Bélgica/Comissão Europeia rejeita acusação de Lula de que EUA e a UE estão a ajudar a prolongar o conflito
Bissau, 17 Abr 23 (ANG) - A Comissão Europeia rejeitou hoje as
acusações feitas pelo Presidente do Brasil, Lula da Silva, de que a União
Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) estejam a ajudar a prolongar
o conflito na Ucrânia, segundo a Lusa.
"Não é verdade que os EUA e a UE estejam a ajudar a
prolongar o conflito. A verdade é que a Ucrânia é a vítima de uma agressão
ilegal, uma violação da Carta das Nações Unidas", sustentou o porta-voz do
executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança,
Peter Stano, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Peter Stano acrescentou
que "é verdade que a UE, os EUA e outros parceiros estão a ajudar a
Ucrânia na sua legítima defesa".
A outra opção, segundo
prosseguiu o porta-voz, era "a destruição da Ucrânia".
Luiz Inácio Lula da
Silva defendeu no sábado, no final de uma visita à República Popular da China,
que os Estados Unidos devem parar de "encorajar a guerra" na
Ucrânia e a União Europeia deve "começar a falar de paz".
"No que diz
respeito a iniciativas de paz, a UE apoiou-as muito antes de Presidente russo,
Vladimir Putin decidir lançar esta carnificina contra a população ucraniana
(...), a resposta foi a agressão infortuna de Fevereiro do ano passado",
frisou o porta-voz da Comissão Europeia.
Peter Stano reconheceu que
desde o início da invasão vários países apresentaram propostas para a paz e
houve convites para Moscovo voltar à mesa das negociações, mas, afirmou o
representante, "todas as ofertas foram recebidas com uma escalada da
guerra" pelo Presidente da Federação Russa.
Os 27 Estados-membros da
UE apoiam "a paz o mais depressa possível", afirmou Stano,
destacando, porém, é necessário lembrar que "é a Rússia e só a Rússia a
responsável pela agressão ilegítima e sem provocações contra a Ucrânia".
"Não há dúvidas sobre
quem é o agressor e quem é a vítima", reforçou.
Por isso, a Ucrânia
"é que tem de definir sob que condições quer a paz", disse o
porta-voz.
A ofensiva militar russa
no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a
Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945). ANG/Angop
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