Haiti/Quatro alegados assassinos do Presidente mortos a tiro
Bissau, 08 Jul 21(ANG) – Quatro pessoas alegadamente envolvidas no assassínio do Presidente haitiano, Jovenel Moise, foram mortas pela polícia e duas outras foram detidas na quarta-feira, anunciou o Director Geral da Polícia, Léon Charles.
A operação também levou
à libertação de três agentes da polícia que tinham sido raptados pelos alegados
assassinos.
“Quatro mercenários
foram mortos, dois foram interceptados e estão sob o nosso controlo. Três
polícias que tinham sido feitos reféns foram recuperados”, afirmou Léon
Charles.
Os alegados assassinos
foram interceptados pela polícia após um intenso tiroteio em Pelerin, onde se
situa a residência de Moise, segundo o Secretário de Estado da Comunicação,
Frantz Exantus.
Já o ministro da Cultura
e Comunicação, Pradel Henriquez, reiterou que os atacantes são estrangeiros que
falam espanhol e inglês, mas não forneceram detalhes sobre a sua nacionalidade
ou identidade.
O primeiro-ministro
interino, Claude Joseph, salientou que a situação de segurança no país está
“sob controlo”, acrescentando ainda que o relatório forense sobre a morte de Moise
foi concluído e que o seu corpo foi subsequentemente transferido para uma
morgue na capital.
Em relação ao estado de
saúde da primeira-dama, Martine Moise, também ferida no ataque, assegurou que
está “fora de perigo”, depois de ter sido transferida para um hospital em
Miami, Estados Unidos.
Joseph também relatou
ter tido uma conversa telefónica com o secretário de Estado norte-americano,
Antony Blinken, com quem discutiu a situação política no país.
Em particular,
discutiram a organização das eleições presidenciais e legislativas, marcadas
para 26 de Setembro.
“Felizmente, muitos
sectores da oposição condenaram o assassínio”, disse Joseph, que horas antes
tinha pedido expressamente à oposição que se juntasse à condenação da morte de
Moise.
O Presidente haitiano,
Jovenel Moise, foi assassinado na quarta-feira em casa, um acontecimento que
ameaça desestabilizar ainda mais o país das Caraíbas, que já enfrenta uma crise
política e de segurança.
Depois de ter “soldados
da paz” destacados no Haiti durante anos, a ONU apenas possui actualmente no
país mais pobre da América uma missão de apoio político, encarregada de
“aconselhar” e “apoiar” o Governo haitiano nos esforços para reforçar a
estabilidade política e a boa governança.ANG/Inforpress/Lusa
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