Covid-19/Vacinas aprovadas na UE dão “elevado nível de protecção” contra Ómicron – EMA
Bissau,
12 Jan 22(ANG) – As vacinas contra a covid-19 aprovadas na União Europeia (UE)
fornecem “elevado nível de proteção” – 70% após duas doses e 90% após reforço –
contra a variante Ómicron, divulgou terça-feira a Agência Europeia de
Medicamentos, falando numa variante menos grave.
Em comunicado, o regulador da UE assinala que estudos recentes “mostram que a vacinação continua a proporcionar um elevado nível de protecção contra doença grave e hospitalização ligadas à variante [de preocupação] Ómicron” do coronavírus SARS-CoV-2.
“As
últimas evidências (provas), que incluem dados de eficácia no mundo real,
sugerem também que as pessoas que tiveram uma dose de reforço estão mais bem
protegidas do que aquelas que apenas receberam o seu curso primário” de
vacinação, especifica a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
De
acordo com o organismo, estudos clínicos realizados na África do Sul indicam
que as pessoas que receberam duas doses de vacina contra a covid-19 (como as
quatro aprovadas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e J&J) têm
“até 70% de protecção para a hospitalização” em casos de infecção relacionados
com a variante Ómicron.
Resultados
semelhantes vêm de estudos clínicos realizados no Reino Unido, que dão conta de
uma perda da proteção “alguns meses após a vacinação”, que pode ser colmatada
com a dose de reforço, que faz subir esta percentagem para os 90%, acrescenta a
EMA.
No
que toca à gravidade da variante, “embora a Ómicron pareça ser mais infecciosa
do que outras variantes, estudos da África do Sul, Reino Unido e alguns países
da UE mostram um risco menor de ser hospitalizado após a infecção”, pelo que “o
risco é atualmente estimado entre um terço e metade do risco associado à
variante Delta”, caracteriza a EMA.
Ainda
assim, “resultados de estudos recentemente publicados mostram que a eficácia
das vacinas contra a doença sintomática é menor para a Ómicron do que para
outras variantes e tende a diminuir com o tempo”, segundo a agência europeia.
Por
essa razão, a EMA insiste que “a vacinação continua a ser uma parte essencial
da abordagem para combater a pandemia em curso”, exortando à administração de
doses de reforço para quem já tem o ciclo primário completo e ao início do
esquema vacinal para os que ainda não foram inoculados.
“A
EMA continuará a rever os dados sobre a eficácia das vacinas e a gravidade da
doença, bem como o panorama em evolução em termos de variantes em circulação e
exposição natural à Ómicron, à medida que estas se tornarem disponíveis”,
conclui o regulador europeu.
A
posição da EMA surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infecção
com o SARS-CoV-2, que ainda assim não se traduz em mais internamentos ou
mortes.
A
contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada
transmissibilidade da variante Ómicron.
A
covid-19 provocou 5.494.101 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia,
segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A
doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final
de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A
Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da
Saúde, foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias
sul-africanas deram o alerta, em Novembro, foram notificadas infecções em pelo
menos 110 países, sendo dominante em Portugal. ANG/Inforpress/Lusa
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