quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Caso Intupé/PRS considera “vergonhoso”  rapto e espancamento do advogado

Bissau, 01 Dez 22 (ANG) - O Partido da Renovação Social (PRS) diz que “condena com veemência” o rapto e espancamento do advogado e analista político da Rádio Bombolom FM, Marcelino Intupé, ato que o  partido  considerou de “vergonhoso”.

A informação consta no Comunicado à Imprensa do PRS sobre o  espancamento de  Marcelino Intupé por um grupo de cinco homens armados na noite do dia 29 de Novembro,   que o abandonaram  na rua com ferimentos graves.

“Este ato é  ignóbil, vergonhoso e inaceitável. Exigimos  às autoridades competentes no sentido de identificar e apresentar os seus autores, o mais breve possível, para serem traduzidos à justiça como forma de restabelecer a paz,  ordem e o equilíbrio social, condição sine qua non para a convivência pacífica entre os guineenses e para o progresso social”, refere o comunicado.

Ainda no comunicado, o PRS  destaca  que já é uma realidade  que no país existe um comando de milícias que apresentam encapuzadas com  o único propósito de raptar, espancar e aterrorizar as vozes que se erguem contra o regime instalado no país.

“Não obstante, o povo guineense continua a ser atormentado pela escalada de violência traduzida em agressões, raptos, e espancamentos, invariavelmente qualificados de casos isolados, sem que nenhum deles tenha sido traduzido em justiça, apesar de existir várias exortações e condenações destas práticas”, lê-se no comunicado .

O PRS chama a atenção às autoridades nacionais de que o país não pode continuar na constante situação de violência, e dirigiu-se à comunidade internacional para exortar sobre o que diz ser “persistência de atentados contra os Direitos Humanos na Guiné-Bissau na tentativa de silenciar as vozes incomodas ao regime”.

 O terceiro maior partido da Guiné-Bissau sustenta que a  Guiné-Bissau é uma República democrática em que as estruturas de persuasão e repressão são legais e actuam segundo os princípios da necessidade, da proporcionalidade e da adequação, razão pela qual, segundo esta formação política,  não é autorizado à  ninguém  “criar e fomentar milícias para prática de atos de violência”.

Marcelino Intupé , após exames médicos voltou a sua residència na terça-feira. É comentador na rádio privada “Bombolom FM e   advogado de um grupo de militares detidos por alegado envolvimento no caso 01 de Fevereiro, uma falhada tentativa de golpe de Estado ocorrida ao princípio deste ano.

ANG/AALS/ÂC//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário