quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

                 
              Iraque/Estado Islâmico anuncia a morte de seu líder

Bissau,01 Dez 22 (ANG) - O líder do grupo extremista Estado Islâmico, o iraquiano Abu Hassan al-Hashimi al-Qurashi, foi morto, enquanto lutava contra os inimigos, anunciou quarta-feira o porta-voz do grupo jihadista, numa mensagem de áudio publicada no Telegram.

É o segundo líder do Estado Islâmico morto neste ano 2022.

Segundo informações da agência Reuters, Hashimi era o irmão mais velho do ex-califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, morto em 2019 após um ataque dos Estados Unidos.

Hashimi se juntou ao terrorismo em 2003 após a ação norte-americana que derrubou o ditador Saddam Hussein e levou ao surgimento do EI.

O Estado Islâmico descrevia Hashimi como um líder "erudito", um conhecido "combatente" e "emir da guerra", que lutou contra as forças americanas e sabia como combatê-las.

O seu nome verdadeiro é Juma Awad al-Badri, segundo a Reuters. "Badri é um radical conhecido por sempre acompanhar Baghdadi como companheiro pessoal e conselheiro jurídico islâmico", disse um dos oficiais de segurança iraquianos à Reuters no início de 2022.

Hashimi (ou Badri) também foi chefe do chamado shura, conselho que orienta a estratégia do EI e decide a sucessão da liderança quando um califa é morto ou capturado.

No áudio divulgado quarta-feira, o porta-voz do Estado Islâmico acrescentou que o novo "califa dos muçulmanos" será Abu al-Husayn al-Husayni al-Quraishi.

O sobrenome al-Quraishi está associado a famílias que se declaram descendentes de Maomé, o que é essencial para ser considerado "califa".

Em Fevereiro, o então líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, foi morto na Síria, após uma acção militar dos Estados Unidos.

Foi a maior operação das forças norte-americanas na Síria desde Outubro de 2019.

Na época, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse que al-Qurayshi "escolheu  explodir-se" durante a acção militar que tentou capturá-lo.

A operação aconteceu em Idlib, região que está fora do controlo do governo sírio, e terminou com 13 mortos, inclusive sete civis, quatro crianças e três mulheres.

Os EUA ofereciam até USD 10 milhões (R$ 52 milhões – 1 USD equvale a Kz 506.7780) como recompensa para quem tivesse informações que levassem à captura dele.

A complexa guerra da Síria provocou quase 500 mil mortes desde 2011 e deixou o país fragmentado com a presença de vários grupos. ANG/Angop

 

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