Iémem/Noventa pessoas morreram após movimento de multidão devido a oferendas
Bissau, 20 Abr 23 (ANG) – Noventa pessoas morreram e centenas ficaram feridas após uma multidão se ter deslocado a uma escola em Sanaa, no Oeste do país, para receber oferendas em dinheiro de forma a assinalar o Ramadão.
As oferendas do Ramadão, uma tradição
comum neste período festejado pelos muçulmanos, geraram o caos na cidade
de Sanaa, cidade dominada pelos rebeldes, no Iémen. Centenas de pessoas
dirigiram-se para uma escola onde estava a ser oferecido dinheiro, cerca de
oito dólares, a cada família.
Num dos países mais pobres do Mundo e onde
17 milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome, o oferta desta sema de
dinheiro causou um movimento de multidão que matou pelo menos 90 pessoas.
Em imagens da televisão iraquiana, pode
ver-se que centenas de pessoas ficaram encurraladas num espaço limitado e era
difícil retirar quem quer que fosse da multidão. Segundo relatos, muitas das
pessoas mortas são mulheres e crianças. Estima-se que tenham ficado feridas
cerca de 320 pessoas.
Este incidente acontece na véspera
do Eid al-Fitr, que assinala o fim do Ramadão no mundo muçulmano e se
celebra entre hoje e sexta-feira.
Os rebeldes Huthis informaram que uma
comissão foi criada para investigar este incidente e que três pessoas foram já
detidas por suspeitas de envolvimento. Logo após este movimento de multidão, as
famílias tentaram encontrar as suas famílias no hospital mais próximo, mas a
entrada foi-lhes negada.
Desde 2014 que os rebeldes Huthis tomaram
esta região do Iémen e travam uma guerra contra a coligação militar liderada
pela Arábia Saudita que tenta restabelecer o domínio nesta área do país.
Milhares de pessoas já morreram nesta guerra e cerca de 23,4 milhões de
pessoas precisam de ajuda humanitária, segundo o Programa Alimentar contra a
Fome das Nações Unidas.
Na semana passada, aconteceu uma das
maiores trocas de prisioneiros entre os dois lados do conflito, levando a
acreditar num possível processo de paz que coloque um ponto final a esta guerra
civil. ANG/RFI
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