Justiça/Advogados do PAIGC dizem haver “manipulação da justiça para impedir a participação do partido nas proximas eleições”
Bissau, 19 Abr 23
(ANG) – O Colectivo dos advogados do PAIGC protesta contra o que diz ser manipulção da justiça para impedir que o
partido participe nas eleições
legislativas de 04 de Junho em pé de
igualdade com outras formações políticas.
O protesto foi
tornado público em conferência de imprensa, realizada na, terça-feira,
em reação à uma Providência Cautelar e
um Incidente de Inconstituicionalidade apresentados pelo partido Resistência da
Guiné-Bissau/ Movimento Bâ-Fatá(RGB) ao Supremo Tribunal da Justiça(STJ) para impedir
o PAIGC de usar as cores da sua bandeira, semelhantes a da bandeira nacional.
Segundo os advogados do
PAIGC, o juíz à quem foi dado o referido
processo indeferiu o pedido da RGB por alegada falta de pressupostos legais e de legitimidade
processual ativa.
Acrescentaram que, com o indeferimento, as partes deveriam ser notificadas, para se por termo ao processo,mas que tal não aconteceu, por razões
que, segundo dizem, “só o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, José Pedro
Sambú pode dar explicações”.
“Além demais, o
Presidente do Supremo, sem competências para tal, apropriou-se do processo e
decidiu reafetá-lo ao outro juíz do mesmo tribunal”, disse Vailton Pereira
Barros,um dos advogados.
Para Suleimane
Cassamá, outro advogado do PAIGC, o Presidente do Supremo Tribunal da Justiça
incorre em atos que possam consubstanciar de ilícitos criminais.
A interferência do
Presidente do Supremo Tribunal de
Justiça, diz Cassamá, visa
encontrar outras vias para se atingir o objetivo de impedir
ao PAIGC de participar nas eleições.
“ Estamos perante uma
peseguição política contra ao PAIGC”, disse por sua vez, José Braima Dafé,outro
advogado desta formação política, na oposição.
Dafé sustenta
evocando a Lei Quadro de Partidos Políticos que reconheceu as formações políticas e nessa altura o PAIGC já tinha existido antes do Estado
da Guiné-Bissau e de todos os restantes partidos concorrentes.
“O PAIGC foi fundada
em 1956 e o Estado da Guiné-Bissau em 1973,portanto se houver razões profundas
para que não houvesse semelitude de símbolos
seria o Estado da Guiné-Bissau a optar-se por outras cores e não o PAIGC”,
disse José Braima Dafé.
Acrescentou que o
Movimento Bâ-Fatá que requereu ao STJ
para impugnar os símbolos do PAIGC e consequentemente o seu impedimento de
participar nas eleições participou em todas as eleições realizadas no país.
“É redículo e não passa de uma provocação. É
bom que o povo saiba que a situação em que o país se encontra é de extrema
gravidade e que já se alcançou o limite.
Jamais se acetarão submissões deste tamanho,porque o PAIGC tem direito de
participar nas eleições”, disse Dafé. ANG/LPG//SG
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