Guerra/Brasil e
Portugal deploram “anexação” pela Rússia e pedem “paz justa e duradoura”
Bissau, 24 Abr 23(ANG) – Os governos do Brasil e de Portugal “deploram a violação” da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes do território ucraniano, pedem compromisso com o direito internacional e uma “paz justa de duradoura”.
Esta
posição consta da Declaração Conjunta assinada por Portugal e Brasil no final
da XIII Cimeira Luso Brasileira, este sábado, no Centro Cultural de Belém, em
Lisboa. Uma declaração que foi divulgada antes da conferência de imprensa do
Presidente brasileiro, Lula da Silva, e do primeiro-ministro português, António
Costa.
“Os
chefes de Governo enfatizaram o seu compromisso com o direito internacional, a
Carta das Nações Unidas e a resolução pacífica de conflitos. Deploraram a
violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de
partes do seu território como violações do direito internacional”, lê-se no
texto.
Na
parte final deste mesmo texto lê-se que Portugal e Brasil “ressaltaram ainda a
necessidade de promover uma paz justa e duradoura”.
Também
em relação à guerra na Ucrânia, os executivos de Brasília e de Lisboa
“lamentaram a perda de vidas humanas e a destruição da infraestrutura civil,
bem como o imenso sofrimento humano e o agravamento das vulnerabilidades da
economia mundial causados pela guerra”.
“Expressaram
preocupação com os efeitos globais do conflito na segurança alimentar e
energética, especialmente nas regiões mais pobres do planeta”, realça-se.
Também
em matéria de consequências económicas e sociais resultantes deste conflito no
leste da Europa, Portugal e Brasil “convergiram no apoio ao pleno funcionamento
da Iniciativa de cereais do Mar Negro”.
Nos
primeiros pontos da declaração conjunta, António Costa e Lula da Silva
“reafirmaram o seu compromisso intransigente com a defesa de um
multilateralismo eficaz, assente no direito internacional e na Carta das Nações
Unidas, reiterando o seu firme apoio à paz e segurança internacionais, à
soberania e à integridade territorial dos Estados”.
“Enfatizaram
ainda a imperiosa e inadiável necessidade de enfrentar os desafios globais das
alterações climáticas e da segurança alimentar e contribuir para o
desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza e a inclusão social”,
refere-se. ANG/Inforpress/Lusa
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