Bélgica/UE condena recente massacre no Burkina Faso e pede investigação imparcial
Bissau,27 Abr 23 (ANG) – A União Europeia (UE) condenou hoje firmemente o violento ataque numa aldeia do Burkina Faso por paramilitares, em 20 de abril, em que foram mortas pelo menos 150 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Através de um
comunicado, Nabila Massrali - uma porta-voz do chefe da diplomacia da UE, Josep
Borrell -, lembra que a morte de civis pode configurar um crime de guerra,
apelando a uma investigação “imparcial e rigorosa” para identificação dos
autores do massacre, de modo a serem julgados.
A UE salienta ainda que
as forças de defesa e segurança devem ser exemplares junto da população e as
autoridades devem zelar pelo respeito dos direitos humanos, sem fazer qualquer
distinção.
O Alto-Comissariado das
Nações Unidas para os Direitos Humanos tinha pedido na terça-feira uma
investigação ao recente massacre de civis no Burkina Faso, em que pelo menos
150 pessoas foram mortas a tiro.
O massacre foi atribuído
a paramilitares do grupo Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), que cercou
a aldeia de Karma, na província de Yatenga, no norte do Burkina Faso, e
disparou aleatoriamente contra a população.
O massacre ocorreu
vários dias após a morte de oito soldados e 32 paramilitares do VDP - um grupo
de voluntários civis que colabora com o Exército de Burkina Faso na luta contra
grupos terroristas - numa base militar próxima.
Nos últimos meses, as
forças armadas do país e o VDP realizaram ataques a outras aldeias do Burkina
Faso, causando mais de 70 mortes, segundo estimativas da ONU. ANG/Lusa
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