Moçambique/ Renamo não vai parar de manifestar contra resultados das eleições autárquicas
Bissau, 23 Out 23 (ANG) - A Renamo não vai parar de
manifestar enquanto não for reposta a justiça eleitoral.
A decisão é dos membros e simpatizantes do principal partido da oposição em Moçambique que tem saído às ruas para protestar contra os resultados que dão vitória “esmagadora” a Frelimo, força política que apoia o Governo.
Sair à rua vai
continuar a ser uma ação de protesto e com claros objetivos diz Fernando
Matuazanga, membro e quadro sénior da Renamo em Nampula:
“O objetivo é
o mesmo que nós já referimos. O partido ao nível central deu instruções de
fazermos essas marchas em repúdio aos resultados que foram proclamados.
Enquanto não se mudar o resultado a nosso favor, porque o povo votou na Renamo,
não vamos parar”, frisou.
Para além de
Nampula, Maputo e Quelimane é onde as ações de protesto se fazem sentir
contra os resultados intermédios que atribuem a vitória a Frelimo, partido
no poder.
“É uma forma
de também mostrarmos ao conselho constitucional e a todas as outras autoridades
que a cidade de Quelimane foi ganha pela Renamo e não há nenhuma dúvida que
isso tenha acontecido. É uma forma de manifestarmos o nosso descontentamento
com que o STAE e a CNE fizeram aqui”, afirmou uma simpatizante da Renamo.
A Frelimo,
partido que apoia o Governo em Moçambique, ganhou, segundo os resultados
intermédios das comissões distritais de eleições, em 64 dos 65 municípios que
foram a votos no dia 11 deste mês para a escolha dos governantes locais
para os próximos cinco anos.
Apesar da
contestação da oposição, a Frelimo organizou, no sábado, uma marcha, em
Maputo para reivindicar que a Frelimo "continua na moda",
nas palavras de um dos simpatizantes presentes na marcha.
No meio de
milhares de simpatizantes da Frelimo, que tomaram a avenida das Forças
Populares de Moçambique, Francisco Raso quer acreditar que "o
povo está satisfeito com os resultados da Frelimo":
“A Frelimo é
um partido da vanguarda e estamos aqui, como jovens, para dizer que vencemos”,
realçou.
No distrito da
Matola, por exemplo, o Tribunal Judicial ordenou uma recontagem de votos
em todas as mesas das assembleias de voto da cidade, considerando provadas as
irregularidades do apuramento.
A Comissão de Eleições da Cidade de Matola reagiu, defendendo que o Tribunal Judicial não tem competência para ordenar a recontagem de votos. ANG/Angop
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