio no hospital nacional Simão Mendes, para
onde se recorreu e não teve assistência médica necessária devido a alegada
falta de oxigênio para uma intervenção cirúrgica de que necessitava.
Cactchura morreu entretanto
numa clínica privada antes de ter recebido assistência.
ANG/JD//SG
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