EUA/Washington prepara-se para acolher a segunda cimeira Estados Unidos-África
Bissau,12
Dez 22(ANG) - O Presidente americano acolhe os seus homólogos africanos em
Washington durante 3 dias no âmbito da segunda cimeira de líderes Estados
Unidos-África. Durante esta reunião magna, Joe Biden pretende revitalizar as
relações do seu país com o continente perante a concorrência da China e da
Rússia.
Na ementa das conversações
deverão estar a temática da segurança alimentar, problemática que se agravou
com a guerra na Ucrânia, o aquecimento global, a democracia e governação e
também o lugar de África que, na sua óptica, será cada vez mais preponderante.
Nesta senda, durante a
cimeira, está previsto que Joe Biden oficialize o seu apoio à atribuição de um
assento permanente a África no Conselho de Segurança da ONU, sendo que deveria
igualmente lançar um apelo para que a União Africana seja formalmente
representada no seio do G20.
Esta cimeira acontece numa
altura em que a China tem vindo a confortar a sua posição de relevo no
continente, sendo o primeiro credor dos países mais pobres e um dos principais
investidores em África. A influência da Rússia tem vindo igualmente a aumentar,
nomeadamente do ponto de vista militar, com o envio de mercenários em alguns
teatros de operações.
A progressão de Pequim e
Moscovo estando longe de ser bem vistas por Washington, poucos serão os
Presidentes que não terão sido convidados ou que não vão poder comparecer na
cimeira, como é o caso do chefe de Estado sul-africano que se encontra na
impossibilidade de sair do seu país por estar a braços com um escândalo de
corrupção que poderia custar-lhe o cargo.
Sente sentido, são esperados
o Presidente egípcio, o seu homólogo etíope que acaba de assinar um acordo de
paz com o Tigray, o chefe de Estado da Guiné Equatorial. Um leque alargado de
interlocutores que inclui parceiros sobre os quais a administração americana
chegou a emitir críticas, fontes diplomáticas antevendo discussões "vigorosas"
nomeadamente sobre a lei de "crescimento em África" que condiciona o
levantamento de barreiras aduaneiras pelos Estados Unidos a progressos
democráticos. Um dispositivo que chega à data-limite em 2025.ANG/RFI
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