Justiça/Ministério
Público volta a exigir levantamento de imunidade ao Presidente do parlamento
para julgamento
Bissau,03 Jul 24(ANG) - O
Ministério Público notificou mais uma vez a Assembleia Nacional Popular (ANP)
para levantar a imunidade do deputado e presidente do parlamento, Domingos
Simões Pereira, para que ele responda sobre o processo de resgate aos bancos
ocorrido em 2015.
Segundo a Rádio Sol Mansi,
citando uma fonte bem posicionada junto ao Ministério Público, se a ANP não
responder favoravelmente à notificação, o Ministério Público avançará com o
processo, acusando a ANP de abusar de seu direito, tornando sua recusa ilegal.
Entretanto a Rádio Capital
FM noticiou esta quarta-feira citando o sítio
E-Global que por sua vez cita uma fonte não identificada do parlamento,
que esta instituição não recebera nenhuma notificação sobre pedido de
levantamento de imunidade parlamentar ao deputado líder do PAIGC, Domingos
Simões Pereira.
A fonte terá afirmado à RSM que, há oito anos, ou seja, desde 2016, a
instituição de investigação do Estado solicita à ANP a disponibilização do
atual presidente, mas a ANP não colaborou. Por isso, o Ministério Público
entende que Domingos Simões Pereira deve ser acusado e encaminhado ao
julgamento.
“Nenhuma pessoa tem o
direito de se esconder sob o capote de deputado para não responder à justiça”, refere
a RSM citando essa fonte.
De acordo com a Rádio Sol
Mansi, a fonte nega que a reabertura deste processo esteja relacionada com a
recente declaração do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, segundo a
qual nenhum político com processo
judicial poderá concorrer às próximas eleições no país, alegando que a decisão
de impedir qualquer político de participar nas eleições, é do Supremo Tribunal
de Justiça.
Sobre o caso dos seis
bilhões de francos CFA, a fonte confirma que o processo está suspenso de
momento, aguardando a decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a inconstitucionalidade
do processo, invocada pelos advogados dos suspeitos Suleimane Seide e António
Monteiro.
"O Ministério Público
concluiu seu trabalho e enviou o processo para o juiz de julgamento, que marcou
a audiência. No dia do julgamento, os advogados de defesa argumentaram que o
serviço do Ministério Público que investigou o caso é inconstitucional.
“A questão de
inconstitucionalidade foi enviada ao Supremo Tribunal de Justiça, que até hoje
não decidiu se há inconstitucionalidade ou não”, explicou a fonte, acrescentando
que os advogados de defesa são os culpados pela suspensão do processo. ANG/Rádio Sol Mansi
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