Covid-19/Crescentes evidências sugerem que vacina Russa sputnik v é segura e eficaz
Bissau, 08 Jul 21 (ANG) - A vacina
russa Sputnik, que está a ser aplicada em cerca de 70 países, ainda não
recebeu a aprovação da OMS devido às controvérsias sobre efeitos secundários,
escreve a revista científica britânica Nature.
A autora da publicação aponta que a Sputnik V foi a
primeira vacina registada contra a COVID-19 e já foi autorizada em dezenas de
países. No entanto, para utilização global, a vacina ainda deve receber a
aprovação da Organização Mundial da Saúde. Vários epidemiologistas estrangeiros
criticaram o registo acelerado do imunizante russo.
Algumas dessas
preocupações foram dissipadas após a publicação, em Fevereiro deste ano, na
revista Lancet, dos resultados da fase 3 dos testes da vacina, apontando que a
Sputnik V é 91,6 por cento eficaz na prevenção da infecção pelo coronavírus
sintomática e 100 por cento eficaz em prevenção da forma grave da doença.
Logo depois, em Abril de 2021, o Centro
Gamaleya divulgou novos dados, com base nos 3,8 milhões dos russos já
vacinados, de acordo com os quais a eficácia da vacina após aplicação de duas
doses é 97,6 por cento.
Apesar de críticas
contínuas do lado de cientistas estrangeiros, o medicamento foi aprovado em
tais países como o Brasil, Argentina, Índia, Filipinas e Hungria, enquanto os
Emirados Árabes Unidos avaliaram a sua eficácia em 97,8 por cento.
O artigo também esclarece
que a Sputnik V, ao contrário do imunizante da AstraZeneca e da Johnson &
Johnson, contém não um, mas dois adenovírus, o que eleva as suas caraterísticas
de protecção.
Além do mais, após a imunização com a Sputnik
V, não foram registados quaisquer casos de trombose, o que não pode ser dito no
caso das duas outras vacinas.
Em particular, a
Argentina, o Brasil e São Marino, onde o imunizante está a ser aplicado, não
notificaram quaisquer consequências graves após a tomada da vacina russa.
Apesar da ausência
de aprovação pela OMS, vários países, incluindo a Coreia do Sul, Argentina e
Índia, já estão a fabricar a Sputnik V.
Novos estudos que
estão em andamento nos países que aprovaram a Sputnik V e na própria Rússia vão
ajudar a construir uma imagem mais precisa sobre a segurança e a eficácia da
vacina russa, concluiu a autora. ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário