Suíça/OPEP mantém estimativa de consumo mundial de
petróleo
Bissau,
14 Abr 23 (ANG) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
manteve hoje as estimativas de consumo mundial de petróleo em 2023 e um
acréscimo de 2,3% face a 2022, mas reviu em baixa ligeira a procura na Europa,
a única região onde espera uma diminuição.
De
acordo com a nova previsão, incluída no relatório sobre o mercado petrolífero
de Abril, a OPEP estima que a procura mundial se situe em cerca de 101,9
milhões de barris por dia, mas que o consumo nas nações europeias mais
industrializadas irá cair este ano 0,3% em relação ao ano passado, para 13,46
milhões de barris por dia.
No
relatório, a OPEP prevê um consumo inferior ao calculado há apenas um mês em
todos os trimestres do ano, e recorda que já em Dezembro passado a procura caiu
pelo quarto mês consecutivo na região.
"A
procura de petróleo foi afectada pelo enfraquecimento do desempenho
macroeconómico e da evolução geopolítica na região", diz a OPEP, que
recorda que, embora a inflação tenha caído para 9,2%, permaneceu muito acima do
objectivo de 2% estabelecido pelo Banco Central Europeu para a zona euro.
No
entanto, o grupo petrolífero está confiante de que no terceiro trimestre haverá
alguma recuperação no consumo, impulsionada pela utilização de combustível e
gasolina de aviação, embora advirta que ainda existem riscos devido à
"persistência da possibilidade de recessão na região".
Noutras
partes do mundo, a China e a Índia continuam a impulsionar o crescimento da
procura, com aumentos de cerca de 5% em relação ao ano passado.
De
acordo com estas estimativas, os dois gigantes asiáticos consumirão juntos 21
milhões de barris por dia em 2023, mais do que os Estados Unidos e equivalente
a 20% de todo o consumo do planeta.
Relativamente
à China, a OPEP observa que a procura recuperou fortemente desde o fim das
políticas restritivas para combater a pandemia de covid-19, e que a mobilidade
doméstica e as viagens aéreas se aproximam de 80% dos níveis pré-pandemia.
Na
América Latina, o consumo de petróleo aumentará 0,16%, quase inalterado em
relação à estimativa da OPEP no relatório do mês passado.
O
aumento da mobilidade e do transporte aéreo é responsável por grande parte
deste aumento, segundo a OPEP. ANG/Angop
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