Cooperação internacional/Merkel e Macron apoiam ratificação de acordo com a China
Bissau, 07 Jul 21 (ANG) - A
chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron,
apoiaram a ratificação do acordo para a protecção de investimentos entre a
China e a União Europeia, numa videoconferência com o homólogo chinês, Xi
Jinping.
A referência ao
apoio de Merkel e Macron surge apenas no resumo oferecido pelas autoridades
chinesas. Alemanha e França não fizeram menção ao assunto nas suas respectivas
declarações sobre a videoconferência realizada na segunda-feira.
O Ministério dos
Negócios Estrangeiros da China garantiu que Macron expressou o seu "apoio
à conclusão do acordo de investimentos China-UE" e que Merkel mostrou
esperança de que "seja aprovado o mais brevemente possível".
"A Alemanha
apoia que a cimeira entre a UE e a China seja antecipada e espera que o acordo
de investimento seja aprovado o mais brevemente possível", disse a
chanceler alemã, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.
O documento não
refere qualquer declaração sobre o assunto por parte de Xi, que pediu a
"ampliação do consenso e da cooperação" com os países europeus para
"enfrentar desafios globais em conjunto".
"Esperamos que
a Europa desempenhe um papel mais activo nos assuntos internacionais,
refletindo verdadeiramente a sua autonomia estratégica", exortou Xi.
O apelo surgiu após
uma visita do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Europa, que visou
formar uma frente comum para desafiar a China em questões económicas e de
Direitos Humanos. A cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte
apontou também, pela primeira vez, a China como um adversário.
Apesar da União
Europeia reclamar há vários anos reciprocidade no acesso ao mercado, apontando
que as suas empresas enfrentam regulamentos discriminatórios no país asiático,
Xi pediu aos países europeus que "proporcionem um ambiente de negócios
transparente e não discriminatório para as empresas chinesas".
As relações entre a
China e a UE deterioraram-se nos últimos meses.
O acordo recíproco
de protecção ao investimento continua pendente de ractificação no Parlamento
Europeu, numa altura em que diferenças políticas estão a aumentar, após as
reclamações europeias sobre a repressão de Pequim em Hong Kong e as violações
dos Direitos Humanos dos membros da minoria étnica de origem muçulmana uigur,
no extremo oeste da China.
A UE sancionou em 22
de Março - após decisão semelhante dos Estados Unidos - quatro funcionários e
uma entidade chinesa pela situação em Xinjiang.
Foram as primeiras
sanções aplicadas pela UE à China desde o massacre na Praça de Tiananmen, em
1989.
Pequim respondeu,
por sua vez, sancionando dez europeus, metade deles eurodeputados, e quatro
entidades, ao mesmo tempo que convocou o embaixador da UE na China, Nicolas
Chapuis, para apresentar uma queixa formal a União Europeia.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário