Celebração do Dia
da Independência/MNE português destaca papel da independência da
Guiné-Bissau no 25 de Abril
Bissau,15 Nov 23(ANG) - O
ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, destacou
terça-feira, em Bissau, a importância da independência da Guiné-Bissau para o
25 de Abril e a liberdade em Portugal.
O governante português
iniciou na terça-feira, uma visita de três dias à Guiné-Bissau, que culminará,
na quinta-feira, com a participação nas comemorações dos 50 anos da
independência da antiga colónia portuguesa, que contará também com a presença
do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro,
António Costa.
A presença do Presidente e
do primeiro-ministro portugueses foi confirmada pelo ministro dos Negócios
Estrangeiros que disse na terça-.feira, que Marcelo Rebelo de Sousa e António
Costa chegam na quarta-feira a Bissau.
João Gomes Cravinho manteve
terça-feira, entre encontros com o seu homólogo, o Presidente da República e o
primeiro-ministro guineenses salientou, em declarações aos jornalistas, a
importância de relembrar que a declaração unilateral de independência da
Guiné-Bissau, durante um período da guerra colonial, "foi um fator
muitíssimo importante" no 25 de Abril, em Portugal.
"Quando celebramos
precisamente a independência da Guiné-Bissau, quando nos preparamos para
celebrar, em 2024, os 50 anos do 25 do Abril e, em 2025, os 50 anos da
independência de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, é muito
importante lembrarmos como estão interligados esses momentos, como a libertação
e a independência da Guiné-Bissau está associada à liberdade em Portugal",
destacou.
O governante português
frisou ainda que "isso serve de um fio condutor extremamente importante
para as celebrações conjuntas e separadas desses diferentes momentos".
O ministro dos Negócios
Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, lembrou que o país está a
celebrar oficialmente os 50 anos a 16 de novembro, no dia das Forças Armadas,
mas a data oficial é 24 de setembro.
Este ano, em setembro, o
momento foi assinalado pela Assembleia Nacional Popular simbolicamente nas
colinas do Boé, onde decorreu a primeira constituinte, mas as comemorações
oficiais foram adiadas para novembro.
O ministro guineense
explicou que isso teve "apenas a ver com uma questão logística", já
que durante o período das chuvas seria complicado fazer uma cerimónia como a
que se pretende, e, em setembro, decorre também a Assembleia Geral das Nações
Unidas que não permitiria ter, na Guiné-Bissau, a presença "de mais de uma
dezena de presidentes da República", como está previsto.
O ponto alto das
comemorações é na quinta-feira, mas ainda não é conhecido o programa oficial.ANG/Lusa
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