Saúde
Pública/SIDA matou 650
mil pessoas em 2021
Bissau, 01 Dez
22 (ANG) - Cerca de 650 mil pessoas morreram de SIDA e um milhão e
meio foram infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) em 2021.
Os dados são do
relatório anual do Programa das Nações Unidas de Combate ao VIH/SIDA. Esta
quinta-feira assinala-se o Dia Mundial de Combate à SIDA.
No ano passado, 38 milhões e 400 mil
pessoas tinham VIH em todo o mundo, 1,5% a mais do que em 2020, quando a doença
afectava cerca de 37 milhões e 800 mil pessoas. Cerca de 650 mil morreram, um
número que caiu 5,79% relativamente ao ano anterior. No total, em 2021, um
milhão e meio de pessoas foram infectadas, um registo semelhante ao de 2020.
A taxa de mortalidade é alarmante entre as
crianças. De todas as mortes no ano passado, 15% foi entre crianças com menos
de 14 anos, apesar de representarem menos de 15% das pessoas a viver com o VIH
no mundo.
Em 2021, 28 milhões e 700 mil pessoas
tiveram acesso à terapia anti-retroviral, um aumento de 5,2%. Desde o pico da
doença, em 1996, as novas infecções caíram para metade e, desde
2004, quando morreram dois milhões de pessoas, as mortes diminuíram 32%.
A África Oriental e Austral representam
praticamente metade do total de casos de SIDA no mundo: 20,6 milhões, dos quais
78% têm acesso ao tratamento anti-retroviral. Já no norte de África e na Ásia
Central apenas metade da população afectada tem a terapia.
Este ano, o tema do Dia Mundial do Combate
à SIDA é “acabar com as desigualdades, acabar com a SIDA”, mas a ONU revela a
desigualdade de género na luta contra o vírus. Por exemplo, na África
subsaariana, as adolescentes entre os 15 e os 19 anos têm duas vezes mais
probabilidades de serem infectadas do que homens da mesma faixa etária. Nesta
região, cerca de 63% das novas infecções são em mulheres. ANG/RFI
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