Irão/ Vencedora do Nobel da Paz em greve de fome
Bissau, 07 Nov 23 (ANG) - A ativista iraniana vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2023 iniciou , segunda-feira, uma greve de fome na prisão para protestar contra a falta de cuidados médicos para os prisioneiros. Narges Mohammadi, detida desde 2021 na prisão de Evin, em Teerão, contesta ainda a obrigação das mulheres terem de usar o véu nas cadeias.
A família de Narges Mohammadi anunciou, em
comunicado,que a vencedora do Prémio Nobel da Paz iniciou uma greve de fome na
prisão em protesto contra a falta de cuidados médicos e a obrigação das
mulheres terem de usar o véu na prisão.
"Narges
Mohammadi informou-nos que iniciou uma greve de fome há várias horas. Estamos
preocupados com o estado saúde", disseram os
familiares.
Narges Mohammadi, 51 anos, várias vezes
presas e condenada, está detida desde 2021 na prisão de Evin, em Teerão. Na
semana passada, a família já tinha anunciado que as autoridades prisionais
tinham rejeitado o pedido de transferência da activista para um hospital por
esta ter recusado cobrir a cabeça.
O estado de saúde estado de saúde de Narges
Mohammadi é frágil. De acordo com o eletro-cardiograma realizado por um médico
na prisão, a activista precisa de receber cuidados médicos numa unidade
hospitalar.
A família acrescenta ainda que “a República
Islâmica é responsável por tudo o que possa acontecer à nossa querida Narges”.
A activista que milita a favor dos direitos
das mulheres e contra a pena de morte, recebeu o Prémio Nobel da Paz, em
Outubro pela “ luta contra a
opressão das mulheres no Irão e pela promoção dos direitos humanos e da
liberdade para todos”.
O movimento, que viu mulheres retirarem o
véu, cortarem o cabelo e manifestarem-se nas ruas, foi desencadeado pela morte,
no ano passado, de uma curda iraniana de 22 anos, Mahsa Amini, depois de ter
sido detida em Teerão, acusada de incumprimento das normas do rigoroso código
de vestimenta islâmico. Os protestos foram violentamente reprimidos.ANG/RFI
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