Branqueamento de capitais/Enda Guiné-Bissau capacita líderes comunitários para combate ao flagelo
Bissau,07 Abr 21(ANG) – A
ONG Enda Santé Guiné-Bissau reuniu hoje os líderes comunitários num ateliê sobre o
combate ao branqueamento de capitais e políticas de redução de riscos e
minimização de danos ligados ao consumo e tráfico de drogas.
Mamadú Aliu Djaló salientou
que o tráfico de drogas é um crime subjacente ao branqueamento de capitais e
que ambos têm impactos negativos, não só em termos sociais assim como
sanitários.
Informou que, no país,
apesar de alguns progressos alcançados nos domínios de combate à droga e políticas
de redução de danos, oficialmente não
existe uma política ligada aos referidos flagelos.
Adiantou que apesar de
recentemente ter sido aprovado o Plano Integrado Nacional de Combate ao Crime
Organizado e Tráfico de Drogas bem como de Redução de Riscos, o país continua a carecer de
políticas nesse domínio, com base nas orientações das Organizações das Nações
Unidas.
“Estudos realizados no país
recentemente demonstram um aumento de consumo de drogas no país em três regiões,
e com iniciação, muito precoce, de jovens , em Bafatá”, explicou.
Segundo esse estudo citado
por Mamadu Aliu Djaló, mais de 90 por cento de pessoas que estão a consumir
drogas estão já em regime de dependência, quer dizer, mesmo querendo não vão
conseguir parar.
Disse que, o mais agravante
é o facto de o país não dispor de políticas de redução de danos, assim como de
estruturas de tratamentos especializados na matéria, acrescentando que, o que tem
sido feito em termos de tratamento de dependentes de droga não é recomendado
pelas instâncias internacionais nomeadamente a Organização Mundial de
Saúde(OMS) e ONUSIDA.
“Então, o país mesmo querendo dar respostas à esses males vai deparar com dificuldades, então é importante debatermos nesse fórum com as organizações que entendemos que têm uma certa influência porque são lideres de opinião e as suas contribuições podem dar frutos nas próximas etapas na revisão das respostas, em termos de branqueamento de capitais”, referiu o Director Nacional da Enda Guiné-Bissau.
Adiantou que, por esta razão
e cientes do perigo que representa na vida dos cidadãos, as autoridades
políticas estão a adoptar medidas nomeadamente a elaboração e aprovação pelo
Governo do Plano Integrado Nacional de Combate a Droga e Crime Organizado e Redução
de Riscos.
Informou que o referido
Plano, apoiado em 85 por cento pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento(PNUD), deu maior ênfase, não só a repressão como também a
problemática de consumo de drogas enquanto uma questão de saúde pública.ANG/ÂC//SG
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