Política /Líder do PAIGC manifestou “profunda indignação” a PR
guineense com ataque a cidadão
Bissau,01 Dez 22(ANG) - O
líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos
Simões Pereira, disse ter anifestado, quarta-feira, a sua "profunda indignação" ao
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, pelo ataque contra o advogado
Marcelino Ntupé.
O líder do PAIGC falava na
sede do partido, em Bissau, depois de um encontro entre o chefe de Estado
guineense e os partidos com assento parlamentar, que decorreu na Presidência da
República, mas onde não foram feitas declarações à imprensa.
"É inconcebível e
inaceitável e nós estamos aqui a repudiar isso com todas as letras de que não
se pode permitir que as pessoas sejam agredidas por terem emitido opiniões que
não sejam do agrado de alguém, qualquer que seja essa pessoa", declarou
Domingos Simões Pereira.
O líder do PAIGC salientou
que todos os guineenses fazem parte do mesmo país, "de uma
cidadania", e que os "tribunais existem e outros órgãos existem para
se fazer um recurso".
"A situação ainda é
mais grave e fizemos questão de o anotar ao Presidente, o facto de familiares e
vizinhos afirmarem categoricamente terem identificado um dos elementos que
participou nesse assalto na pessoa do tal famoso Tcherninho", disse o
líder do PAIGC, referindo-se a um elemento da segurança do Presidente
guineense.
"Eu digo aqui
claramente que não estive lá, não assisti, mas quando isso é afirmado por
vizinhos e familiares, isso aumenta a responsabilidade do Presidente da
República e nós levantámos essa questão, esperando que haja um esclarecimento o
mais rapidamente possível", acrescentou.
O advogado e comentador numa
rádio de Bissau foi espancando, na noite de terça-feira, alegadamente por
homens fardados e armados.
O advogado encontrava-se na
sua residência quando foi surpreendido por cinco homens com uniformes militares
que o agrediram fisicamente, na presença da sua mulher grávida de oito meses,
que terá tentado impedir a agressão.
Augusto Mário da Silva,
presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, disse ter tomado
conhecimento do caso "com indignação, apreensão e com repúdio".
"Nós não podemos
continuar neste ambiente de violência. Neste ambiente de insegurança. Não
podemos continuar nesta situação. Já são vários episódios de violência e
parece-nos que a violência é institucional", considerou Augusto Mário da
Silva.
Em comunicado, divulgado na
rede social Facebook, o Presidente guineense condenou o "ato bárbaro de
violência contra advogado".ANG/Lusa
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