Comunicação social/Repórteres Sem Fronteiras anuncia recorde de detenção de 533 jornalistas este ano
Bissau, 14 Dez (ANG) – A
organização não-governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) indicou
hoje que 533 jornalistas foram detidos este ano, em todo o mundo, um número que
representa um novo máximo.
O número de jornalistas
mortos (57) está também a aumentar, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia.
No ano passado e em 2020,
este número, 48 e 50, respetivamente, foi considerado “historicamente baixo”.
Mais de metade dos
jornalistas presos em todo o mundo, a 01 de dezembro, encontravam-se em cinco
países: China (110), Myanmar (antiga Birmânia, 62), Irão (47), Vietname (39) e
Bielorrússia (31).
O Irão é o único país que
não constava desta “lista negra” no ano passado, indicou a RSF, que mantém este
registo anual desde 1995.
A República Islâmica deteve
um número “sem precedentes” em 20 anos de profissionais da comunicação social,
desde o início do movimento de protesto, em setembro.
“Os regimes ditatoriais e
autoritários estão rapidamente a encher as prisões com jornalistas”, disse o
secretário-geral da ONG, Christophe Deloire.
Neste relatório global, a
RSF notou um número sem precedentes de mulheres jornalistas na prisão: 78. No
ano passado, a ONG contou 60.
“As mulheres jornalistas
representam atualmente quase 15% de todos os detidos, em comparação com menos
de 7% há cinco anos”, indicou.ANG/Inforpress/Lusa
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