Etiópia/União Africana apela à comunidade internacional que apoie deslocados do Sudão
Bissau, 28 Abr 23 (ANG) – O presidente da
Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, apelou hoje aos Estados
vizinhos do Sudão e à comunidade internacional para que prestem um apoio
humanitário urgente aos civis que fogem do conflito neste país africano.
Em
comunicado, Moussa Faki Mahamat afirmou que continua a acompanhar “com
crescente preocupação” a situação dos civis envolvidos no conflito no Sudão e
renova o apelo aos vizinhos do Sudão e às agências regionais e mundiais
relevantes para que facilitem a circulação e a segurança dos civis que atravessam
as suas fronteiras.
Às
partes envolvidas no conflito – Forças Armadas do Sudão e às Forças de Apoio
Rápido (RSF, na sigla em inglês) – o presidente da UA reiterou o seu apelo para
que cheguem imediatamente a acordo sobre um cessar-fogo permanente, a fim de
facilitar a prestação de assistência humanitária aos sudaneses que dela
necessitam urgentemente.
Desde
o início do conflito, em 15 de abril, a capital do Sudão tem sido bombardeada
diariamente por aviões do exército e artilharia pesada paramilitar. Outras
cidades foram igualmente afetadas pelos combates, principalmente na região de
Darfur (oeste), na fronteira com o Chade.
Os
combates, que mergulharam o Sudão numa das piores crises da sua história
recente, seguiram-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de
segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.
Ambas
as forças estiveram envolvidas no golpe militar que derrubou o Governo de
transição do Sudão, em outubro de 2021.
Pelo
menos 512 pessoas foram mortas e 4.193 ficaram feridas desde o início dos
combates, principalmente em Cartum e Darfur (oeste), segundo o Ministério da
Saúde sudanês.
Vários
países, incluindo Portugal, estão a retirar os seus cidadãos do Sudão, devido
aos intensos combates.
Vinte
portugueses que pretendiam deixar o Sudão já foram retirados no país, informou
na quarta-feira, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que
adiantou permanecerem no território dois cidadãos nacionais.
ANG/Lusa
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