Conferência das Pescas/Participantes recomendam abolição de taxas
aplicadas nas entradas e saídas das pirogas de pesca artesanal
Bissau, 12 dez 22
(ANG) – Os participantes da Conferência Nacional sobre as Pescas, recomendaram
abolição das taxas aplicadas nas entradas e saídas das pirogas de pesca
artesanal pelos agentes do Instituto Marítimo Portuário(IMP).
O pedido consta nas
recomendações do evento, que decorreu entre os dias 7 e 9 do corrente mês em
Bissau, sob o lema “Nô Pis Tene Balur”,(o nosso peixe tem valor), lida na voz
da Presidente da Comissão organizadora do evento, Virgínia Pires Correia.
Os participantes
recomendaram ainda para que doravante passe a efetuar o registo e matriculação
das pirogas de pesca artesanal de forma a imprimir o maior controlo e gestão sobre
o parque pesqueiro nacional.
A
Harmonização das taxas de multas aplicadas as embarcações de pesca
artesanal em conformidade com o seu regulamento das suas actividades, a reorganização
do sector privado do sector, tanto artesanal
como industrial em colaboração com o Governo e em especial o Ministério
das Pescas, foram outras recomendações saídas no encontro.
Pediram ainda, a
promoção das ações que visam encorajar o investimento privado no sector das
pesca, nomeadamente a construção de infraestruturas.
Recomendaram a Revisão
do sistema de acesso aos recursos pesqueiros na perspectiva de encorajar a
criação da frota nacional, a diminuição das taxas inerentes atracagem das embarcações
de pesca industrial e artesanal e promover o desembarque obrigatório de toda a
produção de pesca no território nacional pelas embarcações visando ao
abastecimento do mercado nacional e exportação.
Ainda neste capitulo,
recomenda-se a promoção de ações de formação de formadores no sentido de
melhorar as competências dos atores do sector em todos os domínios de interesse,
bem como operacionalização do décimo artigo do Acordo de Pesca entre a
Guiné-Bissau e União Europeia, relativo a integração da frota europeia na
economia nacional.
Os participantes recomendam a elaboração através
do Ministério do Ambiente, do Plano de Reflorestação de Mangais, o reforço da
fiscalização dos parques naturais e áreas marinhas protegidas, sobretudo
durante a vigência do período de repouso biológico.
Pediram para que seja
criado o Conselho Consultivos regionais e Conselho Nacional das Pescas e finalizar
com urgência o Sistema de tonelagem de captura bruta para a captura admissível,
Aprovar, promulgar, publicar e adoptar o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo
e de mais instrumentos legais ao sector das pescas.
Ao Presidir a cerimonia
de encerramento do evento, o ministro da
Pescas Orlando Mendes pediu a conjugação das sinergias através de
partilha de informações para combater a pesca ilegal não declaradas e
regulamentada com vista a salvaguardar os recursos marinhos, porque a sua
escassez já se faz sentir.
Por isso, disse que todos
tem a obrigação de defender os nossos recursos, pois sem eles não há parceria e
nem acordos de pesca.
Orlando Mendes Viegas
assegurou que as recomendações saídas dessa conferencia serão objecto de
atenção, cujo o produto vai ser analisado no Conselho de Ministros.
No ocasião, em representação
da União Europeia, Pedro Saraiva qualificou de essencial a Conferencia
Nacional das Pescas, por ter permitido a
discussão entre os intervenientes do sector.
Prometeu apoiar a
intenção do ministro das Pescas na definição de estratégias claras para o
sector.
Assegurou que União
Europeia vai refletir sobre o que ouviu durante os três dias do evento, de
forma a moldar ações futuras, indo ao encontro das necessidades reais de todos
os intervenientes.
Pedro Saraiva disse
que o país pode contar com União Europeia para cumprir o seu objectivo de
certificação e creditação do pescado para exportação.ANG/LPG/ÂC
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