Justiça/PGR diz
que os desafios contemporâneos de combate à criminalidade deve convocar a
reflexão dos Estados membros da CPLP
Bissau, 26 Abr 23
(ANG) - O Procurador-geral da República(PGR)
defendeu que o debate sobre desafios
contemporâneos de combate a criminalidade deve convocar uma reflexão sobre os
principais riscos ligados à criminalidade e as ameaças com que a Comunidade dos
Paises de Língua Portugesa(CPLP) se confronta hoje em dia.
Edmundo Mendes falava
na abertura dos trabalhos do XXº encontro do Procuradores-gerais da CPLP após a
sua assunção da presidência do Forúm da comunidade que decorre sob o lema “Ministério Público e
Desafios Contemporâneos de Combate à Criminalidade”.
Mendes disse que falar
do Ministério Público vai para além dos aspectos administrativo, funcional e
financeiro e que chega a roçar a ideia de garantir a estabilidade das políticas
e estratégias da instituição, através do mandato do Procurador-geral da República, conferindo
desta feita um substrato de independência do Ministério Público que proporcionaria
um desempenho com êxito de suas relevantes atribuiçôes contitucionais.
Disse que o objetivo do XXº encontro dos
Procuradores-gerais da CPLP deveria ser a consolidação de um modelo de justiça
baseado nos principios e valores definidos no seio da CPLP, que é o primado da
paz, democracia, do Estado de direito,
da boa governação, dos direitos humanos e da justiça social.
O encontro, diz
Edmundo Mendes, propõe também atingir objectivos ainda mais ambiciosos, ao
propiciar a discussão de temas que prendem com a própria a ossatura básica do
presente e o futuro da justiça penal no espaço CPLP.
Sublinhou que o combate
ao fenómeno da corrupção deve fazer parte dos objectivos fundamentais do programa
de qualquer governo que pugne pelos valores da transparência e da integridade e diz que uma luta eficaz deve ser encarada
como essencial para o reforço da democracia e para plena realização do Estado
de direito.
Para aquele
responsável, a ideia da justiça associa-se a de paz, e no mundo conturbado de
hoje a administração da justiça serena é um dos factores que garatem a
tranquilidade e asseguram a perenidade da democracia, além de garantir os
direitos humanos.
ʺO exercicio das
funçôes de investigação e acção penal pelos Ministérios Públicos no seio da comunidade
pode e deve dar azos à necessidade de cooperação judiciária e, mais ousadamente
à um convite à concepção de um modelo
mais complexo de coordenação comunitária das Procuradorias Gerais da CPLP, a
partilhar competências em quetão do interesse comum” referiou.
Durante três dias de
trabalhos em Bissau, os Procuradores-gerais da CPLP vão debater sobre o mandato do Procurador-geral da
República, a Autonomia funcional do Ministério Público, a Criminalidade Cibernética, a Cooperação judiciária internacional em
matéria Penal e Combate a Crimes, o Combate a corrupção, a Autonomia do
Ministério Público, e o Ministério Público e os desafios da Cooperação
Judiciária na CPLP. ANG/MI/ÂC//SG
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