Política/PAIGC critica arranque do recenseamento sem Comissão Nacional de Eleições
legalmente constituída
Bissau,13 Dez
22(ANG) - O líder do Partido African o da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, criticou esta segunda-feira, o início
do processo do recenseamento eleitoral sem que a Comissão Nacional de Eleições esteja legalmente constituída.
O político fez essa crítica em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião do presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, com os partidos com assento parlamentar, em busca de soluções sobre a caducidade da direção da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O Parlamento da décima legislatura, dissolvido em maio deste ano, é constituído por seis partidos, designadamente, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), o Partido da Renovação Social (PRS), a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), a União para a Mudança (UM) e o Partido da Nova Democracia (PND).
A legitimidade da direção da CNE e a vacatura do presidente daquele órgão continuam a divergir os partidos que voltaram a reunir-se segunda-feira e por falta de consensos, convocou-se a terceira ronda de negociações para buscar consenso que permita a realização das eleições legislativas antecipadas.
À saída da reunião, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse aos jornalistas que todos têm a consciência de que “o país vive uma situação anômala com o início do processo eleitoral através de recenseamento sem uma comissão nacional eleitoral legalmente constituída”.
“Todos os partidos constataram essa realidade : estamos perante uma estrutura caduca. Todos os partidos reconhecem que não temos neste momento um presidente da CNE e há um segundo elemento da própria estrutura executiva da CNE que não está presente”, insistiu.
O líder do partido libertador disse acreditar que o esforço de uns e de outros deverá permitir a criação de consensos para que a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, enquanto único órgão com a vocação para dirimir essa situação, permita a criação de tal consenso.
Por seu turno, a vice-coordenadora do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), Maria Evarista de Sousa, destacou na sua curta declaração que cada partido deu a sua contribuição mas que vão prosseguir a terceira ronda de negociação na próxima quarta-feira.
“Evoluímos bastante, mas há uma terceira reunião que será convocada pelo presidente do Parlamento. Julgamos que a partir dela encontraremos uma saída definitiva. Vamos continuar a trabalhar, porque estamos com a esperança e focados no sentido de contribuir positivamente para a solução que sairá da reunião da próxima quarta-feira”, assegurou o vice-presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Augusto Gomes.ANG/O Democrata
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