terça-feira, 7 de novembro de 2017

Política



Ministro do Comércio acusa professores de não perceberem nada de  física, matemática e português

Bissau, 07 Nov 17 (ANG) – O Ministro do Comércio disse  domingo que a maior parte dos professores nacionais  não percebe nada sobre a matemática, física, química e português.

Victor mandinga que falava aos populares do secção de Bafatá Oio, zona   norte do país, disse que os docentes são “incompetentes” e como é que terão bons alunos com 5 meses de aulas ao invés de 10 que é o normal em qualquer  parte do mundo. 

Referiu  ainda que o actual executivo disponibilizou ao ministério da educação  três mil milhões para pagamento dos salários em atraso aos professores do ensino público. 

Victor Mandinga  disse também aos populares de secção de  Mansodé  que fez  uma proposta ao conselho de ministro para cessar as negociações com os sindicatos do sector ensino, mas que foi chumbado. 

Este governante sugeriu a contratação de  docentes em outros países de língua portuguesa para virem dar aulas na Guiné-Bissau.

Aquele dirigente acusou o partido libertador de estar por detrás dos sindicatos dos professores estingando-lhes a fazerem greves.

Referindo-se a campanha de caju 2017, Victor Mandinga afirmou  que   rendeu pela primeira vez  ao cofre de estado o valor de cerca e de 20 mil milhões de francos cfa, e que  15 mil pessoas tiveram emprego durante a referida campanha. 

 “ Foi o PAIGC quem escolheu José Mário Vaz para o cargo do Chefe de Estado, mas este recusou  colaborar com a corrupção, agora quem não presta é o JOMAV, ”, disse.

Mandinga disse que a Assembleia Nacional Popular está bloqueado pelo PAIGC, vencedor das legislativas e que cabe ao Parlamento escolher o presidente da Comissão Nacional das Eleições (CNE), mas como aquela instituição não funciona, pode também não houver as próximas eleições em 2018. 

Victor mandinga fez estas criticas no ambito de uma visita aquelas localidades do interior da Guiné-Bissau.

ANG/JD/SG





Ensino Público



Aulas funcionam à meio gáz, devido a fraca presença de alunos e dos Professores 

Bissau, 07 Nov 17 (ANG) – Apesar da abertura oficial do ano lectivo 2017/18 no passado dia 12 de Outubro,as aulas nas escolas públicas estão a funcionar a meio gás,devido a fraca presença de alunos e dos professores, nos três maiores liceus de Bissau, visitadas hoje pelo repórter da ANG.

Nesta deslocação à alguns estabelecimentos de ensino: os liceus Kwame N`krumah, Agostinho Neto e Rui Barcelos da Cunha constatou-se fraca presença dos estudantes e dos docentes.

Perante esta situação, em declarações à ANG, a aluna do 10º ano de escolaridade de Kwame N`krumah, Única Soares, relaciona o facto com o bloqueio salarial de alguns professores, que motivou o apelo dos sindicatos do sector para os professores ficarem em casa até que as suas situações remuneratórias sejam regularizadas.

Por isso, exorta ao governo, e sobretudo ao Presidente da República a usar a sua influência para  evitar a grave de 15 dias prevista  pelos dois sindicatos do sector, e que devia iniciar hoje.

Enquanto isso, os directores dos três liceus apelam aos país e encarregados de educação para mandarem os seus educandos para a escala, porque os sindicatos não decretaram a greve e as aulas estão a funcionar, apesar da fraca presença também dos professores.

O subdirector de Kwame N`krumah, Carlitos Na Lama, também fez o mesmo apelo, exortando aos alunos a permanecerem nas salas de aulas.

No Agostinho Neto, a situação é diferente, porque a reportagem da ANG não encontrou nenhum aluno, mas a presença dos professores era visível, facto que foi confirmado pela subdiretora deste estabelecimento de ensino público, Fato Sonco.

Instado a falar sobre os motivos desta situação, sem que no entanto os sindicatos tivessem decretado uma paralização, Fato Sonco relaciona a situação com a suposta existência de “ medo” da parte dos alunos de iniciar aulas para, depois de duas semanas, serem interrompidas por uma greve.    

Por fim, o Director do Liceu Rui Barcelos da Cunha, Demba Baldé, justifica a fraca presença dos alunos, assim como dos professores, com receios de que  haveria uma  greve.  

ANG/LPG/QC/SG


 

Coreia do Norte



 Seul anuncia sanções unilaterais contra Pyongyang 

 Bissau, 07 Nov 17 (ANG) – A Coreia do Sul anunciou  segunda-feira uma nova vaga de sanções unilaterais contra Pyongyang, na véspera da chegada do Presidente norte-americano Donald Trump, que iniciou uma viagem asiática.

Dezoito banqueiros norte-coreanos sedeados na China, na Rússia e na Líbia, suspeitos de terem participado no programa de armamento norte-coreano, passaram a integrar uma lista negra, segundo um comunicado publicado no portal do Governo sul-coreano.

“Estes indivíduos trabalharam no estrangeiro, representaram os bancos norte-coreanos e estiveram envolvidos no financiamento necessário ao desenvolvimento de armas de destruição maciça”, declarou à agência Yonhap um responsável do ministério dos Negócios Estrangeiros.

Estas 18 pessoas já foram alvo de sanções norte-americanas. O anúncio surgiu na véspera da chegada do Presidente dos Estados Unidos à Coreia do Sul.

As novas sanções significam que os sul-coreanos, bem como as instituições do país, não podem ter relações comerciais com as pessoas inscritas nesta lista.
As sanções são maioritariamente simbólicas, já que há poucos laços económicos entre as duas Coreias.

Pyongyang foi alvo de um oitavo pacote de sanções da ONU após o seu sexto teste nuclear, em Setembro. A Coreia do Norte também testou vários mísseis aparentemente capazes de atingir parte do território norte-americano. 

ANG/Inforpres/Lusa

Ensino público



CONAEGUIB apela declarações construtivas de governantes de modo a garantir  o curso normal do ano lectivo 

Bissau, 07 Nov 17 (ANG) - O Vice-presidente de Confederação Nacional das Associações Estudantis de Guiné-Bissau (CONAEGUIB) apelou hoje os governantes no sentido de serem mais construtivos nas suas declarações, por forma a não pôr em causa, o início normal do presente ano lectivo no ensino público guineense.

Imagem Ilustrativo
Mutaro da Silva falava à Agência de Notícia da Guiné, face a situação do atraso das aulas verificado no ensino público e igualmente concernente a recente declaração do ministro do comércio, na qual chamou os professores guineenses de incompetentes.

"A abertura do ano lectivo foi dada no dia 12 do mês findo e até então não está a ser verificado o normal funcionamento das aulas. Assim sendo, nós na qualidade da Confederação dos alunos apelamos ao governo e aos sindicatos do sector, no sentido de tudo fazerem para não comprometer o ano lectivo em curso", apelou aquele responsável.

 Mutaro da Silva sublinhou que é importante começar as aulas no período previsto no calendário escolar, tendo justificando que na Guiné-Bissau muitos estudantes costumam ajudar os familiares na lavoura durante a época das chuvas.

"Podemos dizer que 80 por cento dos estudantes dependem da prática de agricultura para sobreviver e para custear os seus estudos", referiu Mutaro da Silva.  

ANG/AALS/QC/SG





sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Crimes contra jornalista

Secretário Geral das Nações Unidas alerta sobre perigo do fenómeno para sociedade

Bissau, 03 Nov 17 (ANG) – O Secretário Geral das Nações Unidas afirma que “quando os jornalistas são atacados, as sociedades como um todo também pagam o preço”. 
Secretário Geral da ONU

António Guterres fez esta comunicação, por ocasião da comemoração, quinta-feira, do Dia Internacional pelo Fim da Impunidade por Crimes Contra Jornalistas.

“O tipo de notícias que se silenciam - corrupção, conflitos de interesse, tráfico ilegal - é exactamente o tipo de informação que o público precisa saber”, fundamentou.

Por isso, declara Guterres,   a Assembleia Geral , o Conselho de Segurança e o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas condenam  os ataques contra jornalistas e pedem a garantia das suas seguranças.

E, como medida, disse que o sistema das Nações Unidas “também aprovou um Plano de Acção sobre a Segurança dos Jornalistas e a questão da Impunidade”.

“Estamos empenhados em ajudar a criar o ambiente que os jornalistas precisam para realizar o seu trabalho vital. Estou a mobilizar uma rede de pontos focais de todo o sistema das Nações Unidas para propor passos específicos para intensificar os nossos esforços de forma a aumentar a segurança dos jornalistas e dos trabalhadores dos média”, acrescentou.

 Ao  falar em número, António Guterres lembrou que “de 2006 a 2016, 930 jornalistas e trabalhadores dos “média” foram mortos. Milhares de outros enfrentam frequentemente assédio sexual, intimidação, detenção e maus-tratos”.

No Dia Internacional para Acabar com a Impunidade por Crimes Contra Jornalistas,  o Secretário Geral das Nações Unidas pediu  “justiça - em memória de todos os jornalistas que foram mortos e em reconhecimento da importância da imprensa livre e independente e do seu contributo para o desenvolvimento e a paz”.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, só em 2016, 102 jornalistas morreram no exercício das suas funções, a nível planetário.

Dois de Novembro foi instituído em Dezembro 2013, pela UNESCO, como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes Contra Jornalistas, visando criar um ambiente seguro para o trabalho dos profissionais da comunicação social no mundo. ANG/QC/SG