Angola/USAID investe USD 29 milhões para ampliar dois laboratórios de inovação Feed the Future
Bissau, 06 Out 23 (ANG) – A Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (USAID) vai investir 29 milhões de dólares numa
extensão de cinco anos para duas parcerias de investigação no âmbito da Feed
the Future.
Segundo um comunicado que a Angop teve acesso, a iniciativa global do governo dos EUA contra a fome e insegurança alimentar aumentará a produtividade, os rendimentos de pequenos agricultores e pescadores na produção de alimentos nutritivos e mais acessíveis para melhorar os regimes alimentares nas suas próprias comunidades e fora dela.
Isso inclui uma extensão de até 15 milhões de dólares para o Laboratório de Inovação Feed the Future para Peixes, liderado pela Universidade Estadual do Mississippi, e uma de até 14 milhões para Pesquisa de Sistemas de Leguminosas, pelo Michigan State University, sujeito à disponibilidade de fundos.
O documento indica que para Peixes Feed the Future trabalha para reforçar a resiliência climática da pesca e de outros sistemas alimentares aquáticos como a colheita de mariscos e algas marinhas no Bangladesh, na Nigéria, no Quénia e na Zâmbia.
Os alimentos aquáticos são fontes nutritivas de proteína animal e, sendo um dos
produtos agrícolas mais comercializados no mundo, são também importantes fontes
de rendimento para agricultores e pescadores aquáticos.
O aumento da temperatura oceânica e o da acidificação podem causar o declínio
e, em alguns casos, o colapso da pesca.
A nota refere ainda que a pesca nas regiões tropicais poderá perder até
metade dos seus atuais níveis de captura até ao final deste século. Com cerca
de 2,6 mil milhões de pessoas nos países em desenvolvimento que dependem do
peixe para obter proteínas e rendimento, estas mudanças adicionais poderão ter
consequências terríveis para a sua segurança e resiliência alimentar.
Com base em anos de pesquisa, o Laboratório de Inovação para Peixes Feed the
Future desenvolve e dimensiona inovações que aumentam de forma sustentável a
produção de peixes, ao mesmo tempo prioriza a conservação dos recursos naturais
e as necessidades dos produtores e pescadores.
Esta nova fase dará prioridade ao aumento de práticas sustentáveis e
inteligentes em termos climáticos, tais como o aumento da capacidade das zonas
húmidas costeiras e de outros ecossistemas aquáticos para armazenar carbono e reduzir
as emissões de gases com efeito de estufa.
A extensão vai se concentrar no aumento da segurança alimentar e da inclusão ao
longo das cadeias de valor dos alimentos aquáticos, para que mais pessoas
possam beneficiar de dietas nutritivas e de meios de subsistência dignos.
Também centra-se em inovar e escalar de forma sustentável a produção e a venda
a retalho de leguminosas em grão na África Ocidental e Austral.
As leguminosas, como os feijões e as lentilhas, constituem uma fonte importante
de proteínas acessíveis e melhoram a resiliência climática ao devolverem azoto
ao solo, melhorando a saúde do solo. Produziu com sucesso variedades melhoradas
de feijão-caupi e “feijão comum” resistentes a pragas.
As pragas são uma importante fonte de perda e desperdício de alimentos na
produção de leguminosas, sendo algumas capazes de destruir 80 por cento dos
rendimentos dos agricultores e responsáveis por mais de 48 por cento das perdas
pós-colheita.
Através desta investigação inovadora, a produção destas novas variedades de
leguminosas será ampliada e levada ao mercado, aumentando tanto a resiliência
dos meios de subsistência dos agricultores de leguminosas como a
disponibilidade de alimentos nutritivos.
O programa também vai expandir-se para alcançar mais comunidades em novas regiões de África e, pela primeira vez, na América Latina e nas Caraíbas.
Também irá permitir continuar a sua importante investigação sobre o empoderamento das senhoras e dos jovens nos sistemas de produção de leguminosas, que já demonstrou fortes resultados no fornecimento de oportunidades económicas a grupos de mulheres rurais e apoiou mais de 60 estudantes na obtenção de diplomas de ensino superior. ANG/Angop
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