quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

 Imprensa/Jornalistas e técnicos da  Rádio Capital FM assinalam com vigíla um ano de ataque à estação por homens armados

Bissau, 08 Fev 23 (ANG) - Os jornalistas e técnicos da Rádio Capital FM assinalaram ,terça-feira, com uma vigília em frente as suas instalações, um ano do ataque à Rádio  e exigem que as autoridades judiciais divulguem os resultados dos inquéritos "destes actos cobardes".


A Rádio Capital FM foi atacada por um grupo de homens armados, com a cara tapada, que danificaram os equipamentos e deixaram cinco jornalistas e técnicos feridos.

Passado um ano do ataque, jornalistas e técnicos da Rádio Capital FM realizaram uma vigília em frente à rádio, exigindo que as autoridades judiciais divulguem os resultados dos inquéritos "destes actos cobardes". "Até ao momento não se sabe em que ponto se encontra a investigação", explica Milena Fernando Quibina, jornalista na Rádio Capital FM, acrescentando que no último ano "nada mudou".

"Estamos a trabalhar com muitas dificuldades, com os materiais que foram destruídos. Estamos a trabalhar para não ficar em casa", lamenta Milena Fernando Quibina.

As motivações dos homens armados que danificaram os equipamentos da Rádio Capital FM continuam por esclarecer. "O único pecado da Rádio Capital é de dar voz aos que não a têm, de haver ouvintes a colocar preocupações ou a denunciar ilegalidades, que incomoda qualquer que seja o governante"; acrescenta.

Milena Fernando Quibina não gosta de recordar o ataque que viveu nesse dia na rádio, "tudo aconteceu de forma inexplicável e continuo abalada", conta. "Estamos preparados [para novos ataques] porque são óssos do ofício. Nós, jornalistas, estamos cientes dos riscos que corrermos todos os dias porque fazemos jornalismo de investigação e não institucional. Vamos ao fundo da questão para trazer à luz do dia o que está a acontecer", concluiu a jornalista.

O ataque aconteceu depois do programa "Povo, cidadãos, opiniões" da radio capital, descrevia, há um ano, o técnico da rádio Lassana Djassi, um dos cinco jornalistas e técnicos feridos.ANG/RFI

 

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